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Artigos-->Código Florestal: Por que o governo perdeu na Câmara? -- 26/05/2011 - 09:39 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ex-Blog do Cesar Maia



26 de maio de 2011



POR QUE O GOVERNO PERDEU A VOTAÇÃO NA CÂMARA DE DEPUTADOS?



1. Na votação da emenda 164 ao Código Florestal, o governo Dilma perdeu por diferença substantiva. No dia seguinte, a imprensa apontava uma vitória do PMDB e dos Ruralistas. O noticiário dos últimos 15 dias, focalizando o texto de forma -digamos- técnica, precipitou esta dedução. Mas não foi isso, ou melhor, não foi só isso. Façamos as contas.



2. 455 deputados presentes. 273, ou 60%, votaram contra o governo Dilma. 182 votaram a favor, ou 40%. A bancada do PMDB é composta de 79 deputados. Se todos tivessem comparecido e votado contra o governo, seriam 79. Restariam 273 menos 79, ou 194. A bancada ruralista é estimada em 120 deputados. 40% dela -pelo menos- estão no PMDB. Portanto 48 já foram contados no PMDB e restam 72 deputados. Com isso, dos 194 citados sem o PMDB, e reduzindo esses 72, teríamos 122 deputados. Os partidos de oposição (DEM-PSDB-PPS) têm, hoje, 93 deputados. Pelo menos 40% deles pertencem a bancada ruralista ou 37 deputados. Dessa forma, dos 122 deputados, retirando os ruralistas da oposição, teríamos 122 - 37, ou 85.



3. Ou seja: 85 deputados que nem são do PMDB nem dos partidos com base ruralista, nem são da oposição, votaram contra o governo. É uma "bancada" semelhante a do PT, que tem 88 deputados e maior do que os 79 do PMDB. Se os analistas políticos não entenderem isso, não terão entendido nada.



4. Este Ex-Blog, dias atrás, analisou o que chamam de base aliada e lembrou que o PT, pós-mensalão 2005, caminhou ao centro e ampliou heterogeneamente a sua base aliada. E na eleição de 2010 mais ainda. Com isso, a base aliada do governo Dilma só serve para rolar a rotina, aprovar leis sistêmicas, aumentar subsídios e despesas, ocupação de espaços... Mas qualquer assunto fora dessa rotina funcional, a base aliada de fato, para votar mudanças e sair da rotina, se transforma em 35%. Nessa votação chegou a 40%, porque o tema atraiu um segmento da oposição, ausente ou presente, ou uns 20 deputados. O tamanho do governo para mexer na rotina é este: 35% a 40% da Câmara de Deputados.



5. A Oposição é maior do que alguns supunham, mas não aqueles que olham as correntes abaixo da linha do mar, como este Ex-Blog dizia. Agora haverá uma calmaria, para não assustar. E a oposição de 60% voltará em assuntos polêmicos no segundo semestre. Claro, se o governo Dilma quiser correr esse risco. O Código Florestal só ajudou a dar visibilidade a isso, e a ajudar aqueles que têm olhos de ver, e ouvidos de ouvir.



* * *



VACAREZZA, LÍDER DO GOVERNO: UM DESASTRE! "HEIL"!!!!



1. Quem acompanhou com atenção as intervenções do deputado Vacarezza, líder do governo na Câmara de Deputados durante a votação do Código Floresta, viu que o governo está muito mal servido e a democracia mais mal servida ainda. Foi Vacarezza que propôs as regras da votação da emenda 164 ao Código Florestal. Depois de o relator propor uma votação aberta, Vacarezza foi à tribuna fechar a questão e dizer que o que estava se votando ali era "Governo Dilma x Oposição". O líder do PT acompanhou. E ameaçou dizendo que quem votasse com a emenda estaria votando contra o governo Dilma, insinuando as consequências. Portanto, a questão fechada e a equação do líder do governo deixaram claras as regras do jogo. A votação era Governo x Oposição.



2. E não ficou nisso. Mostrando um completo desconhecimento das instituições democráticas e do funcionamento do parlamento nos países democráticos, disse e repetiu a seguinte barbaridade: "No legislativo num regime presidencialista, e também no parlamentarismo, quem vota com o governo, vota a favor do legislativo. Quem vota contra o governo vota contra o legislativo".



3. Foi quase a repetição do discurso de Hitler, no parlamento alemão, em março de 1933, dois meses depois de guindado a primeiro-ministro quando, dizendo isso, pediu que governasse por leis delegadas sem o parlamento intervir. E assim foi.



4. O que disse o líder do governo Dilma, deputado Vacarezza, foi exatamente isso: o governo Dilma quer governar com leis delegadas ou -o que dá no mesmo- as leis encaminhadas ou em tramitação devem ser pastorilmente aprovadas, sem contestação nem debate.



5. Só há um caminho depois dessa apoteose de autoritarismo e despreparo político: a substituição pela presidente Dilma do líder do governo ou a entrega espontânea do cargo.



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