0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Britânicos buscam virada & 39;histórica& 39; em relações com Brasil
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Ruth Costas - Da BBC Brasil em Londres
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Atualizado em 27 de setembro, 2012 -
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0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Houve um tempo - entre o século 19 e início do século 20 - que empresários britânicos desembarcavam no Rio de Janeiro com cartas geográficas brasileiras debaixo do braço e repletos de ideias para cortar o País de cima a baixo com ferrovias projetadas em Londres.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Demorou um século para a Grã-Bretanha voltar a enxergar o Brasil no mapa, mas, agora, interessados em usar os negócios com países emergentes como uma das alavancas para tentar sair da crise econômica, o governo e as empresas do país se dizem decididos a reverter - e rápido - o que o chanceler britânico William Hague definiu como os anos de 'negligência' nas relações bilaterais.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> É essa a promessa do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que desembarca em São Paulo nesta quinta-feira para uma visita de dois dias ao Brasil. Cameron se encontrará com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e terminará a viagem no Rio de Janeiro.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Entre os temas a serem tratados na visita, estão as relações econômicas bilaterais, a cooperação para a organização dos Jogos Olímpicos no Rio e o programa Ciência sem Fronteira.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Ela ocorre em um momento em que as empresas britânicas aumentam seus investimentos no Brasil, em parte por terem identificado oportunidades de negócios por iniciativa própria, mas também em função do empurrão diplomático que a relação entre os dois países vem recebendo nos últimos anos, como nota Anthony Pereira, diretor do Instituto Brasileiro do King& 39;s College. Para ele, as iniciativas de aproximação bilateral têm motivações tanto econômicas quanto políticas.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'Os britânicos estão investindo nas relações com os países emergentes, e, nesse grupo, o Brasil é identificado como o que tem valores mais próximos aos da Grã-Bretanha - é uma economia de mercado com uma cultura ocidental', disse Pereira à BBC Brasil.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'Além disso, também é interessante para os britânicos ter um interlocutor na América Latina em um momento em que as relações estão tensas com países como a Argentina (por causa das Ilhas Falkland/Malvinas)', completa, fazendo a ressalva de que isso não quer dizer que o Brasil estaria disposto a virar um 'garoto de recados' da Grã-Bretanha.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Visitas oficiais - Logo após assumir o poder, em 2010, o governo Cameron listou o Brasil como um dos países com os quais a Grã-Bretanha precisa reforçar seus laços. Desde então, representantes britânicos, entre eles Hague e o Príncipe Harry, fizeram mais de 30 viagens para a América Latina, sendo o Brasil seu principal destino.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> O vice-premiê Nick Clegg visitou o País no ano passado - acompanhado de 40 empresários de setores como infraestrutura, petróleo e gás, serviços, biotecnologia, construção e energia. Na época, defendeu que os dois países deveriam voltar 'ao século 19 para recuperar as bases de uma relação mais sólida' em uma declaração polêmica, pelo que alguns interpretaram como uma certa nostalgia com os anos do Império Britânico.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> As relações hoje certamente são menos assimétricas do que no século 19, como ressalta Pereira. A Grã-Bretanha está metida na sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial e aposta nos negócios com economias emergentes para reativar sua economia. 'Eles são os mais interessados na aproximação', diz o especialista.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> A cooperação também ganhou impulso durante a Olimpíada de Londres, em julho, quando autoridades brasileiras foram convidadas para observar todos os aspectos da organizações dos jogos - uma iniciativa que teve um desdobramento polêmico com a notícia de que funcionários brasileiros foram demitidos por terem coletado de forma indevida informações que seriam confidenciais.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Mas para Martin Raven, ex-cônsul britânico em São Paulo que hoje fornece consultoria para empresas interessadas em investir no mercado brasileiro, mais do que uma opção de governo, o maior foco nas relações com o Brasil é consequência da crise global e da evolução do cenário político e econômico do País.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Para ele, voltar-se para o Brasil e para outros emergentes foi uma decisão natural tendo em vista a redução do crescimento de economias europeias e dos EUA.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Antes de Cameron, a administração trabalhista já havia dado alguns passos para avançar na integração. Tony Blair foi o primeiro chefe de governo britânico a visitar o Brasil em 2001. E, em 2006, os dois países formaram o Comitê Econômico e de Comércio Conjunto (JETCO na sigla em inglês).
