O Quadro de Avisos foi afixado na parede da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. A Capital do RS é capitalista, como o Brasil. Mas os socialistas resolveram socializar (em vez de democratizar) o Quadro de Avisos.

Haviam socializado já a Usina. Ou seja, tomaram conta dela, adotando-a, inclusive, como símbolo. Assim passavam a equivocada idéia de que a obra antiga era deles. Se, ao contrário, fosse democratizada, não seria privativa de socialista, pertencendo a todas ideologias.

O Quadro de Avisos começou a receber avisos, claro. Como discriminar ideologia é fácil, mas censurar texto é difícil, começaram a patrulhar os democratas. Discretamente pediam que reduzissem a quantidade de avisos para abrir espaço a novos usuários. Eles continuavam no mesmo lugar. E os novos eram os deles...

Não preciso dizer que terminou em confusão. Democrata não é otário e, muito menos, capacho de socialista. Foi baixada ordem superior de acabar com a palhaçada, que já envolviam bijuja. Não de capitalistas. De socialistas, porque, afinal, discurso é bom, mas não enche o bucho.

Todos os socialistas não se deram por vencidos. Alguns alimentam ódio. O mesmo ódio que produziu a Cortina de Ferro. Como o mundo mudou e pessoas também (vide Lula), há socialistas interessados em ganhar dinheiro com o espaço e outros em criticar a cobrança de taxa por quem de direito.

O burburim não afetou o grau de utilização do Quadro de Avisos, porque na Usina do Gasômetro nenhuma bomba de gás de efeito moral foi detonada. O espaço tem o aproveitamento que os taxados consideram que lhes interessa. Os "novos" são esperados de braços abertos.

Mas precisam pagar. O regime é Capitalista. Se fosse socialista, ninguém pagaria. Mas, com convicção, asseguro-lhes que cessaria a publicação de textos. A Usina do Gasômetro seria fechada. Ou modificada, enquanto espaço livre e democrático. Como querem, sem confessar, de vergonha (?), os tolos. Mas o QA está lá!