Comentário 147-06 outubro de 2012
Assuntos:Coragem e orgulho, Conjuntura Mundial, Código Penal e Pensamentos
Coragem e Orgulho
As corajosas medidas da Presidente baixando os juros e taxando as importações exasperam os especuladores estrangeiros e seus seguidores daqui.
A guerra comercial dos Estados Unidos contra o Brasil ficou explícita quando o representante do Comércio Exterior dos EUA, Ron Kirk, enviou uma carta, grosseira e ameaçadora, ao nosso ministro das Relações Exteriores, reclamando das medidas que o Brasil adotou para proteger a própria indústria contra as manobras do país dele, que desvalorizou a moeda, favorecendo as exportações. O primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron ameaçou que, logo o seu país nos estará retaliando e destruindo se o Brasil não suspender imediatamente o protecionismo aplicado em favor de nossa produção industrial. Nossos neo-liberais temem que o Brasil venha a ficar isolado e que sem a concorrência estrangeira nossa industria não evolua - e isto já aconteceu, como também aconteceu que a ent rada livre dos produtos estrangeiros mais baratos mataram a indústria existente e inibiram a formação das novas.
Ameaças como essas só influenciariam aos covardes. Aí está o exemplo da China, que depois de séculos explorada, rompeu o círculo de giz e caminha para tornar-se a maior economia do planeta. Pouco importaria aos chineses a ameaça dos ingleses ou de quem for, por conta de seu protecionismo. A China abriu-se à modernidade, mas dentro de seus termos. Virou o jogo. Recuperou sua independência e seu amor próprio. Não estamos analisando se a China é uma democracia ou não.
Na Economia, o Brasil tende a seguir na mesma trilha que a China, mas é preciso coragem. A redução dos juros (contra a opinião de todos os economistas formados no exterior) trouxe grande economia ao erário e diminuiu o dreno de divisas (pois grande parte da dívida interna está nas mãos de estrangeiros), além de estimular a transformação do capital especulativo em capital produtivo. A taxação extra à produtos importados sem dúvida ajudará a industria nacional, tal como fazem os outros povos quando sentem perder a concorrência.
É claro que teremos problemas. Será muito difícil promover uma mudança no sistema de poder existente, enquanto perdurar a aliança entre as oligarquias locais apátridas e o sistema financeiro internacional. Entretanto, na medida em que criarmos orgulho é previsível que a atual oligarquia se imbua de seu papel de elite e lidere a arrancada para o desenvolvimento, apesar da criação de áreas de conflito com seus antigos parceiros internacionais.
Quando ainda candidata, Dilma era uma incógnita; a sabíamos corajosa, mas não sabíamos se empregaria sua coragem para o bem do País ou se apenas para o crescimento do seu partido. Estamos começando a ter a resposta. Muitas vezes tem contrariado as espúrias reivindicações da base aliada e do próprio PT. Toma medidas corretas ignorando as ameaças estrangeiras. Começa a liderar a nós, nacionalistas, apesar das mazelas do partido dela,esperamos que continue assim.
Conjuntura Mundial. O limiar de uma nova era.
"Cenários" são prospectivas que podem vir a acontecer. Alguns dos que levantamos estão acontecendo, outros estão no rumo. Levanta-se os cenários prováveis e até os apenas possíveis porque não há nem haverá situações permanentes no nosso mundo, e quem se antecipar aos acontecimentos e tomar a decisão adequada terá grande vantagem sobre quem não o fez. Sabemos que, por vezes, acontecem fatos capazes de transformar toda uma conjuntura.
Atualmente, o principal fato portador de transformações, em qualquer prospectiva é a contínua perda de valor do dólar, que tende a levar a contração de seu mercado importador. Certamente, se o dólar deixar de ser bem aceito, os EUA passarão a ter dificuldade de importar até bens indispensáveis como o petróleo, mas poderão viver isolados, substituindo o petróleo importado pelo carvão, pelo gás de xisto e pelo etanol. Alimentos eles tem até para vender ou trocar. Ao refazer sua indústria não poderá competir com a China no comércio externo, mas no interno tomará as indispensáveis medidas de proteção. Claro, suas exportações ficarão mais em conta. Certamente ficará mais pobre, mas não será o único.
