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Artigos-->Cerco aos cemitérios: Em busca das ossadas de ouro... -- 04/06/2012 - 14:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estado de Minas



1 de junho de 2012



(também publicado no Jornal Correio Braziliense)

(1ª página)




PF CERCARÁ CEMITÉRIOS CLANDESTINOS DA DITADURA

CEMITÉRIOS DA DITADURA PROTEGIDOS



Ministério da Justiça determina à Polícia Federal o isolamento de áreas

supostamente usadas para ocultação de corpos de militantes de esquerda

mortos durante a repressão



Leonardo Augusto



O Ministério da Justiça determinou o isolamento de áreas suspeitas de terem sido

usadas como cemitérios clandestinos na ditadura militar para o enterro de militantes

políticos de esquerda. O objetivo é tentar resguardar provas de assassinatos

cometidos no período por agentes da repressão. O ministério, por motivos

estratégicos, não confirmou a decisão, mas a presidente da Comissão Parlamentar

Memória, Verdade e Justiça, Luíza Erundina (PSB-SP), já dá como certo o início da

proteção às áreas. 'Se quisermos de fato chegar à verdade, é preciso ter cuidado

com todas as possíveis fontes de informação', afirmou. A deputada afirma ter feito o

pedido duas vezes ao governo. A guarda dos locais ficará sob a responsabilidade da

Polícia Federal.



Um dos cemitérios clandestinos fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No

livro Memórias de uma guerra suja, o ex-delegado do extinto Departamento de Ordem

Política e Social (DOPS), Cláudio Guerra, revela ter enterrado em uma área a 50

quilômetros da capital, em direção a Itabira, o corpo do dirigente do PCB em Minas

Gerais Nestor Vera, sequestrado por agentes da repressão em BH em 1. de abril de

1975.



Na quarta-feira, o presidente da Fórum Mineiro de Direitos Humanos, Nilmário

Miranda, assinou carta enviada ao governo federal em que pede o isolamento da área

em que Veras teria sido enterrado. Há cerca de um mês, agentes da Polícia Federal

estiveram no local guiados por Vera mas, segundo Miranda, ex-secretário nacional de

Direitos Humanos, não levaram as investigações adiante. O temor do presidente da

entidade é que a área possa ter sido violada.



O documento do fórum foi encaminhado à Secretaria Nacional dos Direitos Humanos

e ao Ministério da Justiça. As pastas, no entanto, já vinham sendo pressionadas sobre

a vigilância das áreas suspeitas de terem sido usadas para ocultação de cadáveres

durante a ditadura militar.



O ex-delegado do DOPS, que passou a frequentar uma igreja evangélica, afirma ter

participado da morte de mais militantes políticos em outros estados do país. Guerra,

depois de passar dez anos na cadeia, cumpre prisão domiciliar em Vitória por

homicídios não relacionados ao período da repressão. Na tarde de segunda e na

manhã de terça, o ex-delegado foi ouvido por procuradores de Minas Gerais, do

Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro em Vitória.



DESAPARECIMENTO



Nestor Vera, segundo relato do ex-delegado no livro, foi torturado na delegacia da

Polícia Civil na Rua Uberaba, número 175, Bairro Santo Agostinho. O último contato

do militante político com amigos ou familiares ocorreu no Centro de Belo Horizonte.

De carro, os companheiros de partido de Vera, Paulo Elisiário e Sebastião Neres,

deixaram o colega na avenida Olegário Maciel, vindos de uma reunião no Bairro

Santa Mônica, Região Norte de Belo Horizonte. O destino do dirigente seria a

rodoviária, de onde tomaria um ônibus para São Paulo. Durante anos acreditou-se

que Vera tivesse feito a viagem e desaparecido depois da chegada.





XXXXXXXXXXXXXX





JB Online



31/05 às 16h01



REFORÇO PARA A COMISSÃO DA VERDADE



Diante da falta de ligação explícita entre os membros da Comissão da Verdade com

pesquisas relacionadas à ditadura e à violação de Direitos Humanos naquele

período, a Casa Civil decidiu nomear um time de especialistas para assessorar os

titulares do colegiado.



Já foram nomeados o advogado José Roberto Antonini, a historiadora Heloísa Maria

Murgel Starling e a socióloga Nadine Monteiro Borges, todos com estudos sobre o

tema no currículo.



A avaliação do Planalto é que, sem essa ajuda, a comissão iria patinar muito até

chegar a algum lugar.





XXXXXXXXXXXXXXXX





Jornal do Commercio



EDUARDO EMPOSSA A COMISSÃO DA VERDADE



Sérgio Montenegro Filho



O governador Eduardo Campos (PSB) empossa hoje os nove integrantes da

Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara, criada para

investigar crimes de sequestro, tortura, morte e desaparecimento ocorridos em

Pernambuco durante os regimes de exceção de 1937-1945 (Estado Novo) e 1964-

1985 (Regime Militar). A solenidade está marcada para as 16h, no Salão das

Bandeiras do Palácio do Campo das Princesas. Entre os presentes - além dos

integrantes da comissão, familiares de mortos e desaparecidos políticos e detentores

de mandato - estará o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que volta pela primeira

vez à sede do governo desde que concluiu o mandato, em janeiro de 2007.



A cerimônia de posse será precedida por um almoço privado, às 13h, oferecido pelo

governador à comissão, familiares e alguns políticos, no Salão dos Banquetes do

Palácio. O prefeito do Recife, João da Costa (PT), e os três senadores

pernambucanos foram convidados, mas somente Armando Monteiro Neto (PTB) e

Humberto Costa (PT) participarão. Principal adversário político de Eduardo Campos,

Jarbas não irá ao almoço porque pela manhã sofrerá uma cirurgia odontológica. O

coordenador da Comissão Nacional da Verdade, ministro Gilson Dipp, e a deputada

federal Luiza Erundina (PSB-SP), que comanda a Subcomissão Parlamentar Especial

de Acompanhamento da Comissão da Verdade, também participarão do almoço e

da solenidade à tarde.



Escolhido para coordenar a primeira etapa dos trabalhos da comissão estadual, o

advogado e ex-deputado federal Fernando Coelho discursará na cerimônia, em nome

do grupo, que é composto por Henrique Mariano (presidente da Ordem dos

Advogados do Brasil-PE), Humberto Vieira de Melo (advogado), Roberto Franca

(procurador e um dos fundadores do Gabinete de Apoio Jurídico às Organizações

Populares-Gajop), Manoel Moraes (professor da disciplina de Direitos Humanos),

Socorro Ferraz (historiadora e professora), Nadja Brayner (professora aposentada e

ex-integrante do Comitê Brasileiro da Anistia), Pedro Eurico (ex-deputado e

advogado da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife), e

Gilberto Marques (advogado, ligado ao Gajop).



LISTA



Todos os indicados têm, de alguma maneira, envolvimento com o processo de

redemocratização do País ou ligações estreitas com o movimento pelos direitos

humanos. Seis integrantes da comissão foram indicados por Eduardo Campos com

base em uma lista de 12 nomes apresentada a ele por entidades da sociedade civil.

Outros três nomes foram indicados por livre escolha do governador, obedecendo a lei

N. 840/12, aprovada pela Assembleia Legislativa. A Comissão Estadual tem

atribuições e objetivos iguais aos da Comissão nacional da Verdade, nomeada pela

presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em maio. A intenção, segundo

adiantou Fernando Coelho, é que a comissão estadual trabalhe em parceria com o

grupo nacional, trocando informações e documentos.



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