Os prováveis candidatos à Presidência da República estão aí aparecendo na mídia. As pesquisas de intenção de votos também. E nós, esperançosos eleitores, amargando as duras penas, as dúvidas cruciantes quanto ao homem certo para o Planalto. As promessas (nunca cumpridas) aos poucos são divulgadas nas rádios e nas TVs. Cada um com as suas “fantasias”. Tudo será do povo, para o povo e pelo povo, como sempre é alardeado nos palanques. Pior é que a memória curta brasileira sempre volta a aplaudir o uivar das hienas, incitando-as à carnificina. Aos abutres, a Pátria “amada e idolatrada” muito tem ainda a oferecer. Ainda está viva...
José Serra é o candidato do continuísmo: privatizações, congelamento (apenas) de salários, etc. etc. Será que a política de FHC satisfez só porque “controlou” a inflação? Acho que o povo ficou carente de algo mais. E muito mais. Luís Inácio Lula da Silva é outro forte candidato a se sentar na cadeira mais cobiçada do Brasil. O cargo requer muita competência não só administrativa, mas, sobretudo, intelectual. Seria ele o homem talhado para o posto de tamanha envergadura? Garotinho, embora cheio de sonhos, precisaria dar, primeiramente, provas do que poderia ainda fazer pelo Estado do Rio de Janeiro. Acho cedo demais para se aventurar à Presidência da República. Ciro Gomes, eloqüente, boa estampa, monta a sua plataforma num canal (quanto custou?) que levou água do açude Orós para Fortaleza. E o interior do seu Estado beneficiou-se de alguma coisa, na sua administração? Roseana Sarney, que seria um caso inédito na história brasileira, já caiu em desgraça. O próprio marido empurrou-a para o abismo da rejeição popular. Felizmente nos livramos a tempo dos métodos adotados no pobre Maranhão. Aliás, dizem os observadores que, se o Maranhão fosse um país, seria o segundo mais miserável das Américas, perdendo só para o Haiti (revista “Veja”). Itamar, mal com Deus e o mundo, nada mais tem a oferecer. Esgotaram-se os seus recursos políticos e administrativos. É página virada. Vou terminar optando mesmo é pelo Enéas (meu nome é Enéas!). E assim, prezados compatriotas, eu me pergunto: votar, ou não votar? Eis a questão...