Em consequencia das medidas protecionistas que certamente serão adotadas pelos EUA, a China perderá seu principal mercado, prejudicando sua ascensão rumo ao posto de maior economia do mundo. Naturalmente a China reorientará parte de sua produção para o consumo doméstico, mas não há como evitar uma drástica diminuição da importação de commodities, que afetará diretamente ao nosso País, bem como a todos os outros fornecedores.
. E a Europa? Hoje ponto nevrálgico, encerra uma questão crucial: quais as chances de sucesso de um modelo de federalização na Europa, com solidariedade e compartilhamento de custos e benefícios? É a grande incógnita. Esfacelando-se a União Européia como parece provável, os pequenos países estará em grandes dificuldades. Só sobreviverão se descobrirem um nicho de excelência como fez a Finlândia com os celulares, mesmo assim só antes da China tomar-lhe a dianteira. Até os mais poderosos enfrentarão dificuldades se não forem auto-suficientes, coisa que poucos conseguirão. Todos estarão mais pobres. Todos apelarão para medidas protecionistas e recriminarão as medidas dos demais que prejudiquem suas exportações. Os mais prejudicados serão os pequeno s países de mercado insuficiente para ter uma indústria de escala. Terão dificuldade de sobreviver como nação, mas dispondo de capital e tecnologia tentarão fundar empresas nos "BRICs". Não à toa que esta seja a estratégia dos mais inteligentes: crescer para fora. Marcar terreno, principalmente em países emergentes como o Brasil
Aos poucos os BRICs, inclusive o nosso Pais, compreenderão o erro de permitir a drenagem de recursos feitas pelas empresas de capital estrangeiro e tentarão restringi-lo. As restrições ao capital estrangeiro e a necessidade vital de petróleo sem ter como comprá-lo tende a causar ações militares para impor os interesses vitais, principalmente sobre os detentores das jazidas, mas os de outras commodities também não estarão a salvo.
Naturalmente, aos poucos será retomado o comércio, a principio a base de escambo, mas até voltar a ordem natural será inevitável uma série de conflitos, disputas pelo acesso a recursos naturais indispensáveis; pressões, conquistas territoriais, faxinas étnicas e até genocídios.
Por certo este não é o melhor cenário, mas apenas o mais provável. Não podemos saber ainda até que ponto os EUA aguentarão o tranco e se recuperarão, nem se a redução da economia chinesa será um 'pouso suave' ou 'aterrissagem' forçada. Tampouco sabemos se a acomodação mundial se dará por intermédio dos mecanismos de mercado, por meio do jogo político ou pela força; em outras palavras, se acontecerá de forma negociada ou conflitiva. Só o que podemos saber é que estamos no limiar de uma nova era na História
E nós? - É claro que o Brasil não passará incólume pelas vicissitudes do quadro internacional. Poderemos resistir a um ambiente externo hostil? - Dependerá do acerto da política e da capacidade de resistência. Então quais os espaços para o Brasil, tendo como referência o cenário descrito, e quais as ações para construir e fortalecer capacidade de resistência? - Num primeiro passo zerar o déficit nas contas externas mesmo a custo de redução do consumo e bem estar; em seguida orientar a economia para o mercado interno, diminuindo a dependência das exportações, que sabemos, serão reduzidas. Ainda teríamos que reduzir a drenagem de capitais pelas remessas de lucro e royaties, como está fazendo a China. O Brasil pode seguir uma trajetória de desenvolvimento puxado pela demanda interna (investimentos em energias e infra-estruturas e consumo interno), e isto estamos fazendo. Outra ação indispensável será o incentivo ao aumento da população e ocupação do território, por mais que isto contrarie aos ecoxiitas e aos neo-maltusianos. Entretanto nada disso adiantará se não tivermos preparado Forças Armadas duras de roer, que possam manter a distância os ambiciosos.
O cenário não é desesperador. Somos dos poucos países que pode viver sozinho, se necessário. O país acumulou trunfos que, se bem usados, permitirão mitigar as consequências de um cenário externo de degradação e aproveitar as oportunidades de um cenário de recuperação lenta para manter o curso de seu desenvolvimento. A capacidade de resistência, porém, será função das medidas que tomarmos hoje, e para isto é preciso coragem e união.