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'O interesse britânico cresceu porque, nos últimos anos, as opções de investimentos em outros lugares foram reduzidas, ao mesmo tempo em que o Brasil adquiriu mais estabilidade política e econômica e aprimorou seus marcos regulatórios', diz Raven.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Ed Hudson, diretor-executivo da consultoria Ernst & Young, que recentemente coordenou um estudo sobre os negócios britânicos no Brasil, concorda.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'No longo-prazo, o crescimento da classe média de países emergentes será um dos motores da economia mundial, então, é nesses mercados que as empresas britânicas precisam investir se quiserem sobreviver', diz, lembrando a recessão em que o país está mergulhado.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Longo prazo - Nem as revisões para baixo nas estimativas sobre a expansão do PIB brasileiro em 2012 afetaram o entusiasmo britânico com o Brasil, segundo John Doddrell, Consul Geral da Grã-Bretanha em São Paulo e diretor no Brasil da agência de comércio e investimentos britânica (UKTI na sigla em inglês).
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'As autoridades e empresários britânicos estão interessadas em fortalecer as relações não só no curto, mas, principalmente, no longo prazo', disse Doddrell, explicando que o objetivo é mesmo promover uma virada 'histórica' nas relações. 'Por muitas décadas, as atenções da Grã-Bretanha estiveram voltadas apenas para a Europa, EUA e países da Commonwealth, mas, agora, isso está mudando.'
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Para o brasileiro Eric Striegler, economista do HSBC em Londres, o interesse britânico também sobreviveu ao reajuste de expectativas sobre o crescimento do PIB brasileiro por causa da performance de algumas áreas. 'Setores como petróleo e gás, por exemplo, estão crescendo mais que o resto da economia e têm ótimas perspectivas no longo prazo', explica.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Para Pereira, há na Grã-Bretanha o reconhecimento de que o país perdeu muitas oportunidades de negócios no mercado brasileiro para competidores como a Espanha, Alemanha e França. 'Agora, os britânicos estão correndo para alcançar esses europeus e, de quebra, também atrair investidores brasileiros para Londres', explica.
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/09/120906_virada_historica_brasil_uk_ru.shtml
0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Guia oficial aconselha britânicos a evitar falar de Argentina e de pobreza 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Ruth Costas - Da BBC Brasil em Londres 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Atualizado em 27 de setembro, 2012 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Guia da UKTI: & 39;Pontualidade pode ser um problema no Brasil& 39; 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> No Brasil, bons tópicos para começar uma conversa incluem futebol, família, filhos e música. Exemplos de tópicos ruins, a serem evitados, são: Argentina, política, pobreza, religião e a floresta tropical. Se alguém lhe interromper enquanto você estiver falando, não se ofenda, porque interrupções são vistas como 'sinais de entusiasmo'. Conversas longas e animadas são um hábito apreciado pelos brasileiros e eles falam alto principalmente em ocasiões informais - o que em um primeiro momento pode parecer 'estranho para ouvidos britânicos'. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> As recomendações e observações são da Agência de Comércio e Investimentos da Grã-Bretanha (UKTI, na sigla em inglês) e foram incluídas em um guia oficial publicado para ajudar empresários britânicos que querem se aventurar a fazer negócios no Brasil. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Elaborado em momento em que o governo britânico se esforça para ampliar as relações econômicas bilaterais, o guia contém não só informações práticas sobre como lidar com a burocracia e o intrincado sistema de impostos brasileiros, mas também dicas sobre diferenças na etiqueta de negócios e relações interpessoais. Em 71 páginas, expõe de forma curiosa as diferenças culturais entre os dois países. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'A pontualidade, às vezes, pode ser um problema no Brasil, mas você não deve interpretar atrasos como um sinal de grosseria ou desleixo', diz o documento. 'Se estiver atrasado para um encontro, deve ligar para a empresa brasileira para avisar seus interlocutores. Mas esteja ciente de que os brasileiros vão estar fazendo piadas entre eles sobre a fama dos britânicos serem pontuais!' 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Como na Grã-Bretanha encontros de negócio e sociais têm hora para começar e para acabar, a UKTI também acha importante explicar que os brasileiros não vão embora depois de um almoço ou de um jantar. E as reuniões de trabalho podem 'ser demoradas e envolver conversas sobre assuntos pessoais e amenidades'. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'Ao terminar o encontro, você tem de repetir todo o processo de apertos de mãos e beijos e pode levar até 10 minutos até que finalize esse processo e possa sair da sala! Esse tempo deve ser incluído em sua programação, não dê por certo que conseguirá sair rapidamente', avisa o guia da UKTI, prevenindo os organizados e, em geral, metódicos empresários de seu país. