CUBA CAI NA MESMA ESPARRETA AMBIENTALISTA CATASTROFISTA QUE SEMPRE TEM AJUDADO A PROMOVER
::FRANCISCO VIANNA (da mídia internacional)
Quinta feira, 13 de junho de 2013
”122 povoados costeiros poderão desaparecer do mapa de Cuba”

Praia da Região de Varadero, no litoral leste de Havana, que permanece com o mesmo visual que a tornou famosa como ponto turístico de Cuba.
Relata-nos a agência de noticias Associated Press (AP) que “cientistas” cubanos percorreram palmo a palmo os 5.700 km de litoral da Ilha de Cuba, mediram, calcularam, analisaram, fizeram projeções, e acabaram afirmando que “algo como 122 povoados litorâneos do país poderão desaparecer com a ‘subida alarmante’ do nível do mar até o final do século XXI”. Os cubanos acham, com esse ‘estudo’, que o nível do oceano vai se elevar em 85 cm até 2100 e com isso vão perder muitas praias, fontes de água doce e muitas áreas de cultivo agropecuário.
Devem estar sendo motivo de chacota da comunidade climatológica internacional, que denuncia que os cubanos estão experimentando do próprio remédio que sempre ajudaram a receitar. Dizem que nem que todo o ártico e a Antártida, juntas, caso degelassem ao mesmo tempo, isso não causaria uma elevação do nível do mar senão em torno de 11 centímetros.
Jorge Alvarez, diretor do CICA (Centro de Inspeção e Controle Ambiental) de Cuba, uma repartição estatal, e fiel aos interesses do regime disse que “o governo… se deu conta de que o ‘tema da proteção das costas’ para uma ilha como Cuba, comprida e estreita, é um problema de segurança nacional”. Em função disso, as autoridades começaram há alguns meses uma ‘ofensiva de reordenamento’ costeiro buscando proteger as dunas nas praias e os mangues, barreiras iniciais de proteção contra o “avanço do mar”.
A pesar de a lei de proteção do litoral ter sido aprovada em 2000, só há poucos meses suas disposições entraram em vigor na prática, com equipes de inspetores percorrendo e multando pessoas e instituições privadas, é claro, por contravenções e até ordenando demolições. Tudo, no entanto, está sendo feito de modo a não prejudicar a indústria estatal do turismo, responsável pelo ingresso na ilha-cárcere dos Castros, cerca de dois e meio bilhões de dólares.
Segundo a ‘religião verde’ e seus ‘especialistas ecólogos’, o Caribe é uma das regiões mais vulneráveis do mundo a “mudanças climáticas”. Além de tempestades e furacões que a açoitam, e que, segundo Dan Whittle, diretor do programa Fundo de Defesa Ambiental para Cuba, uma ONG americana com sede em Nova Iorque, o governo de Havana está interessado nas vultosas verbas americanas destinadas para esse fim e que só dependiam de pelo menos algum estudo local que estabelecesse a sua necessidade de aplicação. Daí, para a realização do ‘estudo’ estatal, foi um pulo.
Uma visita da AP à praia de Guanabo, uns 25 km a este de Havana – e uma das mais populares para centenas de pessoas da capital que a cada ano a frequentam – mostrou algumas obras epidérmicas feitas pelo governo onde fica evidente que o dinheiro recebido da ONG foi muito maior do que o gasto no local.
Além do mais, o regime encontrou motivação para lavrar, só em 2012, mais de 10 mil multas a pessoas já extremamente empobrecidas por tentarem pescar e por violarem a ‘lei das costas’, sendo que as medidas mais severas foram contra pessoas que tentavam ganhar algum dinheiro nas praias.
Para os que vivem nas vizinhanças de Guanabo, as “mudanças climáticas” e suas consequências não passam de uma fantasia e alegam de as mudanças da conformação das costas numa ilha como Cuba são fenômenos cíclicos que se repetem de tempos em tempos, em função das correntes marítimas e dos ventos.
Um ponto de especial atenção é o famoso Varadero, a uns 150 km a leste da capital e local emblemático do turismo cubano, onde foram detectadas cerca de 900 instalações que produzem erosão costeira, a maioria delas construídas nos anos 50 é nos anos 90, quando foi retomado o desenvolvimento do turismo estatizado na ilha. Lá, o governo está transferindo construções novas para dentro da ilha, demolindo as de beira mar e endurecendo os controles para novas edificações.