VERGONHOSA CAPITULAÇÃO
Ten-Cel Osmar José de Barros Ribeiro
Estamos prestes a assistir a mais uma vergonhosa capitulação frente aos interesses
ideológicos dos governante passados e atuais. No entanto, por minha conta e risco,
assinalo que a rendição do Exército Brasileiro torna ainda mais vergonhosa tal capitulação.
Como aceitar que um organismo internacional, sabidamente recheado de esquerdistas,
inquine a Justiça Militar de incompetente, de parcial? Estamos, os militares, aceitando
uma abjeta sujeição a grupos que pretendem - e estão conseguindo - levar-nos a uma
posição insustentável por nossa culpa. Infelizmente, militares de ontem e de hoje,
tudo faz crer que "... o tempo vos transformou, de jovens Cadetes em velhos abúlicos,
esquecidos dos votos de outrora...". De onde e de quem virá a reação?
(Fonte: jornal Inconfidência nº 179, pg. 22, de junho;2012)
Mortes lamentáveis
General Marco Antonio Felício da Silva
Acerca de uma semana atrás, em escrito
postado na Internet e intitulado “Mortes
Lamentáveis’, abordo o caso do Cadete
Márcio Lapoente da Silveira, lamentavelmente
falecido durante o transcorrer de instru
ção especializada, em 9 de outubro de
1990, na AMAN.
A causa de tal morte foi apontada pela
‘Comissão Interamericana de Direitos Humanos
” como devida a maus tratos e torturas,
infligidos ao citado Cadete por um dos
instrutores, sem examinar o mérito, apenas
baseada em alegações emocionais de familiares
da vítima, isto é, sem provas cabais,
apesar da Justiça Militar brasileira, após a
realização das investigações de praxe, a
ninguém incriminar.
O escrito, postado no site “averdadesufocada
’, um tanto longo, contem toda
a argumentação e documentos usados para
mostrar o absurdo imposto ao Exército, por
meio de um “Acordo de Solução Amistosa
”, estruturado na Secretaria de DH/PR,
prenhe de marxistas revanchistas.. Surpreendentemente,
tal acordo tem a assinatura
do Comandante do Exército, embora
ofensivo à Soberania Nacional, o
que é inaceitável para uma Força Armada,
constitucionalmente, responsável pela
garantia da mesma, perante à Nação, esta
última sua real detentora.
O Acordo fere a Soberania Nacional,
pois, contraria decisão da Justiça brasileira,
envolvendo suas mais altas instâncias,
aponta a Academia Militar das Agulhas
Negras, verdadeiro santuário militar, como
palco de torturas, denigre o seu corpo de
instrutores e desmoraliza a centenária Justi
ça Militar brasileira, classificando-a, claramente
por escrito, como inidônea. Para não
deixar dúvidas, quanto à subserviência
que representa tal Acordo, impõe o mesmo
a realização de cerimônia, com convidados,
na AMAN, onde deverá ficar tal
ato de subserviência, eternamente, marcado
por placa alusiva que, afrontosamente,
leva o nome da Comissão Interamericana
de Direitos Humanos.
Repito tudo isso, já colocado no escrito
anterior, para enfatizar como a partir do
famigerado governo Color e, principalmente,
por ocasião das administrações Fernando
Henrique Cardoso, do apedeuta Lula e da
atual presidente, além de não termos tido, e
não o temos, um projeto de Nação, abdicamos,
em várias ocasiões, da nossa independ
ência e soberania, subordinando o País a
interesses externos e a organismos internacionais,
segundo uma Política Externa ideol
ógica, inaceitável, que fere, fundamentalmente,
os interesses nacionais.
No caso em tela, há que se mostrar,
mais uma vez e diuturnamente, que, embora
ferindo a Soberania Nacional, há um objetivo
maior e criminoso: reforçar a desmoraliza
ção das Forças Armadas e de seus integrantes
pela apresentação da Academia
Militar como um centro de torturas e de forma
ção de torturadores, convalidando a ca-
çada revanchista, que já se faz ouvir pelos
escrachos, em tempos da cínica e hipócrita
“Comissão da Verdade”.
