Para falar desse casal polêmico, vamos convidar um político e um líder sindical.
Portanto, atenção!
O político deita falácias de toda ordem e, sempre, em consonância com o interesse daquele que lhe vai outorgar representatividade parlamentar. Por esse interesse, geralmente escuso, é que o representado se deixa conduzir, nas lábias desses ladinos, tornando-se cego e incapaz de enxergar a realidade do país em que vive, e daqueles que o governam.
Garantido pela outorga, o espertalhão vira as costas ao interesseiro e se arroga, no maior caradurismo, defensor da fidelidade partidária.
Fiel a seus interesses, ele permite que a contribuição, que deveria beneficiar a saúde, jamais chegue ao destino, pois vai, tocada por ventos estranhos, à deriva dos rumos morais.
O sindicalista, ferrenho defensor de seu grupo, digno de confiança; sua última esperança, luta pelo respeito, ao direito trabalhista. Com carisma, depois de atravessar a precária ponte entre os dois mundos, ele galga os degraus que o conduzem ao cume, aonde vai, em defesa dos interesses daqueles que o esperam, confiantes, ao rés do chão.
Do alto do minarete, com o campo de visão ampliado, ele vislumbra a estrada por onde vagueia o político e, fraqueja.
Insinuante, a infidelidade se aproxima, suavemente e sopra em seus ouvidos: Vem!
É aí, que o líder "de grupo” se curva, despreocupadamente, em busca do sabonete.