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Artigos-->Eleições no Peru - deverá vencer aliado de Chávez -- 06/06/2011 - 11:43 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Primeiros resultados apontam vitória de Humala nas eleições no Peru



Estadão - Mon, 06 Jun 2011 07:33:48 -0300



Com quase 80% da apuração concluída, nacionalista mantinha uma vantagem de cerca de 20 mil votos sobre Keiko Fujimori; candidato esquerdista venceria também de acordo com pesquisas de boca de urna e projeções feitas com base em contagem rápida

Fernando Gabeira - O Estado de S.Paulo

ENVIADO ESPECIAL A LIMA



O nacionalista Ollanta Humala derrotou ontem a conservadora Keiko Fujimori e é o novo presidente do Peru, de acordo com os primeiros resultados divulgados ontem pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe, na sigla em espanhol). Humala também venceu segundo pesquisas de boca de urna e de acordo com quatro projeções feitas a partir de uma contagem rápida dos votos.

Segundo o Onpe, com 78% dos votos apurados, Humala teve 50,1% contra 49,9% de Keiko - cerca de 20 mil votos. Em caso de vitória, o nacionalista aproximaria o Peru do bloco esquerdista sul-americano, que vai da posição moderada do Brasil à área bolivariana da Venezuela.

As pesquisas e projeções apontam uma vitória de Humala por cerca de 2 a 4 pontos porcentuais a frente de Keiko. Cerca de 20 milhões de peruanos estavam aptos a votar e escolher o sucessor do presidente Alan García, em mais de 100 mil locais de votação - o comparecimento total, no entanto, não foi divulgado pelas autoridades eleitorais do país.

A votação foi tranquila e sem violência, exceto por um incidente na região de Cuzco, onde um grupo de narcoterroristas assassinou cinco soldados do Exército peruano.

Segundo o instituto Ipsos, Humala obteve 52,6% dos votos, contra 47,4% de Keiko, o que dá uma margem de 5,2 pontos porcentuais para o esquerdista. A pesquisa CPI mostrou Humala com 52,5% dos votos, contra 47,5% de Keiko, uma vantagem de 5 pontos, enquanto o instituto Datum registrou 52,7% para Humala e 47,3% para Keiko, uma diferença de 5,4 pontos porcentuais - o resultado da boca de urna é semelhante ao do segundo turno de 2006, quando García derrotou Humala.

Após a divulgação das pesquisas, houve muita comemoração no hotel Los Delfinos, em Lima, onde está o comando da campanha de Humala. Os partidários do nacionalista apenas aguardavam os resultados oficiais para comemorar na Praça Dois de Maio, na capital peruana.

Keiko disse que reconheceria a derrota após uma manifestação oficial do órgão eleitoral do país. No entanto, o ex-ministro da Economia Pedro Pablo Kuczynski, que fez campanha para Keiko, admitiu que o resultado "era significativo" e pediu a Humala que indicasse rapidamente as novas autoridades econômicas para evitar uma crise no país.

O Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa comemorou, em Madri, o que ele classificou como "a derrota do fascismo e a grande vitória da democracia no Peru". "Nós nos livramos de uma ditadura que foi corrupta e sangrenta e queria voltar ao poder. Os peruanos agiram com grande responsabilidade. Precisamos celebrar", disse.

Humala, um militar reformado de 48 anos, é criticado por sua ligação com o presidente venezuelano Hugo Chávez e temido pelos mercados por causa dos boatos de que, caso eleito, mude o modelo econômico e adote a cartilha bolivariana.

Chávez apoiou Humala nas eleições de 2006, o que teria sido um decisivo em sua derrota para Alan García. Por causa disso, desta vez, ele se reapresentou como moderado, se distanciou do bolivarianismo e se disse mais próximo do modelo brasileiro. Humala chegou a afirmar que muitas das medidas aplicadas na Venezuela, como a intervenções no câmbio ou no Banco Central, não são aplicáveis no Peru.





***



Esquerdista diz querer reforçar elo com Brasil



Folha de S. Paulo - Mon, 06 Jun 2011 07:35:37 -0300



DA ENVIADA A LIMA



Um eventual governo Ollanta Humala deve aprofundar o relacionamento do Peru com o Brasil. "O Brasil pode ser o primeiro país que eu irei visitar, se for eleito", disse o candidato em entrevista à Folha na sexta-feira.

Humala afirmou que deseja transformar o Peru em "sócio estratégico" do Brasil e cogita a entrada do país no Mercosul. Mesmo assim, os investimentos brasileiros no Peru, que ultrapassam os US$ 20 bilhões, podem enfrentar dificuldades.

Líderes de Puno (sul) anunciaram que vão decretar uma greve geral nesta quarta-feira contra a construção da hidroelétrica de Inambari, um projeto da Eletrobras, Furnas e da empreiteira OAS.

As comunidades locais se opõem ao danos ambientais que o projeto poderia causar à região.

Inambari é parte de um projeto da Eletrobrás para construir cinco hidroelétricas no Peru ao custo de US$ 16 bilhões.

Humala afirmou que vê com bons olhos os projetos brasileiros, mas admite que os conflitos sociais podem prejudicá-los.

Ele também afirmou à Folha que o gás produzido no Peru será vendido prioritariamente no mercado interno e que ele pode restringir exportações. A Petrobras é uma das empresas que explora gás no país.

Cresce no Peru uma resistência ao suposto imperialismo brasileiro no país. A atuação do Brasil na busca de recursos naturais em países da região é comparada ao novo colonialismo chinês.

Tanto Humala quanto sua rival Keiko Fujimori declararam que irão rever licenças ambientais e exigir consultas aos indígenas para prosseguir com as obras de hidrelétricas tocadas por empresas brasileiras.

"Se as comunidades não estão de acordo com projetos que podem afetar o ambiente e o desenvolvimento das populações, como o projeto da hidrelétrica de Inambari, essas obras não serão realizadas", disse Humala.

"Há uma sensação de que empresas brasileiras, como a Odebrecht, estão cada vez mais presentes no Peru, e isso gera resistência", diz Patrício Navia, professor da Universidade de Nova York. "Mas, por enquanto, essa expansão brasileira ainda é vista com bons olhos."

Humala afirmou que pretende mudar a Constituição peruana para que o Estado possa ter um papel mais ativo na economia.

Um de seus modelos é o BNDES e o papel que o banco desempenha no Brasil, ele afirmou. "Precisa aumentar o papel do Estado, para que possa ser sócio de empresas estrangeiras", disse.





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