Código Penal - Sem noção
O projeto do novo Código Penal estabelece pena de um a quatro anos para quem se omitir de prestar socorro a um 'animal' - ( incluindo os insetos?), - e pena de só um a seis meses para quem se omitir de socorrer uma criança extraviada . Os pais não poderão educar seus filhos, mas o Estado poderá induzi-los ao homossexualismo
Tem mais: será crime mexer num ninho, mas não matar um ser humano ainda no útero; será, legalizado o consumo de drogas e o pequeno tráfico; permitido o terrorismo individual ou coletivo quando movido com intuito social ou reivindicatório, ou seja pelo MST e por índios sob o comando de ONGs.
Uma vez aprovado esse projeto de Código só a desobediência civil ou mesmo uma rebelião poderia evitar o desmanche do nosso País
Pensamentos
País bobo é o que acredita que outro quer ajudar, sem nenhum interesse.
Só tem voz, respeito e credibilidade e se impõe diplomaticamente quem tem poder escudado na Força
Que Deus proteja a todos nós
Gelio Fregapani
ADENDO
DESNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA
Publicado em A Nova Democracia, n. 73, janeiro de 2011
- III
Adriano Benayon * - 13.12.2010
Nos artigos I e II", resumi as origens e os mecanismos da desnacionalização e como ela é feita com recursos gerados localmente: o Brasil paga para que os brasileiros não sejam proprietários dos meios de produção em seu próprio País. Parece que a aspiração máxima da maioria dos quadros dirigentes e dos empresários é serem gerentes a serviço de patrões estrangeiros. Abordamos agora mais alguns setores emblemáticos.
AGRONEGÓCIO
2. Embora antiga, a presença de transnacionais na economia rural e na agroindústria era minoritária, mas isso se vem modificando celeremente sob o intenso entreguismo dos últimos vinte anos.
3. Empresas estrangeiras adquirem, em ritmo crescente, explorações agrícolas e pecuárias. Ocupam, cada vez mais, também indústrias relacionadas com essas atividades, como ilustra a aquisição pela AGCO, da SFIL, fabricante de plantadeiras e de plataformas para colheitadeiras do Rio Grande do Sul. A AGCO, proprietária das marcas Massey Ferguson e Valtra, já tinha fábricas de tratores no País. Até mesmo a área de serviços relacionados vai sendo ocupada, de que é exemplo a compra da FISPAL pela Brazil Trade Show Partners, a qual se tornou a principal organizadora de feiras de alimentos e bebidas.
4. A Precious Woods, suíça, adquiriu 387 mil hectares de terra na Amazônia. O sueco Johan Eliasc, presidente da inglesa Head, comprou 160 mil hectares de floresta na Amazônia. O fundo americano Colpers tem 23 mil hectares em Santa Catarina e no Paraná. A Igreja Unificada, do reverendo Moon, tem 46 propriedades em MS, estando as fazendas em nome da Associação das Famílias pela Paz Mundial.
5. De há muito cresce a aquisição de terras por estrangeiros, não só as próximas aos centros de consumo, mas também as da Amazônia e de outras áreas em que elas são alienadas em operações envolvendo milhões de hectares de uma só vez. Ultimamente tem circulado mais alertas, talvez por causa da entrada de empresas chinesas nessa invasão, algo que certamente desagrada ao império mundial.
6. Não aprofundo aqui a questão das tradings estrangeiras que controlam o comércio das commodities exportadas do Brasil, porque isso, além de antigo, alongaria demais o texto. Destaque-se a soja, cuja predominância mostra claramente ser a estrutura agrária basicamente voltada para os interesses externos.
7. A soja ocupa mais de 40% do total das terras atualmente exploradas no País, destinando-se a exportar principalmente o farelo, ração para animais no exterior, dentro do esquema de desgastar as terras brasileiras a fim de assegurar alimentação barata nos países industrializados. Ainda nesse contexto, o Brasil exporta enormes quantidades de frangos e de suínos para a Europa, Japão, China e Oriente Médio (só frangos neste caso), poluindo de forma massiva os rios de Santa Catarina e de outros Estados. Mais adiante, trato da Sadia e da Perdigão, os principais exportadores, agora também sob controle de uma transnacional.
