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Artigos-->Cuba em transição política? Será? -- 18/04/2011 - 10:20 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos














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Cuba estuda limitar mandatos políticos



Sun, 17 Apr 2011 07:43:19 -0300





Em congresso do PC, Raúl Castro propõe restringir a dois períodos de cinco anos a permanência em 'cargos fundamentais'

Ditador aponta falta de dirigentes jovens no regime cubano e afirma que a renovação deve incluir o próprio posto

FLÁVIA MARREIRO

ENVIADA ESPECIAL A HAVANA (CUBA)



O ditador cubano, Raúl Castro, propôs limitar a dois mandatos de cinco anos o desempenho em 'cargos políticos e estatais fundamentais', parte da estratégia de 'rejuvenescimento' dos quadros do Partido Comunista.

Raúl, 79, que recebeu o poder em 2008 após 49 anos de comando de seu irmão Fidel, 84, não se excluiu da proposição. Para o mais novo dos irmãos Castro, à diferença das primeiras décadas do regime, agora se pode prescindir da reeleição indefinida.

'Concluímos que é recomendável limitar [os mandatos] a um máximo de dois períodos consecutivos de cinco anos', declarou Raúl na abertura do 6. Congresso do Partido Comunista, a única legenda permitida da ilha.

Ladeado por dirigentes grisalhos, a maioria veterana da guerrilha que venceu a ditadura de Fulgencio Batista em 1959, o ditador afirmou que a falta de dirigentes jovens é um dos desafios à sobrevivência do socialismo.

Disse ainda que a renovação deve começar já -mas 'sem precipitações'- e que ela não excluiria seu próprio cargo e o de primeiro-secretário do PC, ocupado até 2006 por Fidel. Novo primeiro-secretário será eleito no congresso em Havana, que acaba depois de amanhã.



REFORMAS

Em mais de duas horas de discurso, Raúl, orador muito menos loquaz que o irmão, deu surpreendente ênfase política ao encontro que deveria se concentrar na discussão de reformas econômicas e sociais da ilha em crise.

O ditador afirmou que a filiação ao partido não deve ser uma condição para ocupar cargos públicos e criticou os que resistem às reformas.

O regime, segundo ele, não aplicará 'terapias de choque', mas decidiu acabar, nos próximos cinco anos, com a simbólica caderneta de racionamento, a cota básica de alimentos hispersubsidiados fornecida pelo governo desde os anos 60.

Anunciou para breve novas regras para vendas de imóveis e carros -setores virtualmente congelados.

O conclave do PC começou ontem apoiado no simbolismo dos 50 anos da fracassada invasão da baía dos Porcos por exilados apoiados pelos EUA. A batalha de 1961 ainda divide e comove os cubanos da ilha e os do outro lado do estreito da Flórida.















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Transição deve piorar condições dos cubanos, ao menos no início



Sun, 17 Apr 2011 07:43:35 -0300





ANÁLISE

ÉRICA FRAGA

DE SÃO PAULO



Em Cuba, espera-se uma transição de um modelo econômico centralizado para outro de economia mista em que o Estado ainda está no comando, mas o setor privado ganha maior relevância.

Investidores de fora tendem a se interessar pela combinação de vastos recursos naturais e mão de obra educada que o país oferece.

Desde o colapso do socialismo, Cuba não é uma ilha apenas em termos geográficos. Ao rejeitar o caminho de transição trilhado por outros países do bloco soviético, tornou-se uma espécie de bastião do antigo regime.

Por um bom período, os resultados econômicos do país -mesmo com o bloqueio dos EUA e o repentino corte da ajuda da ex-União Soviética- surpreenderam.

Passados os anos iniciais de forte contração da economia no início da década de 90, o país passou por um período de recuperação.

Entre 1995 e 2008, a economia cresceu a uma taxa média anual de 5,3%, bem acima dos cerca de 3% registrados pela América Latina.

Investimentos em poucos setores, como turismo, mineração e serviços médicos, algumas alianças com empresas estrangeiras e parcerias comerciais com a Venezuela de Hugo Chávez explicam esse desempenho. A demanda asiática por commodities também contribuiu.

Mas o crescimento do período não foi suficiente para elevar o nível de vida da população ao patamar da década de 80. E, nos últimos anos, ficou claro que o ritmo de expansão perdia fôlego. Em 2010, Cuba cresceu cerca de 2%, um terço dos 6% de expansão da América Latina.

O regime centralizador castrista gerou distorções que se tornaram insustentáveis. O setor público inchou em demasia. O anúncio, feito no ano passado, da intenção de eliminar mais de 1 milhão de empregos no médio prazo comprova isso.

O plano de Castro para realocar esse enorme contingente de futuros desempregados e atrair quem opera no mercado negro para a formalidade deverá ser detalhado durante o congresso.

Espera-se uma abertura gradual e controlada. Mas o ajuste inicial tende a ser custoso. O necessário desmantelamento de inúmeros controles de preços e subsídios deve, por exemplo, elevar o custo de vida.

O governo, de certa forma, tem reconhecido isso. O 'igualitarismo' deu lugar a 'igualdade de oportunidades' no discurso oficial.




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