Usina de Letras
Usina de Letras
35 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63163 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51653)
Humor (20171)
Infantil (5588)
Infanto Juvenil (4932)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6350)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Ainda há esperança na humanidade -- 05/07/2018 - 11:49 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





Nos meus tempos de Oficce-Boy do Jornal de Brasília, vi na primeira página daquele jornal a fotografia de umas crianças presas num cercado de madeira. Não tenho certeza mas parece-me que elas haviam sido feitas reféns numa guerra no Oriente Médio. A foto foi tirada de cima do cercado redondo. Mostrava as crianças espremidas em pé olhando para cima, para a câmera. Até hoje sinto gastura quando me lembro daquela imagem. Fiz uma busca na internet mas não a encontrei. Achei inúmeras fotografias de crianças vítimas das guerras recentes e preciso afastá-las da memória para que meu dia possa continuar.



Das medidas mais cruéis que um governante pode tomar uma delas foi adotada pelo presidente Donald Trump, que é a separação de famílias de imigrantes que entram nos Estados Unidos pulando cercas de arames farpados na fronteira. A nossa indignação aumentou porque entre aquelas crianças estão brasileirinhos filhos de cidadãos que falam nosso idioma, cantam o hino nacional e torcem pela nossa seleção.



Várias nações têm se mobilizado contra essa crueldade. O Brasil também a repudia. É incompreensível vermos seres humanos, habitantes do mesmo planeta e da mesma espécie, repelindo-se, maltratando-se, matando-se. Infelizmente a história é farta em exemplos das vezes que segregamos seres humanos iguais a nós.



A Biblioteca do Senado Federal está expondo algumas obras sobre a escravidão. Uma das fotos é a planta baixa de um navio usado para trazer carne humana viva acorrentada da África para o Brasil. Ali as famílias já eram separadas. O desenho mostra que na popa ficavam as crianças, no meio as mulheres e na proa os homens. A viagem durava cerca de dois meses e as famílias não se viam, não se encontravam, não se consolavam.



Voltando para nossa realidade continuamos nos segregando. Quando uma bala perdida acerta uma criança o bandido que a atingiu separou essa criança da família, dos amigos, do país. Não foi o acaso que tirou a vida dessa criança, foi a ausência do Estado, foi a incompetência dos políticos, a vaidade dos juristas e a indiferença de cada um de nós.



O jornal de hoje estampa na primeira página a foto de doze garotos tailandeses jogadores de futebol presos numa caverna inundada repentinamente pela chuva. O governo da Tailândia e o mundo estão fazendo de tudo para resgatar esses meninos com vida.



Apesar das fotos horríveis citadas no início, da política dos Estados Unidos e do desenho do navio negreiro, a tentativa de salvar os meninos jogadores nos leva a acreditar que ainda há esperança na humanidade.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui