Ontem foi dia de divulgação da dívida da União relativa ao mês de março de 2016, e como sempre, a imprensa omite o estoque da dívida em poder do Banco Central no montante de R$ 1.289,3 bilhões, sendo essa a parte mais importante da dívida, visto que nada mais é do que uma “pedalada oficial” (aumento disfarçado de base monetária) que não existiria se o Banco Central fosse independente.
O Brasil é fantástico: o governo se for financiado por bancos do qual seja o controlador: é crime, mas se for financiado pelo Banco Central é mecanismo de controle de política monetária.
Confesso que estou cansado de repetir as mesmas mesmices há 20 anos na internet, e nada muda. Temos consciência de que todas as propostas de mudanças, num país democrático, devem ser transformadas em ações politicas no Congresso Nacional.
Em vista do acima exposto, com o objetivo de tentar mudar alguma coisa nesse país, saindo da mesmice repetitiva e cansativa, gostaria de colocar para a reflexão dos leitores a seguinte pergunta: Como transformar a proposta de independência do Banco Central em uma ação política? Eu confesso que não sei.
O estoque correto da dívida líquida da União (interna mais líquida externa) em março de 2016 era de R$ 4.176,0 bilhões (70,32% do PIB).
Como acredito que muitos imaginam que eu seja louco, por considerar ser impossível que toda a imprensa divulgue mensalmente a dívida pública federal, não considerando a parte em poder do Banco Central, resolvi encaminhar o quadro demonstrativo oficial da STN para comprovação.