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Artigos-->Fusões e desemprego -- 09/06/2013 - 15:11 (Tom Coelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


"No mundo globalizado,ou você compra ou é comprado."(Francisco Gros)





Se estivesse vivo, Aldous Huxley poderia escrever hoje "Admirável mundo oligárquico". Não seria uma fábula, mas um documentário sobre o universo corporativo a partir dos anos 1990.



Com o fim da guerra fria e o advento da internet, surgiu a era do conhecimento, marcada pela queda das barreiras geográficas e econômicas. A velocidade das transações, o fluxo de informações, a integração promovida pela globalização desenhou um novo paradigma no mundo dos negócios segundo o qual é necessário crescer continuamente.



Fusões, aquisições, incorporações e seus correlatos foram a resposta imediata a esta demanda. O nome do jogo é ganho de escala. Concentrando-se a produção numa mesma unidade industrial, reduz-se a capacidade ociosa das instalações. Unificando-se as operações administrativas, ganha-se celeridade e economia nos processos.



Houve uma época na qual se procurava combater a formação de oligopólios e cartéis. Tempos áureos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) julgando administrativamente compras, vendas e associações de empresas sob a égide da lei antitruste buscando zelar pela licitude concorrencial.



O que vemos hoje é a concentração econômica em todos os segmentos. Os bancos largaram na frente, seguidos pelas mineradoras, siderúrgicas, farmacêuticas, montadoras, autopeças, empresas de telecomunicações, eletroeletrônicos e tantas outras.



A grande preocupação de outrora era com relação ao impacto destes movimentos em relação aos preços, ou seja, a criação de megaempresas sufocaria a concorrência, prejudicando os consumidores, em especial em países como o Brasil onde as chamadas agências reguladoras são, em sua maioria, ineptas e frágeis.



Mas o maior subproduto de fusões e aquisições é mesmo o desemprego. Afinal, não faz sentido manter duas agências bancárias com igual bandeira na mesma calçada, dois profissionais com funções equivalentes para uma mesma atividade.



A crise mundial recente nasceu no mercado financeiro, mas rapidamente vem devastando a economia "real", que produz bens e serviços e não apenas se ocupa de intermediações e apostas em derivativos. Empresas de grande porte em todo o mundo anunciam diariamente suas listas de dispensas.



Aos governos, cabe repensar a legislação que rege as operações de compra e venda de empresas, em especial buscando proteger companhias de pequeno e médio porte da canibalização do mercado, posto grandes empregadores que são.



Aos RHs das empresas, ficam desafios. Primeiro, para conciliar culturas e valores muitas vezes díspares, buscando a criação de uma identidade corporativa única. E segundo, para conduzir os planos de demissão, procurando arrefecer a dor dos que saem e aplacar os temores e a insegurança dos que ficam.





* Tom Coelhoé educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de "Somos Maus Amantes - Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento" (Flor de Liz, 2011), "Sete Vidas - Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional" (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.


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