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MILITARES PROTESTAM CONTRA PLACA COMEMORATIVA
* Por Tânia Monteiro
Brasília - Militares da ativa e da reserva estão em nova rota de colisão com a
Secretaria de Direitos Humanos, chefiada pela ministra Maria do Rosário, que quer
instalar uma placa na Academia Militar da Agulhas Negras (Aman), a escola de
formação de oficiais do Exército, em memória de um cadete que teria sido torturado
em sessão de treinamento, em 1990.
A causa da morte, encampada pelo
Grupo Tortura Nunca Mais, foi apontada
pela Comissão Interamericana de Direitos
Humanos como resultante de maustratos
e tortura baseada em alegações - isto
é, sem provas cabais -, apesar de a Justi
ça Militar brasileira, após a realização
de Inquérito Policial Militar, não incriminar
ninguém.
Em função de um acordo, a Secretaria
de Direitos Humanos reconheceu responsabilidade
do Estado pela violação
dos direitos à vida e à segurança da pessoa.
Tal reconhecimento ocorrerá em cerim
ônia pública, na Aman, e contará com a
presença de autoridades federais e de convidados,
ainda neste semestre, como
apurou o Grupo Estado.
O general Marco Antônio Felício da
Silva, autor do documento com apoio de militares
da reserva contrários à criação da Comiss
ão da Verdade, disse que, “para não
deixar dúvidas quanto à subserviência e à
afronta que representa tal acordo, a placa
acintosamente levará o nome da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos”, o
que ele considera que “fere a soberania nacional
”. O general, que lamentou a morte do
cadete, diz ainda que o acordo “aponta a
Aman como palco de torturas e denigre o
seu corpo de instrutores”.
A Secretaria de Direitos Humanos
contesta as afirmações, diz que não prop
ôs a placa e explica que apenas intermediou
a negociação. A pasta ressalta ainda
que o acordo para a instalação da placa
foi assinado por várias autoridades, inclusive
o Comandante do Exército.
A enorme insatisfação com o acordo
levou militares da ativa e da reserva a
questionarem, internamente, a decisão
do comandante do Exército, general Enzo
Peri, de aceitar a colocação da placa. Peri
não quis comentar a decisão.
Obtido pelo Grupo Estado, um ofí-
cio do chefe de gabinete do Comandante
do Exército, de 14 de maio, informa que o
“acordo”, em seu artigo 8.º, estabelece “o
reconhecimento da responsabilidade do
Estado (em relação à morte do cadete
Lapoente) em relação à violação dos direitos
humanos”, “reconhecimento” que irritou
os militares, que lembram que “no exerc
ício da profissão militar, no seu dia a dia, o
risco de vida é constante”.
O Estado de São Paulo - 14/06/2012
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General Enzo homologa decisão de Corte de Direitos Humanos da OEA sobre morte de cadete por tortura
Por Jorge Serrão
A Academia Militar das Agulhas Negras, em Rezende (RJ), será obrigada a fazer uma cerimônia pública de colocação de uma placa para homenagear o cadete Márcio Lepoente da Silveira, falecido em 9 de outubro de 1990. A imposição é parte do Acordo de Solução Amistosa número 12.674 celebrado entre o Estado Brasileiro e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – a mesma instituição multilateral que prega a não validade da Lei de Anistia de 1979, atropelando até uma decisão sacramentada pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro.
