COREIA DO NORTE LANÇA UMA NOVA E DIRETA AMEAÇA NUCLEAR AOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
:: DAVID E. SANGER e CHOE SANG-HUN
Tradução livre de FRANCISCO VIANNA
Publicado no The Washington Post em 24 de janeiro de 2013
A Coreia do Norte fez uma tácita e direta ameaça, anteontem, de que seu programa nuclear incluirá os Estados Unidos da América como um dos "alvos" prioritários e que irá proceder ao seu terceiro teste nuclear de "nível mais elevado", direcionando esse estúpido desafio ao governo de Barak Obama, numa hora em que o presidente americano esperava se focar mais em seus esforços diplomáticos para restringir o programa nuclear menos avançado do Irã.
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Sulcoreanos em Seul assistem pela TV reportagens monstrando filmetos de uma parada militar Norcoreana após o anúncio de que a Coreia do Norte iria proceder a outro teste nuclear.
Desafiando as determinações da ONU, o teste será o primeiro sob a tirania do ainda não testado líder, Kim Jong-un, e o mais claro indicador de que o novo ditador segue o mesmo caminho de seu autocrático pai, de quem herdou o poder, pressionando adiante seu programa militar de armas nucleares que analistas dizem ser progressivamente sofisticado.
A declaração da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte foi uma resposta ao Conselho de Segurança da ONU que aprovou esta semana uma resolução condenando o lançamento mais bem sucedido de um míssil de longo alcance pela Creia do Norte e aprovou sanções mais rígidas e severas ainda contra o país — uma resolução que a China, a maior aliada do regime de Pyongyang, votou a favor da aprovação.
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Glyn Davies, o deputado americano para a política com a Coreia do Norte, falo na última quinta feira após o encontro com o enviado para assuntos nucleares da Cia do Sul, Lim Sung-nam, no Ministério do Exterior em Seul.
A ameaça verbal norcoreana foi consideravelmente mais específica do que as advertências do passado e ocorreram exatamente quando as agências de inteligência americanas expressaram a preocupação de que o país asiático tenha feito considerável progresso em seus programas nuclear e de mísseis, apesar das já duradouras sanções impostas pela ONU.
Pyongyang declarou claramente, ao contrário de deixar implícito, que seu programa nuclear seria direcionado aos Estados Unidos como alvo de suas ogivas nucleares — algo que antes era apenas sugerido, por exemplo, pelos pôsteres de propaganda mostrando um míssil atingindo o que parecia ser o Capitólio.
A declaração também descartou explicitamente quaisquer conversações sobre a "desnuclearização" da Península Coreana, que tem sido o objetivo das conversações que ora cessam e ora recomeçam com Pyongyang por duas décadas e um acordo assinado entre as Coreias do Norte e do Sul há vinte e um anos.
"Não escondemos que uma variedade de satélites e foguetes de longo alcance que serão lançados pela ‘República Democrática’ Popular da Coreia, após outro teste nuclear de nível mais alto, terão os EUA como alvo, o inimigo juramentado do povo da Coreia", dizia a declaração, com sua perversão semântica habitual.
Mas ela completava com verborreia de sempre, segundo a qual o programa nuclear norcoreano significa apenas um meio de dissuasão.
Avaliar as reais intenções da Coreia do Norte é sempre difícil, e pode provar que a declaração, efetuada pelo mais alto comando militar, tenha sido apenas outra explosão verbal em função de uma situação de insegurança, fome, e miséria extrema de um país que busca comover o Ocidente por mais ajuda, um círculo vicioso que o Presidente Obama tinha prometido quebrar.
As declarações públicas de Pyongyang frequentemente esquentam sempre que os EUA enfoca sua atenção em outro lugar. A verdade é que Washington parece convencida de que as bravatas norcoreanas contra os Estados Unidos têm como intenção real a de induzir o medo em seus vizinhos do sul.
A ameaça da Coreia do Norte quase que certamente ficará a cargo do Senador John Kerry, o nomeado por Obama para ser seu Secretário de Estado. Kerry tinha sido um crítico do governo Bush quanto ao modo de lidar com a Coreia do Norte, dizendo que seu foco na guerra do Iraque desviava sua atenção de ameaças mais perigosas.
Se aprovado como secretário de estado pelo Congresso, ele terá que lidar com o problema que pode surgir caso o governo Obama, ao focar no Irã e se recusar a responder aos nortecoreanos por suas ameaças periódicas, petulâncias, e testes nucleares, vir a cometer o mesmo erro de Bush.
A verdade é que, mesmo os chineses, começam a demonstrar alguma preocupação com seus belicosos vizinhos, a quem parecem não apoiarem mais tanto como no passado.
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