Usina de Letras
Usina de Letras
21 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63224 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10676)
Erótico (13592)
Frases (51739)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4944)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141306)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Desafiando o Rio-Mar: Manaus-Itacoatiara -- 03/02/2012 - 11:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

_MANAUS/ITACOATIARA_

_Hiram Reis e Silva, Uricurituba, AM, 29 de janeiro de 2012._

_Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É
como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a
barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de
Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o
Senhor ordena a bênção e a vida para sempre. (Salmo 133, Bíblia
Sagrada)_
Consegui, no meu último dia de permanência em Manaus, cumprimentar
e agradecer ao meu caro amigo e ex-Cadete General José Luiz de Paiva,
Comandante do 2° Grupamento de Engenharia (2° Gpt E), que estava
envolvido nas passagens de comando dos 5°, 6° e 7° Batalhões de
Engenharia de Construção. O apoio do 2° Gpt E, nesta 4ª Fase do
Projeto Desafiando o Rio-mar, assim como na 3ª, permitiu que
levássemos a bom termo as visitas, pesquisas e entrevistas
planejadas.
Dentre tantas surpresas agradáveis, que aconteceram durante minha
permanência em Manaus, uma das mais gratas foi, sem dúvida, a de ter
sido convidado pelos irmãos (Ir:.) Raimundo e Vilela, Coronéis do
2° Gpt E, para realizar duas palestras sobre o Projeto Desafiando o
Rio-mar, uma no 2° Grupamento de Engenharia e outra na abertura dos
trabalhos da Loja Maçônica Vitória Régia filiada ao Grande Oriente
do Brasil (GOB), loja a que pertence o Coronel Flávio Teixeira,
entusiasta participante da 2ª e 3ª Fases do Projeto. Depois da
abertura, seguindo os procedimentos do "_Rito Brasileiro_", os
trabalhos foram interrompidos e fiz uma pequena apresentação do
Projeto, desde a sua concepção, planejamento, treinamento e
execução de cada uma das quatro fases. Após a sessão fomos
brindados com uma ágape nas instalações da Loja e mais tarde o
Coronel Vilela me conduziu até o Piquiatuba para iniciarmos o
deslocamento até a Comunidade de Mauari, 23 quilômetros a montante
da Foz do Madeira.

_ _

_- __PARTIDA DE MANAUS (28.01.2012)_

_ _

Partimos de Manaus por volta da uma hora da manhã, eu estava muito
cansado e a jornada que se avizinhava exigiria um esforço muito
grande, mas eu não podia perder a oportunidade de contemplar a cidade
de Manaus e a bela Ponte do Rio Negro à noite. O Piquiatuba passou
sob o monumental vão central, as luzes douradas iluminavam os cabos
de sustentação da ponte pênsil enquanto fachos coloridos
alternavam-se matizando o enorme pilar central com as cores do
arco-íris. Os dois vãos livres de 200 metros são suportados por
cabos ancorados no marque central de 172 metros de altura, a partir do
nível d’água, e vãos livres de 55 metros, no mínimo (período da
cheia), de altura para a passagem de transatlânticos ou navios de
grande porte. Meu filho, João Paulo, registrou a passagem com
inúmeras fotografias.
A ponte foi uma iniciativa do Governo Estadual, cansado de esperar
pelas promessas de verbas federais. A ponte faz parte do complexo
rodoviário que unirá Porto Velho a Manaus através da BR 319 e que
irá permitir, futuramente, depois de construída a ponte, em
Manaquiri, ou sobre outro sítio no Solimões, a ligação do Brasil
através da BR 174, até o Estado de Roraima e Venezuela. Infelizmente
a Presidenta anunciou, recentemente, que o Governo Federal não irá
construir a ponte sobre o Rio Solimões frustrando não apenas as
expectativas das populações dos Estados do Amazonas e Roraima, mas
do Brasil inteiro. Para completar o amargo pacote de decisões
federais o Todo-poderoso IBAMA não liberou a construção do chamado
trecho do meio da BR 319, que tem cerca de 400 quilômetros de
extensão, apesar de todos os requisitos ambientais terem sido
adequadamente cumpridos. As populações ao longo da BR 319 vivem
marginalizadas enfrentando uma série de dificuldades, mas o IBAMA,
alheio a tudo e a todos, está mais preocupado com cacos de cerâmica
e erros na confecção de documentos do que com os brasileiros
carentes e desassistidos.
Usei os binóculos ofertados por um grande mestre e amigo de Campinas
para admirar a cidade que se afastava lentamente deixando em nossos
corações e mentes belas lembranças de amizade e companheirismo.