Mais grave que tal interferência da OEA é que a ordem para o agendamento de tal evento - ferindo nossa soberania - foi dada pelo próprio Gabinete do Comandante do Exército. Para não ficar tão mal na fita, o General Enzo Martins Peri, não assina a determinação contida no ofício DIEx 104-A2.2.6/A2/Gab Cmt Ex, de 14 de maio de 2012. Quem chancela o documento, “por ordem do Comandante do Exército”, com caráter “URGENTÍSSIMO” (sic), é o Chefe de gabinete, o General de Divisão Mauro Cesar Lourena Cid. Estranho e lamentável é como o Guardião Constitucional da soberania do Brasil, o Exército, aceita ser vítima passiva de mais uma ação de guerrilha psicológica para desmoralizá-lo como instituição de defesa da Democracia – no conceito de Segurança do Direito.
O fato tem um componente gravíssimo. Ao aceitar e promover uma homenagem genérica “aos cadetes falecidos em atividades de instrução no decorrer do curso de formação de oficiais”, colocando uma placa permanente na sede da AMAN, o Exército homologa a absurda tese de que o cadete Márcio Lepoente morreu vítima de tortura – conforme denúncia de seus parentes à Comissão da OEA. Além disso, o EB abre a brecha para que a petralhada revanchista cumpra sua intenção tática de promover uma alteração radical na grade curricular dos cursos de formação militar.
No item 4 do tal acordo entre o Brasil e a OEA, que o Exército resolveu reconhecer, está claramente escrito: “O Presente Acordo de Solução Amistosa tem por finalidade estabelecer medidas para garantir a reparação dos danos sofridos pelos familiares de Márcio Lepoente da Silveira, em atenção a suas demandas, bem como prevenir eventuais novas violações, encerrando o caso 12.674 após o cumprimento integral do disposto no presente acordo”. No item 5, a tacada fatal ao EB: “O Estado, no presente caso, reconhece sua responsabilidade pela violação do direito à vida e à segurança da pessoa, em relação a Márcio Lepoente da Silveira”.
No item 15, fica clara a programada ingerência da OEA nos assuntos do Exército Brasileiro: “O Estado brasileiro se compromete a realizar estudo sobre a possibilidade de firmar convênio com o Instituto Interamericano de Direitos Humanos, cujo objetivo é assegurar, através do curso de capacitação, que a formação dos praças e oficiais das Forças Armadas Brasileiras atenda aos padrões internacionais de proteção aos direitos humanos”.
Além de engolir a Comissão da Verdade, que é mais uma jogada para atingir a imagem da instituição militar, o EB agora embarca nessa direta intervenção da Comissão de Direitos Humanos da OEA. A pergunta que precisa ser feita é: Por que será que o comandante do Exército, General Enzo Peri, aceita, passivamente, mais esta ingerência estrangeira sobre o Brasil, sendo conivente com a desmoralização da própria Força Terrestre e de sua principal escola de formação de oficiais?
Se o Comandante Enzo embarcou nessa – ou foi obrigado a embarcar por ordens superiores -, quem garante que o EB, daqui a pouco, também não tolera uma quebradinha na Lei de Anistia – atendendo ao mais antigo desejo da turma da OEA que trabalha sempre para quebrar a soberania do Brasil, conforme os ditames do globalitarismo?
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
(Alerta Total, 6 de Junho de 2012).
Obs.:
Segundo o DIEx nº 104-A2.2.6/A2/Gab Cmt Ex, de 14 de maio de 2012, a placa conterá os seguintes dizeres:
"Homenagem do Exército Brasileiro e da Academia Militar das Agulhas Negras aos cadetes falecidos em atividade de instrução no decorrer do Curso de Formação de Oficiais".
"Homenagem do Exército Brasileio e da Academia Militar das Agulhas Negras decorrente do Acordo de Solução Amistosa junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, referente ao cadete Lapoente da Silveira".
(Fonte: jornal Inconfidência nº 179, pg. 22, de junho/2012)
DIEx significa Documento Interno do Exército e substituiu 8 documentos: encaminhamento, fax, memorando, mensagem direta, ofício interno, parte, remessa e restituição. Ofício, no EB, atualmente só é feito para órgãos externos à Força.
F. Maier |