CONTRABANDO NA FRONTEIRA DO SINAI PARA A FAIXA DE GAZA PRÓXIMO DA EXTINÇÃO
:: FRANCISCO VIANNA (da mídia internacional)
Quarta feira, 10 de julho de 2013
Autoridades egípcias e israelenses dizem que as atividades do exército egípcio tem restringido a transferência de armamentos e mercadorias por meio de túneis para a Faixa de Gaza.
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Um operário palestino dentro de um túnel de contrabando, sob a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza no sul desse território palestino, fotografado em fevereiro de 2013. (foto de Abed Rahim Khatib/Flash90)
Depois de anos de intenso contrabando de mercadorias e armas através de túneis escavados sob a fronteira entre o Egito no Sinai e a Palestina na Faixa de Gaza, essa atividade criminosa - que era fonte de armamentos e elementos para a montagem de foguetes enviados principalmente pelo Irã --, segundo garantem os militares do exército egípcio, foi extinta ao longo dos últimos dez dias. O anúncio foi feito através das mídias israelense e egípcia.
Tais túneis têm sido usados como principais rotas comerciais ilegais entre a Faixa de Gaza, ‘importadora’ e a Península do Sinai no Egito, exportadora. Durante os dois últimos meses, de 250 a 300 tuneis estiveram ativos e eram uma fonte importante de recursos para o Hamas, cuja administração da Faixa cobrava uma taxa sobre todas as mercadorias que entravam por eles no território.
Com a ação intensificada do exército egípcio, o envio de materiais de construção, bem como o de outras mercadorias via tuneis, tem sido apreendido pelos militares. Ontem mesmo, o exército egípcio fechou um dos tuneis mais amplos, que era usado para contrabandear automóveis para Gaza.
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As autoridades egípcias fecharam nesta sexta-feira a passagem de Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza, por causa dos ataques lançados no Sinai depois do golpe militar que derrubou o presidente egípcio Mohamed Mursi (Foto: AFP).
Oficiais egípcios veteranos ressaltaram que a operação serve aos "interesses de segurança nacional do Egito" e disseram que foi a primeira operação real e em larga escala do exército egípcio contra os tuneis.
Na semana passada, forma descritas enchentes em cerca de 50 tuneis, mas as autoridades egípcias afirmaram que muitos mais foram afetados e não estão operacionais. Muitos outros foram destruídos pelos engenheiros do exército egípcio usando explosões controladas no subsolo profundo, que foram inundados com água do mar.
Autoridades israelenses confirmaram os relatos de intensa atividade militar egípcia que praticamente interrompeu o contrabando através dos tuneis. O contrabando cessou por completo em 30 de junho ultimo, disseram os militares, no mesmo dia em que os protestos em massa no Cairo derrubaram o governo de Morsi. De acordo com os militares, nenhuma arma, mercadoria ou pessoa está passando pelos tuneis.
O Egito teme que agentes do Hamas venham para o Egito para ajudar a Irmandade Islâmica na sua luta para impor um estado islamo-fascista no Cairo. Fontes de Gaza disseram à mídia israelense que apenas os chamados "tuneis estabelecidos" continuam operativos, mas, mesmo assim, apenas parcialmente. Esses tuneis não são controlados pelo Hamas e não são considerados como existentes pelo lado egípcio.
Ao longo dos últimos dez dias, a passagem de Rafah esteve fechada ao tráfego. Na quarta feira de hoje, ela foi reaberta por ordem do exército egípcio.
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