8. Para que britânicos e outros comam seus bifes (palavra derivada do inglês) ensanguentados, as terras brasileiras são utilizadas do modo menos produtivo possível, a pecuária extensiva, a qual ocupa área igual a cinco vezes a usada na agricultura.
9. A dominância da soja no agronegócio contribui também para que se dê preferência ao óleo dela para uso combustível, em lugar de plantas com rendimentos por hectare, como a copaíba, com rendimento oito vezes melhor, e o dendê doze vezes melhor.
10. Nas cervejas, houve a fusão da companhia de bebidas "belgo-brasileira" InBev, que havia absorvido as tradicionais Brama e Antártica, com a norte-americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser. Logo depois, em 2009, fundiram-se a Sadia e a Perdigão, já sob controle da transnacional BRF-Brasil Foods.
11. Essas operações foram, em grande parte, financiadas, incrivelmente, pelo BNDES (Banco Nacional [???] de Desenvolvimento Econômico e Social), que emprestou R$ 710 milhões à cervejeira transnacional e cerca de R$ 1,1 bilhão à BRF-Brasil, contando os recursos colocados na Perdigão e Sadia em 2008 e 2009.
12. No ramo dos venenos chamados refrigerantes, de há muito se consolidou o virtual monopólio da Coca-Cola, engordado por numerosas aquisições de fabricantes locais. A mesma transnacional controla grande parte da água mineral engarrafada, negócio rendoso e danoso para a saúde pública, pois a vende desmineralizada. Aí pontifica também o polvo Nestlé, sediado na Suíça, destruidor, entre outras coisas, das reservas das águas de São Lourenço, e também dominante, há decênios, mundialmente no nocivo leite de vaca em pó, além de ser um dos cabeças do oligopólio estrangeiro dos iogurtes e outros laticínios.
13. Embora seja difícil de conceber algo ainda mais desastroso, isso existe. São as sementes transgênicas, monopolizadas por transnacionais, como a Monsanto e a Syngenta. Elas contaminam as áreas vizinhas, inviabilizando a reprodução das plantas e até eliminando as abelhas. Com trânsito livre dos governos, inclusive o de Lula, elas têm licença para destruir a agricultura brasileira, acabar com a segurança alimentar e envenenar os brasileiros com o glifossato e outros agrotóxicos.
14. Denotativo das consequências políticas intoleráveis que advêm do domínio das transnacionais na economia, é ter sido o avanço das sementes transgênicas apoiado pelo governo federal e por todos os governos estaduais, à exceção de um, o do Paraná. Que o governador Requião não tenha elegido seu sucessor apenas confirma que o presente sistema político é irrecuperável.
15. Em 2009, formou-se a FIBRIA, resultado da fusão da Aracruz Celulose, ex-estatal privatizada em favor de firmas estrangeiras, com a Votorantim Celulose e Papel. A Citrosuco, do grupo Fischer, e a Citrovita, da Votorantim, também se uniram, tornando-se o maior produtor mundial de suco de laranja. Têm seis fábricas em São Paulo e uma nos EUA, dois terminais portuários no Brasil, seis no exterior e 64 mil hectares de pomares de laranja, com 50% da produção brasileira.
16. Os maiores grupos ainda considerados brasileiros têm-se internacionalizado de tal maneira, e recebido tal quantidade de capitais estrangeiros, que não será surpresa, a exemplo, dos casos acima citados, se passarem a ser controlados por esses capitais. Entre esses, a portentosa ex-estatal Vale Rio Doce, a Odebrecht, Votorantim, Friboi, os quais têm captado dezenas de bilhões de dólares, inclusive de fundos de investimentos estrangeiros.
17. Durante a primeira etapa do colapso financeiro e econômico mundial em andamento, a crise de 2007/2008, as próprias grandes empresas tiveram dificuldades em servir suas dívidas com os bancos, e ficaram sem financiamentos dos mercados de crédito internacionais. Isso as levou buscar recursos provenientes de empresas, fundos e aplicadores estrangeiros.
