----- Aqui e aí, em português, escancaradas que estão as portas da devassidão extrema e tomado que está o pulso da Lei, as nossas democracias fedem entre a deslumbrante higiene daqueles que impunemente navegam no celestial sistema da corrupção tácitamente instituída, insensíveis e moucos aos gritos do inferno. Um eventual messiânico e providencial responsável que porventura apareça a jurar sobre a sua cabeça total e íntegra lealdade ao povo que lhe deu os votos, se de imediato tentar voltar com tudo de cima para baixo, bem poderá desde logo entregar-se aos robustos braços de Moisés e pedir à sarça ardente que lhe poupe o sacrifício de ter de cremar o seu sonho menino.
----- Exemplos?! Os sacos da memória rebentam deles. Corruptores e vítimas voluntárias, entre o alarido mediático, fundem-se no silêncio do brilhozinho nos olhos, idêntico àquele que os coiotes aceram sobre os despojos putrefactos.
----- Tudo está claramente à vista: Dum lado, o fausto e a fartura; do outro lado, a miséria e a fome. - Assim, morrer por morrer, só há um remédio... Também já bem à vista!