De todos os lados recebemos noticias e informações sobre a inoperância do Brasil
como um todo. Curioso é que a queixa da violência, da falta de educação, da falta de responsabilidade social, da falta de solidariedade
(a má distribbuição de renda) da população,
enfim do profundo mal estar que a "civilização brasileira"
causa em quem vive sob seus limites. Mas ninguém aponta o dedo
na causa do mal, talvez porque o povo acostumado a falsidade
possa achar deselegante, mas o fato é que o brasileiro ( tirando as
notáveis excessões ,mas em estatísticas não se trabalham com excessões
mas com massas) é ignorante porque lê pouco ou nada. Não é questão
de banco escolar; se trata do habito literário, leitura
como moral, como história e estética humana. Não importa se
o sujeito estuda medicina ou direito ou engenharia; o universitário
brasileiro não lê três livros por ano fora os de sua área.Ora,
o ser humano só se desenvolve plenamente quando tem formação integral
de sua humanidade e isso sem ética, sem estética, sem esporte e sem seu tanto
de filosofia e espiritualidade, é impraticável.
Os educadores sérios do país
deveriam começar a combater o subdesenvolvimento
mental da população com metas de leitura ano
em todos os níveis. Quem sabe até não seria viável
a criação de uma matéria a parte? O Fato
é que enquanto houver uma população tecnicamente anafalbeta
pois sabe ler mas não interpreta valores, que mal tem
assunto pra conversar, desprovida de senso coletivo
, de senso hierárquico, do padrão humano
superior de funcionamento (compaixão, disciplina, ética)
se terá de conviver com essa porca miséria por todo lado.
O problema do país é (esta) ignorante. E só há um jeito de consertar
o mal: uma campanha massiva, uma obrigatoriedade que o livro
ocupe seu lugar no imaginário coletivo como algo essencial, para que
um dia se chegue a uma educação "real". Sem isso, será sempre
essa falta de caráter, de honra, de compromisso e de total ignorânica
sobre capital humano e o triunfo diário da mediocridade sobre a vida.