18. O frigorífico JBS Friboi, maior empresa de carnes do mundo, tem feito diversas aquisições de empresas no exterior, com a ajuda financeira do BNDES, sem, portanto, criar emprego algum no Brasil. O BNDES, através da BNDESPar, sua empresa de participações, adquiriu dois milhões de debêntures por R$ 3,4 bilhões, já tendo comprometido R$ 7,5 bilhões na Friboi, na qual detém participação acionária de 22,36%. Esse extraordinário apoio financeiro é maior do que o engajado na fusão das empresas de telecomunicações Oi/Brasil e Telecom, ambas sob controle estrangeiro.
AÇÚCAR E ETANOL
19. Ramo em que a desnacionalização progride a passos largos é o da produção sucroalcooleira. A velocidade pode ser avaliada através de dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar - ÚNICA: na safra de 2007/08 correspondiam a 7% as companhias com capital estrangeiro, e na de 2010/2011, essa participação será de 22%. Além disso, cresceu a concentração: em 2004/05, as cinco maiores empresas enfeixavam 12% da produção; em 2009/10, já representavam 27% do total.
20. Eis o que disse o presidente da UNICA, Marcos Jank, referindo-se à entrada da mega-petroleira britânica Shell no segmento de açúcar e etanol, com a joint-venture formada com a COSAN, em operação que envo lveu US$ 12 bilhões:
"Os acordos para fusões e aquisições entre usinas de cana ocorridos nos últimos meses, especialmente aqueles que envolveram empresas estrangeiras, deixaram o setor sucroalcooleiro do Brasil mais forte para enfrentar momentos de dificuldades como os registrados em 2009.'
21. No artigo anterior, falamos da financeira Gávea, de Armínio Fraga, controlada pelo JP Morgan, a qual detém 14% da COSAN, antes controlada pelo grande empresário sucroalcooleiro, Rubens Ometto.
22. A Santa Elisa Vale foi comprada por uma das maiores tradings transnacionais, a Louis Dreyfus Commodities, a Moema o foi por outra mega-trading, a Bunge, e a BRENCO, grande tomadora de recursos do BNDES, pela ETH.
23. A BRENCO era presidida por Henri-Philippe Reichstul, do círculo de FHC e que faz parte do conselho de administração de três companhias estrangeiras: REPSOL, Peugeot Citroën e EIA, do setor de energia. Na diretoria da BRENCO predominam mandatários de transnacionais (Ashmore Energy e Silverpoint Capital), e há um representante de acionistas norte-americanos e outro de brasileiros.
24. É de notar (Vide parágrafo 20 supra) o viés entreguista de Marcos Jank, presidente da entidade representativa das empresas brasileiras sucroalcooleiras. Seria ele empresário desse setor? Não. É um professor-doutor da USP, com graduações no exterior, tido por especialista em negociações internacionais. Curioso, não? Pelo menos, impossível em países nos quais a meta dos donos de empresas não é desfazer-se delas.
25. O grupo francês TEREOS, controlador, com 69% do capital da Açúcar Guarani, quarta maior empresa do setor sucroalcooleiro no Brasil anunciou que o Brasil passaria a ser seu centro financeiro, com a criação da TEREOS International. Traria os ativos da Europa e da região do Oceano Índico - cerca de € 1 bilhão - para incorporar a Guarani, em operação no montante de € 1,7 bilhão. A presente receita anual desta é de R$ 1,5 bilhão, e sua dívida líquida soma R$ 1,1 bilhão.
26. Houve, ainda, a compra de participação majoritária na Equipav pela Shree Renuka, da Índia, além do avanço do grupo Bertin nos biocombustíveis, ao entrar na Infinity. A CEB-Clean Energy Brazil comprou usinas em Mato Grosso do Sul (MS) e Goiás.
VAREJO/SUPERMERCADOS
27. No varejo de eletrodomésticos, o Grupo Pão de Açúcar, controlado pelo Cassino, da França, absorveu a Casas Bahia, agregando-a a: Extra; Sendas; Assai Atacadista; TAEQ; Compre Bem; Ponto Frio. É a maior rede do país. As outras são o Carrefour, também francês, e o Wal Mart, norte-americano, em rápida expansão. O ramo de supermercados está altamente concentrado e quase totalmente desnacionalizado.
