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Cartas-->Para Olympia Salete -- 12/12/2001 - 02:05 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Oi, amiga:

Atrasado com o meu beijo de sábado. Estou por conta de mandar mensagens de Natal e de fim de ano. Todo os anos, por mais que eu diga que não vou me envolver com a febre de consumismo bobo e coisas tais, sempre tenho que mandar uma mensagem, uma poesia, uma palavra para a lista de pessoas que cresce com o passar do tempo. Não quero participar de nada neste Natal. Apesar do meu desejo ser de sumir, me isolar, ficar comigo mesmo e bem feliz, não adianta: um convite aqui, um amigo oculto ali, um cartão acolá e... já estou envolvido com toda a perafernália de pacotes, vinhos, decorações, cinismos e diplomacias vis. Comecei a fazer um poema para você e deixei-o de lado por pura distração com outros assuntos e mensagens diversas. Gostei do seu comentário sobre Noites de cios. Fingi mais uma vez com as palavras e parece que a iludi. O poemeto nasceu na mixagem literária da Blocos quando peguei a linha de um terceto do poeta Urhacy Faustino. De um puro laboratório dissecando cios, vôos e solidão, nasceu o meu terceto e foi publicado no Papiro Eletrônico como um terceto [Vôos rasantes / de incontrolados cios / que ferem minh alma também] Não fiquei contente com o trabalho, quis ir mais além por mim mesmo e comecei a espremer, querendo dissecar a solidão, a origem do desejo e a [in]satisfação do mesmo; querendo mostrar o princípio e o fim do cio dentro do próprio indivíduo e não um simples tesão de viu, gostou, teve um bom tempo ou não e acabou -- mais um orgasmo para o arquivo. Não sei se compliquei, mas gosto de fazer poesia assim: sem pura e simples inspiração, mas, com ela, utilizar a palavra para mostrar a complexidade da alma, assumindo papéis, dissecando situações, dando dramaticidade aos useiros atos cotidianos e aos momentos simples da vida. Parece fácil, mas não é, porque não é superficial, apesar de parecer. Com isso também corro o risco de ser interpretado que sou uma coisa que não sou. Acho que é aí que está "lucidez da loucura" que você tanto trasmite na sua obra e que eu vou a fundo buscar alento, lendo e relendo seus escritos porque vejo identidade neles e sempre aprendo com eles. Bom, chega de análises e críticas. Deixa essas coisas para o leitor e para quem quiser criticar o meu trabalho. Vou agora me concentrar num vinho tinto e nas palavras soltas que pretendo montar um quebra-cabeças para o Sal da Terra.
Bjs com carinho.
F.


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