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Artigos-->Esmola de Lázaro -- 28/12/2011 - 16:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Esmola de Lázaro!



José Geraldo Pimentel - Cap Ref EB



Tenho observado que não é por falta de verba que as Forças Armadas estão se queixando. Acredito que o tipo e destinação dessas verbas é que incomodam aos militares. Um exemplo é visitar-se as instalações do Hospital Central do Exército e a



fortaleza de São João da Barra do Rio de Janeiro. Obras são vistas, não sei se no volume adequado, mas causando boa impressão aos visitantes. No restante do país não deve ser diferente. Têm-se notícias da aquisição de fragatas para policiar os rios da Amazônia, alguns helicópteros, carros blindados, recuperados, mas rodando. Esse ‘reaparelhamento’ não é o sonhado e prometido pelos governos. Com a incapacitação da maioria dos equipamentos militares, as FFAA estão niveladas a instituições militares de países subdesenvolvidos, sem condições efetivas de guarnecer uma extensa área territorial de 8.514.876,599 km2 e um litoral que cobre uma faixa de 7.408 km. A tropa vive um de seus piores momentos em termos de motivação.



Um amigo que serve no Comando Militar do Leste contou o desânimo que vem abatendo os colegas, sobrevivendo com baixos salários, o menor da carreira de Estado.



Este quadro de deterioração das FFAA parece que não incomoda tanto às autoridades militares. Viu-se nesta segunda-feira, dia 19 de dezembro, no Clube da Aeronáutica, em Brasília, a festa de confraternização de final de ano entre a presidente da república, Dilma Rousseff e os oficiais de quatro estrelas das três Forças. Um ambiente alegre, com falas que se reportavam ao reaparelhamento das FFAA e atenção com o bem estar da família militar (soldos); mas palavras que se ouvem, pelo menos neste governo, a cerca de nove anos. Promessas que não saem do papel! O governo finge que não engana os militares, e estes fingem que não são enganados. Resultado: Trocam apertos de mãos, brindam com taças de champanha; sorriem; e, para surpresa geral, nesta reunião não se tocou em revanchismo.



Dois únicos ministros marcaram presenças no evento, o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o do Gabinete de Segurança Institucional,



General-de-Exército José Elito Carvalho Siqueira. O todo poderoso assessor especial, representante das FFAA junto ao Congresso Nacional, José Genoino, não foi enfocado pelas câmaras de TV, ou, simplesmente, não esteve presente. Não se viram os presidentes da Câmara Federal e do Senado Federal, e, menos, ainda, membros do Supremo Tribunal Federal. Um evento estritamente militar. A presidente da república não faltou porque é a Comandante-em-chefe das Forças Armadas.



Observou-se no evento um clima de cordialidade, com um certo orgulho no olhar da presidente Dilma Rousseff, e alguns afagos trocados entre uns poucos oficiais do Exército e da Aeronáutica com a primeira mandatária do país. Para minha surpresa vi que o comandante da Aeronáutica,



Tenente-Brigadeiro-do-Ar, Juniti Saito, apesar de seus olhos puxados, e sua origem oriental, fala bem o português. Foi claro e objetivo no seu discurso. Gostei!



Esta condição sub humana a que se vêem relegados os militares, vai terminar criando um comodismo que tende a provocar um relaxamento no trato com a segurança do país. Não demora e o fenômeno dos dependentes da Bolsa Família vai se refletir nas FFAA. O elemento se acomoda e fica pitando um cigarro feito de palha de milho, acocorado pelos cantos, à espera que chegue o final do mês, para ir a um banco e retirar as migalhas. Essa submissão provoca o que se costuma chamar de condição de votante de cabresto. Os miseráveis dependentes da Bolsa Família desprezam qualquer idéia de arranjar um emprego, preferindo garantir o certo, a se arriscar a assinar uma Carteira de Trabalho. Ganha-se pouco, mas não falta o feijão, a farinha de mandioca e o jabá. O restante é complemento que não é contemplado com o brinde cala-boca. Mas o voto é garantido nos nomes dos comuno-petistas. Têm militares que já se adaptaram à miséria em que vivem, e declaram-se fervorosos defensores do governo.



Os oficiais colocados em postos de comando não têm porque se preocupar com salários reduzidos. Ganham pró-labore de função, moradia, carro com motorista, e outras regalias que um pobre mortal de um outro militar, nem sonha. E ainda são agraciados ao passarem para a reserva, pois são premiados com cargos em autarquias e funções no exterior. Para que se preocupar com a situação de miséria dos comandados! As benesses auferidas no futuro dependem da subserviência a que se submeterem no presente! O silêncio obsequioso é a alma do negócio. Faz sentido!



José Geraldo Pimentel



Cap Ref EB



Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2011.



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