28. A Sodexo, outro grupo francês, que controla 220 mil estabelecimentos comerciais, administrando restaurantes e cafeterias e fornecendo refeições coletivas, projeta crescimento anual de 20%, e atual também em mineração, navios-sonda e plataformas de exploração de petróleo. No Brasil a receita bruta é estimada em R$ 900 milhões.
CONSTRUÇÃO, EMPREITEIRAS
29. As empreiteiras, além de se terem aberto a participações acionárias estrangeiras, têm tido apoio irrestrito do BNDES, tendo passado a atuar também na petroquímica, agronegócio, mineração, telecomunicações, produção de etanol, petróleo, saneamento, açúcar, energia elétrica e rodovias. A Andrade Gutierrez é acionária da Telemar, dona da OI, que comprou a Brasil Telecom, graças a empréstimos do BNDES de R$ 2,6 bilhões em 2008 e R$ 4,4 bilhões em 2009. A Andrade Gutierres tem mais as seguintes empresas: Dominó Holding S.A., Water Port S.A., Corporación Quiport, CCR-Cia. de Concessões Rodoviárias, RME-Rio Minas Energia.
30. Da mesma forma, diversificaram-se a Odebrecht, a Camargo Correa, a Mendes Junior, a Queiroz Galvão. A Odebrecht Realizações Imobiliárias atua no segmento de baixa renda (entre zero e três salários mínimos) e média/alta renda, com projetos imobiliários em quase 10 Estados brasileiros. A Odebrecht, que controla a BRASKEN, outra grande beneficiária do BNDES, diz não ter planos, a curto prazo, de lançar ações na Bolsa de Valores, mas vendeu ações à Gávea', controlada pelo JP Morgan.
31. A Gávea tem outras participações em construtoras e empreiteiras, além de participação de 12,6% do grupo de comunicação RBS e 12% das ações ordinárias da Lojas Americanas.
FARMACÊUTICA
32. Os laboratórios farmacêuticos mundiais faturam mundialmente somas inimagináveis devido ao mercado que lhe é assegurado pelos múltiplos malefícios que os hábitos alimentares, as tensões nervosas e a intoxicação indissociavelmente ligadas ao sistema político e econômico imperial, tudo coadjuvado pela medicina oficial alopática.
33. No Brasil, o setor das doenças, mal chamado de setor de saúde, conta com farmácias a cada esquina nas cidades e em cada vilarejo, interior a dentro. Desde 1945, e de modo intenso desde 1954, os tradicionais laboratórios nacionais foram desnacionalizados sob a pressão da política econômica pró-transnacionais.
34. Do mesmo modo que a indústria automobilística e a de autopeças nacionais, a farmacêutica, foi destruída a partir das políticas entreguistas da UDN e de seus simpatizantes militares, bem do pseudo-desenvolvimentismo de JK. Todas essas indústrias, e até mesmo as de máquinas-ferramentas, equipamentos pesados etc., já se encontram, portanto, de há muito, virtualmente desnacionalizadas.
35. Mesmo assim, o processo ainda prossegue, engolindo sempre algo mais. Há pouco, a farmacêutica norte-americana Pfizer adquiriu 40% do laboratório brasileiro TEUTO por R$ 400 milhões, visando a ampliar sua presença nos medicamentos genéricos. O negócio inclui a opção de apresentar oferta pelos 60% restantes, no início de 2014. O acordo leva, ainda, a Pfizer a registrar e comercializar produtos da Teuto no Brasil e em outros mercados sob suas marcas próprias.
37. Localizado em Anápolis (GO), o laboratório TEUTO foi fundado em 1947. A Pfizer o absorveu após comprar a King Pharmaceuticals, especialista em analgésicos, e aliar-se com a Biocon, da Índia, em produtos similares à insulina.
TRANSPORTES
O atual governo privatizou a ferrovia Norte-Sul e mais sete trechos de rodovias, entregues às espanholas Acciona e OHL. A Juring Shipyard de Cingapura, subsidiária da norte americana Semb Corp Marine, adquiriu parte do Estaleiro Mauá e passou para o Sinergy Group, que já detinha 65% do estaleiro.
