E a verdade nos tornará livres
(*) Osmar José de Barros Ribeiro, em 28 Out 2011
Afinal, após longos anos de uma campanha insidiosa, eis que se concretiza, ainda que parcialmente (falta a anulação da Lei da Anistia), o sonho da esquerda: foi aprovada, no Senado Federal, a chamada Comissão da Verdade.
Mas que verdade? A verdade dos terroristas, dos assassinos, dos ladrões, dos desertores, dos sequestradores, daqueles que, ainda hoje, sonham em implantar o comunismo não só no Brasil, mas em toda a América do Sul, conforme a orientação do Foro de São Paulo. Como, com que autoridade moral, falam em verdade os que mentiram, os que traíram e, hoje no poder, ocultam ao povo a intenção de implantar entre nós a ditadura do proletariado?
Como conseguem falar em verdade aqueles que fingem ignorar que ela está nos arquivos dos tribunais, nos livros escritos pelos democratas que os combateram, nos depoimentos aos meios de comunicação prestados por antigos comparsas, orgulhosos todos, ainda hoje, dos crimes cometidos no passado?
Com raras exceções, nenhum deles admitiu o seu real propósito, qual seja o de matar a democracia e substituí-la pelo regime comunista. Os poucos que o fizeram, não tiveram suas palavras aceitas com um mínimo de honestidade intelectual. Mereceram, isto sim, o pesado manto do esquecimento, quando não do descrédito, sobre si e sobre as obras que produziram.
A verdade, convenientemente escondida pelos interessados, é que essa abantesma chamada de Comunismo Internacional, é uma hidra possuidora de várias cabeças, todas empenhadas em difundir suas idéias e orientações maléficas. Entre nós, o centro está em Cuba. É ali, junto à dinastia criada por Fidel Castro, que os últimos e os atuais governantes buscam inspiração, ordens e prestam contas de seus atos.
A existência desse centro de controle externo fica patente pelas ações em curso, com total semelhança, tanto na Argentina, quanto no Uruguai e no Chile. Nesses países, tal qual entre nós, muito além da busca da verdade está, por demais evidente, o puro e simples propósito de vingança.
Essa a "democracia" que entendem e buscam com afinco. A "democracia" do partido único, aquela em que, à exceção dos dirigentes partidários, todos lutam pela sobrevivência. Aquela em que os fins, por mais torpes que sejam, justificam os meios para atingi-los. E o exemplo mais recente, o temos entre nós: o ex-ministro dos Esportes desviando, com a cara mais limpa do mundo, o suado dinheiro dos brasileiros para os cofres do Partido Comunista do Brasil.
Hoje, o que vemos? A mentira, a falsidade, a corrupção que envolve e desmoraliza os Poderes da República. Onde a isenção dos juízes? Onde a probidade de ponderável parcela dos deputados e senadores? Onde a correção no trato do dinheiro público por parte de muitos ocupantes de cargos do Executivo?
Este não é o Brasil sonhado pelos brasileiros! Atualmente, o que temos é um País onde bandidos são transformados em heróis e a mentira ganha foros de verdade inconteste, graças à cornucópia de dinheiro despejada sobre grande parte dos meios de comunicação.
Há que conhecer a verdade! A verdade dos que não enriqueceram no poder, a verdade dos que proporcionaram aos brasileiros, em tempos que já vão longe, paz, ordem, segurança e desenvolvimento. Temos de buscá-la bem longe dos discursos governamentais, das manifestações histéricas dos comunistas ou das loas ao regime cantadas por gente cujo deus é o dinheiro,
Somente após tal procura, parafraseando o profeta bíblico, conheceremos a verdade e a verdade nos tornará livres.
(*) Osmar JB Ribeiro é tenente-coronel reformado do Exército Brasileiro