O professor , jornalista e filósofo Olavo de Carvalho é,certamente, a meu ver ,o mais percuciente brasileiro ao analisar as causas do desastre político que se seguiu ao término do Governo Militar. Assisti, ainda na ativa ,nos idos de 1960,na gloriosa Marinha do Brasil, os primeiros passos dados pelo comunista Deputado Francisco Julião,na criação das então denominadas 'Ligas Camponesas', no interior de vários Estados do Nordeste...Já decorreram mais de 50 anos, um período muito curto na vida de uma Nação!...No entanto, estamos vivendo tempos indescritivelmente piores, do que na época da Guerrilha do Araguaia! Os derrotados de ontem , comunistas, assassinos e traidores da Pátria estão, hoje , não só dirigindo este País mas, cobrindo-se de glórias e de medalhas !... E cometendo um dos piores crimes de lesa-Pátria :tentando indispor e ridicularizar as Gloriosas Forças Armadas Brasileiras perante a Nação e, as outras Nações !!! Isto é inaceitável Parece-me um pesadêlo , do qual não consigo acordar !...Que Deus se apiade da Gloriosa Nação Brasileira !...'Ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil !'...Onde estão os nossos Chefes ?...Será que ainda existem ?Quanto ao Sr José Serra ,comunista desde estudante, asilou-se no Chile ,governado por outro comunista e acabou casando com uma das suas filhas.Dissimulado, tem verdadeiro ódio dos militares! Meu Deus, aonde iremos chegar ?
Antonio Bruno
DIREITA, VOLVER!
25/02/2012
Quando li o artigo de João Melão Neto (Uma nova direita, por que
não?), publicado na edição de ontem do jornal O Estado de São Paulo,
detestei-o de imediato. O primeiro parágrafo é uma mentira, ao dizer
que 'E os militares, no período, jamais respeitaram os direitos
humanos e as garantias individuais de ninguém'. Quem viveu aqueles
tempos sabe que a repressão militar foi dirigida unicamente contra os
revolucionários armados, que matavam inocentes e praticavam inúmeros
crimes contra a ordem pública. E apenas por curto período, suficiente
para extirpar o câncer. João Mellão cometeu uma injustiça e escreveu
uma inverdade.
Olavo de Carvalho, em artigo a ser proximamente publicado ('Porque a
direita sumiu'), comentou o texto do Mellão e nos deu uma aula de
interpretação histórica. A direita no Brasil sumiu porque os militares
entregaram a formação da juventude e os meios de comunicação aos
esquerdistas, que no espaço de uma geração acabaram por dominar o
cenário pedagógico e cultural, assumindo o monopólio da produção de
conteúdo. Foi fatal. Tivemos o esplendo da revolução gramsciana no
Brasil, cujos frutos foi a eleição de esquerda desde a abertura
política. O duelo político tem se dado entre representantes das
esquerdas, uma evidente anomalia política.
Mas Mellão colocou corretamente o pergunta e lhe deu resposta
adequada: 'Afinal, o que é a direita? Ela se divide em duas
vertentes: a conservadora e a liberal. E embora ambas pensem de forma
semelhante, não é sempre que estão de acordo. Sobre os liberais
trataremos em outro artigo. Façamos uma breve descrição do pensamento
conservador'. Nem sempre o convívio entre conservadores e liberais é
pacífico, porque estes são o ramo à direita do movimento
revolucionário. Os conservadores defendem o núcleo permanente da moral
cristã, coisa que os liberais programaticamente combatem. Há um
elemento de amoralidade no liberalismo.
Essa permanência é o ponto chave dos conservadores. Quem quiser se
informar deve ler o livro do Russel Kirk 'A Era de TS Eliot'(Editora É
Realizações, 2011, que acabei de ler), onde a tese está bem exposta e
defendida. A defesa que os conservadores fazem é de ordem moral, que
tem um núcleo permanente fundado na Tradição e nas escrituras. Como
está escrito no Evangelho de João (capítulo 15), em que a palavra
permanência é repetida onze vezes. Nesse texto magnífico é que Jesus
eleva os discípulos à condição de 'amigos' de si mesmo, isto é, do
Deus Vivo. A permanência referida é dos Mandamentos, não das fluidas
formas sociais assumidas ao longo da história.
Por conta dessa confusão entre Mandamentos e formas políticas
passageiras é que escribas mal intencionados querem fazer crer que os
conservadores são puramente reacionários em matéria política. Um
exemplo é o texto publicado no site Ad Hominem (Nova direita, nascida
velha). O autor comete o duplo equívoco de identificar direita com
conservador, esquecendo dos liberais direitistas, e de associar os
conservadores com o apego a formas sociais injustas já superados. São
inimigos do cristianismo e não perdem tempo para difamar a religião de
Cristo.
O fato é que a anomalia da inexistência de uma direita organizada
deverá ser superada brevemente. Estamos vendo na Europa e nos EUA como
a direita tem força política, capaz de se impor aos esquerdistas. O
Tea Party é um exemplo dessa força política.
Nas últimas eleições presidenciais testemunhamos o primeiro movimento
da força conservadora, que pôs o candidato José Serra no segundo
turno. Por inabilidade do candidato e dos seus marqueteiros, que não
souberam pegar a onda conservadora, José Serra perdeu. Agora em 2012
teremos o segundo round dessa luta dos conservadores para emergir no
cenário eleitoral. A cidade de São Paulo será o palco maior dessa
disputa. O voto conservador poderá dar vitória a José Serra, que agora
se declarou candidato. Espero que dessa vez saiba trabalhar o
eleitorado conservador.
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