Os iguais se atraem; os diferentes se repelem. Quem pensa amor, atrai amor; quem pensa o bem, atrai o bem; quem faz o bem; atrai os bons; quem é honesto atrai honestos. Quem é mau, atrai os maus... Essas reações humanas são visíveis em quaisquer grupos, de toda natureza.

Os diferentes se repelem. Às vezes, turras; às vezes, em silêncio loquaz. Os diferentes não se suportam por incompatibidade, o que não pressupõe ódio ou raiva necessariamente. São apartados pelos modos diferentes de ser e de agir, o que cria ambiente, para uns aceitável, e, para outros, inaceitável. Não raro, insuportável.

O afastamento dos diferentes é auto-imposto por valores morais, éticos, culturais... Não se trata de discriminação, mas de ausência de identificação mútua. Em dado momento, os dois lados se sentem mal - e um, ou outro, ou ambos tomam a iniciativa de evadir-se. E tudo se dá naturalmente.