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> A necessidade de investir mais nas relações interpessoais do que na Grã-Bretanha, de fato, é um dos pontos que chamam a atenção de britânicos que, recentemente, começaram a fazer negócios no Brasil como Pam Dubois, diretora da ILS English, empresa especializada em treinamentos corporativos e cursos de inglês para empresas. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Com cerca de 30 funcionários, a ILS tem sede na cidade de Nottingham. 'Os britânicos costumam ir mais direto ao ponto, enquanto, no Brasil, é necessário mais paciência e tempo para conquistar a confiança e a simpatia de seu parceiro comercial', disse Dubois à BBC Brasil. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Linguagem corporal - O guia oficial da UKTI também faz observações sobre a 'linguagem corporal dos brasileiros'. Segundo o documento, 'brasileiros falam muito próximos' a seus interlocutores e 'com muito contato físico'. 'Tocar braços e ombros é normal e os homens podem dar tapinhas nas costas', alerta. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Roy Webber da The Works: parcerias com empresas locais ajudam a entender burocracia 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> A UKTI também diz que a 'cultura de negócios brasileira é parecida com a do sul da Europa, com influências consideráveis da África e Ásia regionalmente'. E os empresários são instruídos a aprender um pouco de português. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'Para comunicar mensagens básicas (quando estiver no Brasil) saber espanhol ou italiano pode ajudar (...) Mas não comece a falar espanhol diretamente, porque os brasileiros podem pensar que você não sabe que a língua deles é português e isso vai deixar uma má impressão', alerta o texto. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> O guia também atenta para a importância de os empresários serem flexíveis, já que as coisas tendem a mudar 'rápido e de forma inesperada' no Brasil. 'Os brasileiros são famosos por encontrar uma forma de contornar o problemas', explica. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Para entender as leis e burocracia brasileira, a UKTI recomenda, antes de tudo, muita paciência; depois, que empresários façam parcerias com empresas locais. 'Paciência é uma virtude', afirma. 'Algumas coisas devem tomar mais tempo do que você espera (especialmente se envolverem alguma burocracia), então, prepare-se.' 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Parcerias - Tanto Dubois quanto o empresário Roy Webber, da empresa de design e construção de marcas The Works, com sede em Leeds, que recentemente abriu um escritório em São Paulo, concordam que a busca de parcerias é uma das receitas para o sucesso no Brasil. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'Até porque isso tende a facilitar a receptividade em relação às empresas britânicas', diz Webber. 'Ou seja, ajuda a mostrar que não estamos indo para o Brasil competir com empresas locais ou tomar empregos, mas, sim, juntar forças e oferecer nossa expertise em algumas áreas.' 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Segundo Weber, uma das maiores dificuldades das empresas britânicas que chegam ao país é entender o sistema de impostos do país. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> Bill Hanway, executivo da filial britânica da AECOM, que projetou tanto o Parque Olímpico de Londres quanto o do Rio de Janeiro concorda. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> 'Há, obviamente, algumas distinções culturais que percebemos no dia a dia, mas, no fim das contas, elas não fazem muita diferença nos negócios', afirma Hanway. 'Os maiores desafios estão mesmo relacionados a questões burocráticas, legislação e compreensão da dinâmica de competição do mercado brasileiro.' 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> No ano passado, um guia publicado pela agência oficial de turismo da Grã-Bretanha para instruir os britânicos sobre como tratar os visitantes que chegariam para a Olimpíada de Londres causou polêmica em diversos países. Para alguns, essa lista de 'dicas', que já mencionava a 'fama' dos brasileiros de chegarem tarde a compromissos e a rivalidade com os argentinos, reforçava estereótipos culturais. 0000ff;FONT-SIZE:12pt"> http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/09/120914_dicas_investimentos_ru.shtml
Leia os textos de Félix Maier acessando o blog e sites abaixo:
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Para conhecer a história do terrorismo esquerdista no Brasil, acesse:
Leia sobre o Movimento Militar de 31 de Março de 1964: O Cruzeiro - 10 de abril de 1964 - Edição extra
Leia sobre os antecedentes do Movimento de 1964 em Guerrilha comunista no Brasil e Apoio de Cuba à luta armada no Brasil: o treinamento guerrilheiro
'Times New Roman';mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA;font-style:normal">Leia Julgamentos da Contrarrevolução de 1964 - Rachel de Queiroz, Roberto Marinho, Editorial do JB e Luiz Inácio Lula da Silva
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