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Artigos-->ESPAÇO PARA TODOS -- 01/04/2002 - 18:12 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Invoco o saudoso grande poeta português Fernando Pessoa, que escreveu: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena". E, mesmo que trate, a seguir, do "óbvio ululante" (a que se referia nas suas crônicas o pernambucano carioca honorário Nelson Rodrigues), insisto em fazê-lo, porque como escreveu o filósofo francês René Descartes: "Penso, logo existo." E é por existir e gostar de literatura, que tenho a minha opinião pessoal a respeito de escolas literárias. Então, limitando-me às letras brasileiras, diria que, após o período colonial, com nomes como Santa Rita Durão, Basílio da Gama e Gregório de Matos Guerra(entre outros), surgiu a literatura nacional propriamente dita (especialmente no que se relaciona à poesia), com a chamada Arcádia Mineira(dos Inconfidentes), em que se destacaram Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto.

Depois, seguiu-se o Romantismo, em que foram nomes de destaque um Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Casimiro de Abreu, etc. (Castro Alves, o poeta Condoreiro, foi romântico nos seus poemas ADORMECIDA e LAÇO DE FITA, e considero um caso à parte).

Depois do Romantismo, veio o Simbolismo, cujas figuras mais brilhantes foram Cruz e Souza e Alphonsus de Guimarães.

Seguiu-se o Parnasianismo, com as figuras de destaque de Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira e Francisca Júlia.

Nestas breves pinceladas, chegamos à Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, em que se destacaram Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade, Anita Mafalti, Brecheret, etc. (ela, pintora; e Brecheret, escultor). Sem falar de Vilas Lobos, na música, dos escritores poetas Graça Aranha, Manuel Bandeira, Guilherme de Almeida, Cecília Meireles, que aderiram ao Movimento.

Interessante é que uma das figuras mais aplaudidas da Semana de Arte Moderna de 1922 foi a grande pianista Guiomar Novaes, tocando Chopin...

A propósito, em artigo de Menotti Del Picchia sobre o sucesso de Guiomar Novaes, ele justifica falando da "intempolralidade da arte".

Então, acrescento, se o que é arte é intemporal, não podemos, nem devemos fazer restrições a nenhuma Escola e a nenhum autor: quem tiver talento sobreviverá, não importando a sua tendência.

Admiramos, por exemplo, Castro Alves, como admiramos Carlos Drummond de Andrade; Gonçalves Dias, como Manuel Bandeira.

Já na poesia de um mesmo autor, gostamos mais das ELEGIAS, de Mauro Mota, do que de seus textos de poesia moderna(de versos livres).

A propósito, é com satisfação que vejo, pela tevê, a recuperação da arte sacra em muitas igrejas do Brasil, com a redescoberta de pinturas clássicas de singular beleza. E que não dizer, na escultura, das sempre admiráveis obras de João Francisco Lisboa(o Aleijadinho)!

Há espaço para todos! Vamos viver em paz, tradicionalistas e modernistas, porque o que prevalece é a beleza da mensagem, seja na música, na verso, na pintura e na escultura.



Recife, 01-04-2002



OBS. Não se trata de pesquisa, mas, de texto escrito de memória. G.Lyra
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