_ _

_- __PARTIDA DE MAUARI (28.01.2012)_

_ _

Chegamos a Mauari por volta das seis horas da manhã. A cheia do
Amazonas tinha afogado a amiga Maria Mococa que tínhamos conhecido na
véspera de natal do ano retrasado (2010). Ano passado quando
aportamos na Foz do Igarapé Mauari avistamos formações rochosas de
ambas as margens que se debruçavam sobre as águas do Rei dos Rios e
no centro uma bela praia de areias brancas usada como balneário. Na
ponta da laje de jusante existia uma formação que lembra um rosto
feminino conhecido como Maria Mococa. As águas, hoje, estavam a mais
de quatro metros acima do nível, do dia 24 de dezembro de 2010,
submergindo todo o belo conjunto da foz do Mauari. Estacionamos alguns
metros abaixo, embarquei no caiaque e parti, célere, rumo a
Itacoatiara. Depois de remar uns doze quilômetros meu filho se juntou
a mim e remamos vigorosamente até o 18° km quando parei para lhe
mostrar a interessante ponte de ferro em arco sobre o Igarapé Nossa
Senhora das Graças. Em 2010, não corria uma única gota d’água
sob a ponte e tive de escalar o barranco para poder fotografá-la,
hoje se podia acessar o Igarapé diretamente do Rio e havia muita
água correndo sob a ponte.
A viagem transcorreu sem maiores transtornos, só avistamos os
primeiros troncos de madeira depois de ultrapassarmos a Foz do
Madeira. Estes troncos, tão temidos pelos ribeirinhos, já causaram e
continuarão causando prejuízos pessoais e materiais porque contam
com o incompreensível beneplácito das idiotizadas autoridades
ambientais. Pelo menos dois projetos que pretendiam retirar estes
perigosos obstáculos dos rios foram obstaculizados pelo IBAMA, um
deles, na Hidrelétrica de Santo Antônio foi vetado e o da HERMASA de
Itacoatiara multado por estar aproveitando estes rejeitos arbóreos em
suas caldeiras. Coisas de um Brasil cujas autoridades, coniventes,
subservientes ou a soldo de parceiros estrangeiros se submetem aos
seus interesses visando manter o seu monopólio prejudicando aqueles
que produzem e geram emprego no nosso rico e pobre país. Rico quando
se trata dos potenciais a serem explorados sejam minerais ou
agrícolas, e pobre tendo em vista que pouco a pouco o controle destes
recursos, antes administrados por empresas estatais ou privadas,
estão passando para as mãos de oligopólios internacionais gerando
enormes divisas para seus países e uns poucos "_trocados_" para
os "_brasileiros bonzinhos_". É uma nova versão do colonialismo
que conta com a participação ativa de empresários nacionais omissos
abençoados por uma política entreguista e desnacionalizadora.
Chegamos à Itacoatiara, às 11h12, depois de navegar 75 km em 5h15 a
uma média de 14,3 km/h, e depois do almoço eu e a Rosângela nos
instalamos em um pequeno hotel, próximo à praça com o intuito de
buscar repouso reparador. Apesar de termos solicitado o último
quarto, bem longe do movimentado "_Passeio Público Jornalista
Agnelo Oliveira_", conhecido como Orla Municipal, às margens do Rio
Amazonas, em busca do almejado silêncio, hóspedes mal educados
chegavam de madrugada falando alto e batendo as portas, além disso, o
hotel não disponibilizou tolhas de banho sob a alegação de que não
estavam secas. O Mestre José Holanda, com sua fidalguia peculiar,
deixou-nos seu carro a disposição e tive que reaprender a dirigir
utilizando os recursos da direção hidramática do sofisticado
veículo, confesso que é muito mais fácil nos adaptarmos ao conforto
e às coisas boas do que à carência e às dificuldades. Graças a
isso conseguimos visitar os prédios históricos da cidade e
fotografá-los.
_- __ITACOATIARA (29.01.2012)_
No domingo, Holanda nos proporcionou um belo almoço no Restaurante
Panorama, de sua sobrinha, e à tarde concedeu, no Piquiatuba, uma
entrevista, acompanhado de seu neto, contando sua origem e sua
história de vida que, oportunamente, reproduziremos.
_- LIVRO_
O livro "Desafiando o Rio-Mar - Descendo o Solimões" está
sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS - PUCRS,
na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na
Livraria Dinamic - Colégio Militar de Porto Alegre.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:

v=onepage&q&f=false" target="_blank">http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover
v=onepage&q&f=false

[1].
Solicito publicação:

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);

Vice- Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil
- RS (AHIMTB - RS);

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul
(IHTRGS);

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br [2]

E-mail: hiramrs@terra.com.br

Blog: http://www.desafiandooriomar.blogspot.com [3]
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui