O ESCÂNDALO DA CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONGRESSO NACIONAL, não tem nada de extraordinário. Infelizmente, virou rotina. Mais triste, ainda, é saber que a medida toma corpo e já virou moda em quase todas as Câmaras Estaduais. Em Brasília a coisa não é diferente. Ao contrário. Além da convocação extraordinária, que irá render a bagatela extra de R$19.200 à cada parlamentar, nossos representantes (?), não satisfeitos com tanto descaso, resolveram aumentar em 56% a verba de gabinete a que fazem jus os 24 deputados, além de criarem novos cargos comissionados para novos assessores.
Em termos comparativos, no Rio Grande do Sul um deputado ganha R$25 mil de verba de gabinete, mais R$ 13 mil para despesas individuais (telefone, correio, combustível...), o que já não fica barato para os cofres públicos. Imaginem os seus pares aqui de Brasília, que passam, agora, a receber, por semelhantes “vantagens”, cerca de R$ 74.600 reais. Cá no DF, um deputado distrital está custando ao bolso do contribuinte a quantia mensal de R$109 mil reais. O deputado federal, “com mais trabalho”, recebe um “pouco menos” : R$ 81 mil.
A coisa está tão feia, que a própria União Nacional das Assembléias Legislativas (Unale), que representa os Legislativos locais, disse que “Os deputados de Brasília não ajudam a classe política. Imaginem se ajudassem.
Fatos como esse depõem contra o regime Democrático, desgastam o Poder Executivo e denigrem a imagem do próprio Congresso Nacional que, no meu entender, deveria dar o exemplo: elaborar legislação que regulamentasse esse abuso. Impondo limites de poderes e de valores para acabar com essa farra irresponsável e deprimente.