TELECOMUNICAÇÕES
Em sequência à desastrosa privatização do setor por FHC no final dos anos 90, ele foi, cada vez, mais caindo em poder de oligopólios estrangeiros, que fizeram piorar a qualidade dos serviços e encarecer as tarifas. Recentemente, a Telefônica (Espanha) comprou a Vivo, e a Portugal Telecom entrou na OI, já controlada por bancos estrangeiros e seus agentes, como Daniel Dantas.
A holding Telemar Participações, controladora da OI, comprou a Brasil Telecom por R$ 5,863 bilhões. O BNDES injetou cerca de R$ 4,4 bilhões para "saneamento" da adquirida, após se ter a transação viabilizado por haver o governo patrocinado mudança na Lei de Telecomunicações.
DIVERSOS
Em operação recente, a norte-americana A. Schulman adquiriu a produtora brasileira de compostos plásticos Mash, controlada pela Mash Têxtil, a qual opera desde 2004, em São Paulo, produzindo para os setores automotivo, eletrônicos e agricultura. A A. Schulman fornece compostos plásticos e resinas, utilizados como insumos em várias indústrias.
Outra faceta interessante é a crescente entrada dos asiáticos, principalmente a China, na compra de ativos no Brasil. No primeiro semestre, os asiáticos responderam por 35,8% dos negócios, os europeus 63,6%, e Estados Unidos, apenas 0,6%, ainda sob o efeito da crise de 2008. Entre as aquisições chinesas foi salientada a dos ativos da Plena Transmissorapela State Grid of China.
* Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de "Globalização versus Desenvolvimento", editora Escrituras. abenayon@brturbo.com.br
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font-family:Verdana;color:red">Ivan Guimarães, Ricardo Annes Guimarães,
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Verdana">Há seis anos, Cachoeira era personagem da CPI dos Bingos, a &
39;CPI do fim do mundo&
39;
Verdana">Cachoeira teria ligações com executivo da construtora Delta
Delta recebeu dinheiro do PAC por obra inexistente
Delta financiou a campanha presidencial de Dilma
Imagens de O Chefe Lula
Autópsia da corrupção: Maurício Marinho, dos Correios, recebe propina
Extraído da WikipédiaVerdana"> (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlinhos_Cachoeira):
Carlos Augusto de Almeida Ramos,cite_note-STJ_HC-0">[1] mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, também denominado pela imprensa de Carlos Augusto Ramos (Anápolis, 3 de maio de 1963cite_note-Amigo_Lereia-1">[2]), é um empresário brasileiro, preso sob acusações como envolvimento no crime organizado e corrupção.
O nome de Carlinhos Cachoeira ganhou repercussão nacional em 2004 após a divulgação de vídeo gravado por ele onde Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil José Dirceu, lhe faz pedido de propina para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro. Em troca, Diniz prometia ajudar Carlinhos Cachoeira numa concorrência pública carioca. A divulgação do vídeo se transformou no primeiro grande escândalo de corrupção do governo Lulacite_note-2">[3]cite_note-3">[4]
color:red">Veja o mensalão em história de quadrinhos:
ixzz28uUTfxps">Avenida Brasil: A novela do mensalão
Leia os textos de Félix Maier acessando o blog e sites abaixo:
Verdana">PIRACEMA - Nadando contra a corrente
Mídia Sem Máscara
Netsaber
Verdana">Usina de Letras
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Para conhecer a história do terrorismo esquerdista no Brasil, acesse:
font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Para conhecer o terrorismo biológico de petistas contra plantações de cacau no Sul da Bahia clique em
http://veja.abril.com.br/210606/p_060.html
Leia sobre o Movimento Militar de 31 de Março de 1964: O Cruzeiro - 10 de abril de 1964 - Edição extra
Leia sobre os antecedentes do Movimento de 1964 em Guerrilha comunista no Brasil e Apoio de Cuba à luta armada no Brasil: o treinamento guerrilheiro
Leia Julgamentos da Contrarrevolução de 1964 - Rachel de Queiroz, Roberto Marinho, Editorial do JB e Luiz Inácio Lula da Silva
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