----- Quiseram os literatos sábios, os que detêm o poder de notabilizarem os escritos suados do miolo, enlevar José Saramago à santidade literária, honrando assim pela primeira vez as Letras Portuguesas, caudal falante de cerca de 220 milhões de pessoas, oriundas da fundação de 1111, quando um lídimo filho decidiu irritar-se com os devaneios da mãezinha. E assim reza a história, exactamente a mesma que conserva em silencioso e desprezível banho-maria a memória de António Oliveira Salazar.
----- No evento e no ano, de pura e lusa língua, haveria uma boa dezena de escritores em português que melhor jeito e arte teriam a mexer no busílis. Mas... As coisas são como são: de português a fundo percebem os línguantes estrangeiros, principalmente os de sapiência sueca, os tais que herdaram da pólvora o gosto para apreciarem o valor da paz.
----- Jorge Amado (deveras que não estou a dar graxa!) que estava mesmo no cerne da questão (é o meu ídolo linguístico) e também aquele que reunia os essenciais parâmetros da lide na universalidade lusitana, ficou no prato dos nossos estranhos e estorricados sabores.
----- Dona Flor perdoa aos sábios, desde que não acabem por matar o colibri!
------------------ Torre da Guia -----------------