Usina de Letras
Usina de Letras
13 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63348 )
Cartas ( 21354)
Contos (13304)
Cordel (10362)
Crônicas (22580)
Discursos (3249)
Ensaios - (10720)
Erótico (13598)
Frases (51872)
Humor (20199)
Infantil (5632)
Infanto Juvenil (4973)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141350)
Redação (3362)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1968)
Textos Religiosos/Sermões (6371)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Carta? poema? É para você, meu amor -- 19/10/2001 - 18:48 (Marise Borges Melero de Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Juntei todas as suas juras e as transcrevi.
De amarfanhadas cartas, lidas e relidas, desprezadas ou esquecidas, suguei tua alma.
Descobri-te romântico e apaixonado, e eu precisava deste alento, em meu desespêro.
Pude imaginar-me única; novamente sentir-me amada, como quando depus minha vida em tuas mãos.
Vinguei-me, talvez, do que viveste sem mim, que certamente não foi bom pois deixou-te com a sensação amarga se sentir-se usado.
Vibrei, porém, com cada palavra tua, cada mensagem oculta, que hoje entendo muito melhor, e em cada declaração lida senti-me recebendo tudo o que me faltou ( talvez, previdente, armazenaste para o futuro).
Não me arrependo de nada. Pela emoção que sentiste, um dia, ao imaginar-me sequer, valeram as lágrimas todas que verti e as que verterei na distância. Pelo sentimento que pude fazer florescer, pela angustia mal disfarçada, pela saudade que doeu em seu coração, pela insegurança de perder-me que sentias, valeu a vida. Se pude inspirar tanto sentimento, mesmo que tenha pouco durado, foi precioso o bastante para que me sinta recompensada.
Se acreditei demais na permanência do que ocorria em teu íntimo, isso em nada te desabona. Amaste-me loucamente, irracionalmente, e me basta. Desejaste-me só para ti e assim foi, talvez continue, porque és o dono ainda de minhas vontades.
Quanto a mim, valho-me do que já pude ser para ti para avaliar o que restou de mim. Por pouco que exista, por pouco que eu seja, já fui e já provei o gosto de sentir-me adorada. Nesse passado mergulho, sinto-me menina e sem fala diante do teu olhar apaixonado, teu abraço possessivo e de tua angústia de sentir-se preso a mim.
Como entendo-te muito mais hoje, sei que o medo e a insegurança varreram a paixão, e portaste-te calculista e frio como este vento que despedaçou-me a vida. Se vivo ainda, é que compensa a lembrança, valeu cada instante e eles merecem ser eternizados.
A ti dedico o respaldo de uma vida, o que resta da minha.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui