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Artigos-->Campanha Nação Armada: As montanhas do Irã -- 23/01/2012 - 14:21 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Publicado no "Correio Braziliense" em 23 de janeiro de 2012



AS MONTANHAS DO IRAN



Uma coisa é levantar a poeira no deserto iraquiano com suas brigadas blindadas e de infantaria mecanizadas, ninguém segura Tio Sam e seus asseclas europeus da OTAN quando os horizontes são planos, largos e bem definidos. Essa plêiade de "soldados universais", entretanto, se o terreno muda de figura, come o pão que o diabo amassou quando tem que mostrar o seu valor nos emaranhados da selva ou nos labirintos das montanhas. Os coturnos podem molhar! Este detalhe, podem crer os leigos no assunto, já faz uma grande diferença, e como faz frio naquelas regiões inóspitas. Que se pronunciem as cadeias montanhosas que circundam a periferia do Iran e o clima que, no verão, alcança máximas de 50. e, no inverno, mínimas de 0.. No Afeganistão, as montanhas do país limitaram o "controle" das tropas da coalizão às estradas e aos centros urbanos. Quanto ao seu interior, que não é campo mas montanha, nem com elementos helitransportados se está logrando dominar o "taliban", um guerrilheiro ciclópico que sempre saiu vencedor, fossem seus inimigos os ingleses, russos e agora o bando humanitário/civilizador da todo-poderosa e maquiavélica "turma atlântica". Mas, e o Iran, como se apresentará o seu relevo face à "santa aliança vigilante de suas prerrogativas nucleares"? Não vai ser fácil! Aquele país se ergue eminentemente acidentado, com 90% do seu território situado em um planalto e mais do que a sua metade coberta por montanhas.



Alguém poderá dizer que os exércitos disciplinadores do ocidente possuem tropas especializadas em guerra de montanha: as unidades alpinas da "UE" e os montanheses da famosa 10ª Divisão de Montanha (veterana da campanha da Itália junto com a "FEB"). E daí? Todas se fazem presentes no Afeganistão e não disseram ainda ao que vieram naqueles cantões de altitudes pronunciadas. Para que se tenha uma idéia, enquanto a altitude de Bagdá não chega a 40 metros, a de Teheran varia entre 1200 e 1700 metros, a segunda com população superior ao dobro da primeira, com todas as implicações que este fator possa favorecer ou não ao estabelecimento de uma "área verde", à semelhança e com a mesma finalidade da estabelecida pelos EUA na capital iraquiana.



Resta saber o preço que, acha, pode pagar a "gang da OTAN" liderada pelos EUA para lograr o desmanche do programa nuclear iraniano. Uma intervenção no molde das perpetradas contra o Afeganistão e Iraque, em princípio, poderá causar um prejuízo desproporcional em termos de perdas de vidas humanas, isto sem falar no posicionamento contrário que podem assumir a Rússia e a China no caso da adoção desta linha de ação. Uma operação aérea, como a perpetrada contra a Líbia, também pode causar mossas irrecorríveis com aquelas potências, haja vista a posição que as mesmas tomaram quando se aventou da possibilidade de retaliar o governo da Síria com seus "bombardeios cirúrgicos", uma "lengalenga" de proteção dos direitos humanos que não assegura nada para mulheres e crianças debaixo de seus tetos.



Quanto ao Iran, o país, com população superior às somas das suas correspondentes afegã e iraquiana, com 40% desta concentrada no seu interior acidentado, tem condições plenas de submeter eventuais invasores a uma guerra de resistência de mesmo nível das perdidas pelos franceses, na Indochina e na Argélia, e pelos americanos, no sudeste asiático. Os exércitos civilizados humanitários, é de se apostar, não vão querer entrar nesta fria e, fatalmente, vão ser preteridos pela guerra aérea. Conclusão: pobre do Iran. Ou ele faz logo a experimentação de seus meios nucleares e dissuade de vez seus inimigos, como o fez a Coréia do Norte, ou fica apostando no veto dos "bandidos orientais" aos devaneios belicistas da "gang de Tio Sam".



Alguma rebarba desta situação para o Brasil? Seria de se enfatizar apenas aquele ditado repetitivo dos romanos, mas que não sai de moda, uma verdade pétrea da qual não se pode fugir: -" si vis pacem para bellum". Que não se duvide, uma 6ª potência econômica mundial não se garante apenas com a diplomacia ou apostando nos vetos, nem da "gang de Tio Sam" nem dos "bandidos do oriente". Atenção! As amazônias verde e azul estão nos planos de igual modo, sem nenhuma diferença, destas duas quadrilhas de potências militares.



Paulo Ricardo da Rocha Paiva



Coronel de Infantaria e Estado-Maior





Obs.: O Cel Rocha Paiva está coberto de razão: ontem foi a Líbia, amanhã será o Irã e depois de amanhã, o Brasil. Nosso País precisa urgentemente se armar para valer, para dissuadir futura invasão, com a desculpa dos 'civilizados do Norte' de preservar a Amazônia e os índios que lá habitam. O projeto do Veículo Lançador de Satélites (VLS) deveria ser imediatamente retomado. Além de termos autonomia espacial, em termos de comunicações, vigilância e climatologia, o VLS poderia ser adaptado para um míssil de longo alcance. Por que os americanos ainda não atacaram a Coreia do Norte? 'É a bomba atômica, estúpido!' - diria Bill Clinton, que venceu as eleições precidenciais em cima de um bordão semelhante: 'É a economia, estúpido!' Abra-se novamente o buraco da Serra do Cachimbo e enterre-se ao lado Fernando Collor de Mello, traidor da Pátria (F. Maier).

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