Muito interessante o artigo intitulado "Título", e, portanto, sem título, assinado por "nome", e portanto, sem nome, publicado em 07 de janeiro de 2002, neste site, com o seguinte texto? "Aaaaaaaa, Bbbbbbbbbbbb e Cccccccc". Pena que não se conhece a autoria para que pudéssemos indicá-lo, com grandes chances de vitória, ao prêmio Nobel de Literatura. Com louvor, é claro!. Mas, infelizmente, seu nome está sem nome. O artigo é apócrifo. Seria aquela idéia de "fazer o bem" sem olhar a quem? Ou seria fazer sem olhar aquém? Provavelmente tenha ocorrido algum lapso de memória. Ou a falta mesmo da própria memória. Pode ter ocorrido, ainda, algum acidente, quando o autor do supracitado artigo, pelo visto, realizando, no banheiro, grande esforço mental, acabou produzindo esta grande OBRA; para não utilizarmos outros sinônimos desta palavra, neste site em que todos os horários são nobres, e freqüentados por crianças, jovens e adultos. O fenômeno, que poderia ser enquadrado na categoria de surrealista, teria ocorrido às 15 horas e 13 minutos, cuja soma, coincidentemente, totaliza 28; exatamente igual ao total de letras, maiúsculas e minúsculas., utilizadas pelo nobre escritor que, de tanta humildade, tem vergonha do próprio nome. Basta somar os algarismos 2 e 8, para obtermos a nota 10, o número da camisa de Pelé. É isso! Foi isso que ele quis dizer. Que o brasileiro é analfabeto. Não sabe votar, porque não sabe ler. Só conhece as três primeiras letras do nosso alfabeto. Está mais do que comprovado. Talento não se aprende na escola. Mas que a escola ajuda, isto lá é verdade. Imaginem se nosso escritor pudesse conhecer mais algumas três ou quatro consoantes e o restante das vogais. Não tinha prá ninguém! Todo ano era o vencedor do Nobel. Aí, quem sabe, animado pela leitura, poderia conhecer alguma religião e, a partir dela, pedir perdão por tanto tempo desperdiçado, apenas para satisfazer um desejo incontido de, paradoxalmente, aparecer sem ser visto. Se, no entanto, tratar-se o caso de alguma "doença" que possa precisar de ajuda, conte conosco. E acredito, também, com todos os demais companheiros do Usina de Letras. Enquanto isso, o desconhecido apodador poderá ser muito útil colaborando com nossa proposta de mudanças no site, conforme Carta Aberta publicada em "Artigos" e em "Cartas". Bastaria que nos remetesse sugestões do tipo "o que não se deve fazer ou publicar no Usina de Letras", em respeito aos nossos semelhantes, ou seja, familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos. Seria um bom recomeço. Ficamos torcendo pela cura. Só não tem jeito para a morte.
Domingos Oliveira Medeiros
07 de Janeiro de 2002