Com os resultados até aqui auferidos da criação do Dia Mundial da Paz, por que não criar de uma vez, pruridos de lado, o Dia Mundial da Guerra? Soar muito bem, sobretudo no sentido concreto e material do verbo, admito que não soa, mas ...
E que seja uma terça-feira. “Dienstag” é, em alemão, o dia dedicado a Odin, o deus da guerra nas mitologias nórdicas, o que faz supor ser também assim nos idiomas dos idiomas dos países escandinavos. Em inglês, idem. “Thursday” é o dia de Thor. Nos idiomas latinos em que a coisa não acabou em “feira”, é o dia de Marte, o deus romano dos conflitos.
Em lugar de um sermão, ou de uma oração do papa pedindo pela paz no mundo, uma performance de algum desses bravos porta-vozes da humanidade que hoje, nos dois sentidos, andam falando cada vez mais grosso diante das câmeras de televisão. E sejamos ecumênicos, se é que se pode dizer assim. O escolhido pode ser de qualquer uma das tendências belicosas em alta, com ligeira preferência, é claro, para os que têm mais cara de flor que não se cheire.
Se com a paz tem dado tão certo, por que não tentá-lo com a ceifadora das gentes? Quem sabe ...
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