Ah! Que bons tempos.
Eu brincava sem preocupações
A vida era tudo alegria
Alegria que vinha do meu eu.
Tomava banho em igarapés,
Corria simulando um cavalo
Tinha entre as pernas, um cavalo
De pau, que não cansava de pular.
Estas lembranças me afloram agora
São como um filme em minha mente
É uma busca daquela vida de esperança
É uma fuga no momento presente
É um resgate da inocência e da vida.
Lembro-me que numa noite
Com a falta de energia
Minha mãe acendeu uma vela
E eu curioso coloquei o dedo
Na chama. O choro foi a reação
A vontade de descobrir, o porquê
Sempre em acompanhou. Até hoje
Me sinto criança. Por que tantas
Misérias, violências, guerras, exclusões?
No adulto há pouca solidariedade.
(*) Salvador Pereira Matos. Natural de São Luiz do Maranhão. Graduado em letras. Sócio da Apperj (Rio) Participante das antologias da Oficina (Rio).