A polêmica demissão do diplomata brasileiro José Maurício Bustani da direção-geral da Organização para a Proscrição de Armas Químicas (Opaq), segunda-feira, deu panos para manga, ontem, nos principais jornais americanos. Segundo o Washington Post, a delegação americana foi vaiada durante a votação na sede da organização, em Haia, na Holanda, por não mostrar provas da incapacidade administrativa do diplomata. Os americanos haviam afirmado que o brasileiro versava mal a verba da organização. Na hora h , porém, segundo o Post, os americanos falharam em provar a acusação .
De acordo com o Post, o representante do Departamento de Estado americano acabou justificou o pedido de demissão dizendo que Bustani ameaçou inspecionar cinco países não especificados para fins políticos e que o ex-diretor da Opaq tinha o hábito de se recusar a consultar os países membros da organização. Nos bastidores, diplomatas americanos disseram que o que incomodou os EUA foi realmente a aproximação do brasileiro com o Iraque.
O The New York Times contou que muitas das 43 abstenções refletiram o desconforto de um grande número de países em relação à moção , já que ela abre um precedente para que outras organizações internacional sejam atacadas . Muita gente engoliu isso porque pensou que seria melhor remover Bustani do que ver os Estados Unidos saírem da organização, o que causaria seu colapso , disse um diplomata europeu ao Times. Os americanos são responsáveis por 22% da verba da Opaq.
Assim que a votação terminou, Bustani saiu abruptamente da sala de conferências da Opaq, jogou suas mãos para o ar e disse que a votação não tinha base legal , relatou o Post. Claramente fiz algumas pessoas em Washington ficarem muito desconfortáveis porque me tornei muito independente. Eles queriam alguém mais obediente , disse Bustani ao Times no final da sessão.
A ação pela demissão de Bustani foi aprovada por 48 nações-membro da Opaq. Só sete votaram contra. A maioria dos países europeus acolheram a moção americana, com exceção da França, que se absteve. O México, que foi contra, chamou a manobra de ilegal , segundo o Times.
O jornal inglês The Guardian criticou a ação diplomática americana e contou que, em encontros sigilosos durante o fim de semana, funcionários do Departamento de Estado americano confessaram estar encontrando grande dificuldade para encontrar pessoas do calibre certo para substituí-lo.
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Pelo que se nota a política(?) diplomática de George W(ar) Bush é a guerra, afinal ele foi eleito(?) com as bênçãos da industria bélica americana, e terá que retribuir, doravante, daqui a três anos, haverá nova eleição e claro este individuo tentará continuar seu projeto(?).
Apenas uma coisa, alguém já sabe exatamente qual foi o resultado do pleito nos EUA? Acho que nunca se saberá.
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Outra coisa, será que já ensinaram pro Bush os nomes das capitais do principais países da europa?