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Cartas-->Criatura nojenta. -- 06/01/2004 - 23:40 (Juca Gado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Criatura nojenta.

Que criatura é aquela, ali parada em minha frente? Trajada de uma espécie de terno marrom-avermelhado, olhando fixamente em algum ponto desconhecido ela trouxe a minha mente medos e lembranças que eu francamente não quero ter, neste momento. Uma criatura de idade indefinida, monstruosas pernas e um cheiro medonho. Sim, o cheiro! Medonho quanto aqueles pesadelos que tenho nas poucas noites em que consigo dormir.

Aquela criatura, ali parada, fedendo e olhando a algum ponto do infinito que apenas a antiguidade de seu ser consegue compreender. E eu, eu ali olhando aquela criatura fedorenta quanto escura. Escura quanto a noite sem sonhos, escura quanto um pesadelo que tenho em noites escuras e fedorentas.

- Oh, criatura monstruosa - grito em meu pensamento - por que não partes em direção ao infinito que miras, deixando sossegada minha alma, sobrecarregada de outros infinitos medos ? Por que não partes, carregando consigo o medonho fedor? Porque não parte, como partem todos aqueles que amo? Sim, criatura nojenta - torno a gritar dentro do pensamento - por que não partes do jeito que partem todos os meus sonhos? Porque permaneces ai parada, cutucando minha alma igual a um pesadelo?

Mas por mais que eu grite em meu pensamento, ela permanece ali, inerte, fitando o infinito com aqueles olhos escondidos , com aquela cabeça que carrega um cérebro que algum pensamento medonho e fedorendo naquele instante acomete.

Juca Gado
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