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Artigos-->Cochilo dos outros -- 27/04/2002 - 14:56 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A partir de 16.05.55, quando tomei posse no BB, na agência de Santana do Ipanema-AL, a rotina da gente era trabalhar oito horas no Banco (seis do expediente normal e duas de prorrogação); e aulas, à noite, no Ginásio Santana,como professores(no meu caso, Geografia), tendo por distração algum filme no Cine Glória, onde se via, não raro, a segunda parte, a terceira,e, por fim, a primeira! Tomar "umas e outras" no bar do Zezinho - perto da casa do gerente Batinga que gostava de uma farra! Jogar cinuca, ir a alguma buchada oferecida ao pessoal por algum mutuário da Carteira Agrícola-CREAI; jogar voleibol, tomar banho no açude(quando o Ipanema enchia),recepção a novo colega ou despedida, aniversário (tudo era motivo para uma "bememoração").

Aliás, sobre rio cheio, aconteceu de, naquela época, passsar meses sem chover e a água das cisternas escasseava. Então, o Batinga contratou caminhões-pipa para irem buscar água no rio São Francisco, na cidade de Pão de Açucar.

Mas, num tempo em que a seca estava mais inclemente, chegou Frei Damião a Santana, e, no mesmo dia caiu uma chuva torrencial! Aí, "pensei com meus botões": agora, vou voltar a pular da ponte do açude!

Todavia, umas das distrações da maioria do pessoal do Banco e de pessoas gradas do lugar como o prefeito, juiz de direito, promotor, padre, delegado, dono do cartório, etc., era, nos sábados, esperar o ônibus de Paulo Afonso, que trazia a revista O Cruzeiro.

Então, num de seus exemplares, li um artigo do imortal historiador cearense Gustavo Barroso, com o título "O machado de pedra dos Tupinambás". Pois bem: aquele órgão semanal publicava uma coluna chamada "Cochilo dos outros", para que seus leitores mandassem comentários sobre o que encontrassem de errado.E, o eminente historiador de saudosa memória, cometeu um(de que não recordo) e fiz a minha apreciação, mandando-a para a revista.

No domingo seguinte, em reunião do pessoal do Banco com amigos, comentei sobre o assunto e um dos presente(titular do Cartório e irmão do hoje ex-Governador de Alagoas Geraldo Bulhões), disse ter notado e remetido, também, a sua crítica.

As semanas e os meses se passaram e o que escrevi não foi publicado, nem o que escreveu o irmão (o nome dele me foge à memória) do Geraldo Bulhões.

Em outra reunião, alguém comentou que a revista não iria publicar nada criticando um dos seus "medalhões"! E estava explicado!

Mas, do episódio (como de outros acontecidos com outros escritores famosos), fica a lição de que todos erram, pois, como bem sentenciou Bilac: "O escrever tanta perícia, tanta requer, que não há notícia, de ofício igual, de outro qualquer". Agora, uma coisa é alguém cometer um descuido; e, outra diferente, é o indivíduo se meter a escritor, sem conhecer o vernáculo!(Refiro-me, é claro, a quem escreve em português).
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