Um novo livro aponta ligação entre o presidente da Venezuela e as Farc
O lançamento de um livro na semana passada, por um centro de estudos de Londres, fez reemergir o tema das ligações do governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Os documentos das Farc: Venezuela, Equador e os arquivos secretos de Raúl Reyes afirmam que o governo Chávez teria pedido à guerrilha para assassinar opositores, prometido US$ 300 milhões ao grupo e dado guarida para membros da organização treinar seguidores do presidente. As informações foram extraídas de computadores de Raúl Reyes, o número dois das Farc, morto em 2008 no Equador. Chávez repetiu velhos argumentos e disse que os arquivos são falsos. A divulgação dos papéis acontece num momento em que Colômbia e Venezuela têm dado sinais de reaproximação. Para Marc Chernick, do centro de estudos latino-americanos da Universidade Georgetown, os documentos terão um “efeito mínimo” sobre a diplomacia dos dois países. “Nenhum dos lados quer ver a deterioração das relações depois de ter gastado muito esforço e tempo para normalizá-las”, diz.