Usina de Letras
Usina de Letras
38 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63168 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10657)
Erótico (13589)
Frases (51658)
Humor (20171)
Infantil (5588)
Infanto Juvenil (4933)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6351)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Carta Com Saldo do Fundo dos Aposentados -- 18/04/2003 - 19:47 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

NO FUNDO DO APOSENTADO
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Entra governo, sai governo
Passa boi, passa boiada
Quem espera, sempre alcança
Diz, assim, o velho ditado
A inflação logo aparece
Devagarzinho ela cresce
No fundo do aposentado

Na praça, jogando baralho
Assim vive o pobre coitado
Jogando com a própria sorte
Para arrumar um trocado
Pra melhorar sua conta
Já no vermelho desponta
No fundo do aposentado

Com o título, apostou
Que tudo seria mudado
Acreditou na promessa
De quem já foi do seu lado
Pois ganhando a oposição
Reajuste e correção
No fundo do aposentado

E pela primeira vez
Ele foi bem premiado
Viu eleito o presidente
Em que havia votado
E ficou muito contente
Esperando algo na frente
No fundo do aposentado

Água mole em pedra dura
Também dá seu resultado
Persistindo na esperança
Espera o velho sentado
Que se faça a correção
Por conta da inflação
No fundo do aposentado

Até que chegou o dia
Depois do tempo esperado
Nove anos sem aumento
Esse foi o resultado
Um por cento o reajuste
O tamanho do embuste
No fundo do aposentado

Nem a desculpa colou
Foi o máximo encontrado
Não havia mais dinheiro
Para aumento melhorado
Assim disse o presidente
Que colocou pano quente
No fundo do aposentado

Mas o pior não foi isso
Falta ainda um bocado
De coisas que vão mudar
Pra piorar nosso lado
Querem de novo cobrar
A mão boba enfiar
No fundo do aposentado

Que já deu tudo que tinha
Nada pode ser tirado
Pagou pelo seu descanso
Mas não vive sossegado
Quando o assunto é Previdência
Vem de pronto a insistência
No fundo do aposentado

Assim não dá, presidente
O senhor está enganado
É direito adquirido
É assunto encerrado
Cobrar pelo que foi pago
Vai custar muito estrago
No fundo do aposentado

Que espera no Fome Zero
Ter o seu nome listado
Caso tiver que pagar
E de novo ser garfado
Vai, com certeza, chorar
Vendo de novo cobrar
No fundo do aposentado

E a coisa já está preta
O buraco é apertado
Mas se o governo ganhar
O negócio fica irritado
Muita gente vai tirar
E outros tantos vão botar
No fundo do aposentado

Peço um favor, presidente
Deixe agente de lado
Não diga que o servidor
É um privilegiado
Que eu chamo a polícia
Privilégio é a vitalícia
Benefício acumulado

Que atinge governadores
Sem nada ter colocado
Nos cofres da Previdência
Mas o dinheiro é levado
Basta cumprir um mandato
E acaba pagando o pato
O fundo do aposentado

Domingos Oliveira Medeiros
18 de abril de 2003



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui