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Artigos-->PAULO DE TARSO -- 30/05/2002 - 17:06 (João C. de Vasconcelos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PAULO DE TARSO



Ó magnânimo Mestre!

Vivemos na mesma época!

Eu Saulo, de Tarso, da Cilicia, tecelão,

filho de Israelitas e

Paulo, como cidadão romano.



Tu Jesus,

de Nazaré da Galiléia, carpinteiro,

tão distantes estávamos e

ao mesmo tempo tão perto,

pois assim deveria ser.



Nesta vida material nunca nós nos encontramos,

mas estava as nossas vidas marcadas

pela força do dever,

em busca da verdade e do amor.



Tudo se cumpriu!...



Tu, Cristo Deus,

pregavas a verdade e o amor sobre todas as coisas

e ao próximo como a Ti mesmo.



Nunca feriste a Lei de Moisés,

pois, foste Tu mesmo que disseste:

Eu não vim mudar a Lei,

mas sim ensinar a verdade.



Eu não entendia!

Como amor poderia ser maior que a lei e

como ele continha todos os atributos da verdade

e da justiça e até mesmo,

a constituição de tudo e de todos.



Não! Não poderia realmentente entender,

como doutor da lei e Inquisidor - mor,

com toda a autoridade que tinha de fazer

cumprir a Lei Mosaica,

aceitar tamanha intransigência,

deste povo rude,

despriviligiado de inteligência e cultura.



Assim, a lei teria que ser cumprida a

qualquer custo e cristãos castigados.



E foi às portas de Damasco, às 12 horas,

entrada do palco do espetáculo,

do sofrimento e das injustiças,

que eu mesmo iria comandar,

quando fui envolvido por uma imensa Luz,

que ao chão fui jogado.



Perplexo e inerte diante de tamanha

energia irradiada,

diviso um semblante de um homem de fisionomia

celeste.



Seus olhos profundos,

serenos, cheios de eternidade,

cruzaram com os meus,

que emudeceram na escuridão.



Foi então que escutei a melodiosa voz que

ecoou por todas as fibras de meu ser:



-Saulo, por que me persegues?

-Quem me fala?

Quem és tu Senhor?



- Eu sou Jesus, quem tu persegues.

Não recalcitres!

Rende-te Saulo!...

Tem fé em Mim,

sê fiel a mim!

Porque sou vivo – redivivo!

E estarei com os meus até à consumação

dos séculos...



- Segundos, minutos que me valeram séculos!...

Os alicerces do meu castelo espiritual,

construído pelas leis da teologia judaica,

ruíram, não restando pedras sobre pedras,

diante da justiça e do amor.



Jesus vive!

Como poderia imaginar, Jesus redivivo!

Estêvão tinha razão,

o Crucificado ressuscitou!



Ó Estevão!, ainda me lembro do teu ultimo olhar,

quando brilho dos teus olhos materiais

começaram se apagar,

mas em nenhum momento,

retrataram sequer um resquício de ódio.



Desde aquele fatídico dia,

que autorizei o teu apedrejamento,

minha alma travou uma imensa batalha.



Abraçar o evangelho?

Mas como Jesus poderia ser o Messias,

se sucumbira a morte?

O que seria de sua religião sem o Mestre?



Nesses minutos, que viveu minha alma,

diante dos fulgores Divinos,

onde o olho do meu espírito se abriu,

quando se fecharam os olhos corpóreos,

vi a vida da minha vida!



Senhor!, sou um nada, um derrotado,

mas me diga o queres que eu faça?

Quero fazer tudo quanto for da tua vontade e

do teu querer,

porque Tu és o Senhor e eu o teu servo.



- Vai a cidade e lá te será dito

o que deves fazer.

-Levantei-me do chão,

estava cego e fui conduzido à cidade,

onde recolhi-me por três dias,

tempo suficiente para que o homem velho

morresse e nascesse um novo homem,

uma nova vida em Cristo.



Enquanto estive em completa solidão

na casa de Judas,

procurei reconstruir das ruinas do judaísmo

o edifício cristão da minha vida.



Do outro lado da cidade,

um homem escutava uma vos misteriosa:



-Ananias!

põe-te a caminho e vai à rua direita e

procura em casa de Judas o Saulo de Tarso.



- Como! Saulo de Tarso?

O terrível perseguidor dos cristãos?

O inimigo mortal que vem a Damasco com

autorização do Sinédrio para lançar em ferros

os discípulos do Nazareno?



-Acrescentou a voz misteriosa:

ele está orando...



-Ananias sem entender,

como um anticristo pode estar orando!

Insistiu a voz do alto energicamente:



- Vai porque este homem é um instrumento

por mim escolhido para levar o meu nome diante

de pagãos, de reis e dos filhos de Israel.



Eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre sofrer

por meu nome.



- Ananias pôs-se a caminho, rumo à rua direita.



- Foi quando ouvi bater na porta e

um homem que se identificou-se como Ananias,

que disse:



- quero falar com Saulo de Tarso.



- E esse homem disse-me:

- Irmão Saulo,estou aqui enviado de Jesus...



- Sentou-se num tamborete, Ananias,

este homem piedoso, leigo em leis,

mas versado nas letras sagradas,

lecionou-me uma aula de Evangelho,

e aos seus pés,

como ouvinte estava eu, Saulo,

o doutor das leis, discípulo de Gamaliel,

exfariseu e ainda ontem fui o mais fanático

perseguidor da igreja do Cristo.



Lembro-me que ainda trazia no meu bolso

a ordem de prisão contra este homem,

Ananias, que eu o tinha como um

dos chefes do movimento religioso de Damasco.



E foi este mesmo Ananias,

quem eu iria prender,

que me conduziu com imenso amor até à praia

do rio Barada,

que irriga toda cidade de Damasco e mergulhou-me

numa consagração simbólica ao Cristo.



Neste momento senti desvanecer a

noite da minha alma,

também as trevas dos meus olhos.

Votei a enxergar...



Um novo amanhecer,

um novo dia sugiram na minha vida...



continuarei...





João C. de Vasconcelos.

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