A esquerda virulenta, por motivos diversos, alguns sobejamenteconhecidos, escalou seus inimigos públicos. O número 1 são as ForçasArmadas. É cansativo e enfadonho enumerar os por quês.
O Bolsonaro, não se sabe o lugar que ocupa no índex, mas deveestar entre os dez mais. Por quais motivos? Inúmeros.
Tanto as Forças Armadas, como o Bolsonaro fazem a alegria da alamais radical do furioso petismo. São alvos fixos e enormes. Em geral,dependem apenas de si para espernear. O Bolsonaro, pelo menos, esperneia.
O Deputado Jair Bolsonaro é nosso velho conhecido. Num parque dediversões, ele seria, na tendinha do tiro de espingarda, o alvo fixoonde qualquer petista paga um real e manda bala. A cena se repete, há anos. O deputado sai chamuscado, lanhado,porém, resiste. Muitos não gostam do Bolsonaro, até o odeiam; muitosvotam nele, o suficiente para mantê-lo no Congresso. Por isso, édifícil dirigirmos qualquer conselho para o massacrado Parlamentar. Derepente, ele tem a convicção, e as reeleições o comprovam, de que oseu caminho e a sua postura estão certos. Quem sabe.
Infelizmente, o Parlamentar caiu na esquerda da mídia ou de parteda mídia e, mesmo quando está coberto de razões, a galera delira com aoportunidade de espinafrá-lo, pois é fácil distorcer palavras, mancharuma imagem e desmoralizar até um santo ( ou vice-versa, jura oPalocci).
Porém, mesmo acuado e solitário, valendo- se de sua coragem paradefender-se de difamações e acusações infundadas ou superdimensionadas, ele tem a coragem ou o desplante de digladiar-se contrauma turba sedenta do seu sangue. Falta-lhe, apesar da vasta experiência congressual, a fineza queemoldura um bando de corruptos que entopem a casa, carece dacapacidade de falar pelas entrelinhas, de insinuar, de fingir que nãosabe, de plantar boatos, de não emitir opiniões na presença de outrem,de negar mesmo quando pego com a mão na boca da botija, por tudo,destemperado ou ingênuo, tem contrariado princípios básicos dapolítica nacional, atraindo a ira da esquerda e da maior parte dosseus pares.
Assim, vez por outra, lá está o Bolsonaro como a bola da vez,atraindo a ira sagrada pelas mais violentas e virulentas acusações,por homofobia, por aversão aos gays (viados para a velha guarda), porracismo, por preconceito, e o pior, opinar sobre a conduta daspessoas.
Acusar alguém, festejada artista, branca, preta, amarela ou cinzade promíscua foi uma temeridade.
Circulam vídeos que mostram que a estrela é diferente, que estáacima de mesquinharias, que é uma fora de série, que falar e agir comcerto destempero é sinal da sua magnitude. Se fosse uma desconhecida,sim, seria uma demonstração explícita de falta de vergonha, de faltade pudor, um atentado ambulante aos bons costumes, mas para a diva dospalcos, é o seu savoir vivre saindo pelo ladrão, pois o seu talento éaquele, proibi-la de ser assim, é sufocar a arte na sua maisretumbante explosão.
Postar-se contra o chamado kit gay, outra temeridade, o pacoteelucidativo, assim como o livro que orienta e justifica o emprego dopalavreado errado (de rua) estão sacramentados pelo MEC, com o avalveemente do Ministro da Educação.
Infelizmente, o Deputado Bolsonaro carece de visão de futuro,pois o atual desgoverno tem um projeto ideológico de médio alcance,destinado a, inicialmente, desorientar, para depois, apontar para amassa popular imbecilizada, o verdadeiro caminho. O da subordinaçãoboçal e soberana, mas em troca, nada nos faltará.
Por vezes, surgem uns destrambelhados, como o Bolsonaro, queousam denunciar; mas de acordo com Gramsci, aos poucos, como ninguémreage, a impressão geral é de que tudo está certo, e se o povo achaque está, é por que tá. É, o deputado, mais uma vez, é a bola da vez. E o incrível, é queV.Exa está certo, mas o que fazer?