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Artigos-->Curió, herói da Guerrilha do Araguaia, é preso no DF -- 01/04/2011 - 11:52 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Globo - 31/03/2011



Curió, um dos chefes da repressão à Guerrilha do Araguaia, é preso no DF



Major tinha armas sem o registro de porte; polícia apreendeu documentos



Tatiana Farah



SÃO PAULO. O oficial de reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, um dos chefes da repressão à Guerrilha do Araguaia, foi preso anteontem em sua casa em Brasília durante uma operação de busca e apreensão a documentos da ditadura. Os agentes federais buscavam documentos que pudessem ajudar na localização de corpos das vítimas da guerrilha. Segundo a Superintendência da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal, o major Curió guardava em casa armas sem o devido registro de porte, o que resultou na prisão.



A PF não informou quantas armas e quais os modelos do armamento encontrado sem registro. Depois de prestar depoimento à Justiça Federal e aos policiais federais, Curió foi levado para o Batalhão de Polícia do Exército, uma vez que é militar, onde está preso.



Os agentes federais e o procurador da República Paulo Roberto Galvão foram até a casa de Curió para tentar resgatar documentos do período da ditadura (1964-1985), em especial de sua atuação durante a Guerrilha do Araguaia, nos anos 70. Nos últimos anos, Curió afirmou em entrevistas que possuía farto material com detalhes das mortes dos guerrilheiros. Em sua casa, foram apreendidos papéis, um computador e as armas. O Ministério Público Federal (MPF) vai submeter o computador a análise em busca de documentos que possam estar digitalizados. Entre os papéis encontrados pelo MPF, estão páginas de documentos antigos com o selo "confidencial". No entanto, a instituição não confirmou se o material pode ajudar na localização dos corpos dos guerrilheiros enterrados no Araguaia (TO).



A busca por documentos é uma resposta a uma ação movida na 1ª Vara Federal por 22 familiares de 25 vítimas da repressão à Guerrilha do Araguaia. Os familiares querem saber o destino dado a esses guerrilheiros, localizar os corpos e realizar seus funerais. Curió foi o principal nome dos militares na repressão à guerrilha movida pelo PCdoB e por camponeses da região do Araguaia. O governo federal já fez buscas em Tocantins, orientadas pelo Exército. Na região, impera a lei do silêncio entre pessoas que viveram o período e o MPF no Pará registra diversas denúncias de supostas ameaças de Curió para que as testemunhas não apontem os locais ondem possam estar essas ossadas.



- Era o que precisava ser feito desde a sentença da Justiça Federal, em 2007: essa busca aos documentos. E espero que sejam feitas outras mais - disse Crimeia de Almeida, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.



Segundo Crimeia, a busca na casa de Curió é resultado de uma ação movida por 22 familiares de 25 desaparecidos, entre eles o marido de Crimeia, André Grabois, um dos líderes da guerrilha.





Correio Braziliense - 31/03/2011



Major Curió preso com arma ilegal



O ex-agente do SNI e oficial da reserva do Exército foi detido em uma de suas propriedades rurais na terça-feira. Mas foi liberado, depois de prestar depoimento, por um habeas corpus



Diego Abreu



A Polícia Federal (PF) prendeu na terça-feira, em Brasília, o oficial da reserva Sebastião Curió Rodrigues Moura, mais conhecido como major Curió, sob a acusação de posse ilegal de arma de fogo. A PF não informou o local onde ele estava quando foi detido, mas confirmou ao Correio que a prisão ocorreu em um sítio de propriedade de Curió. Por ser militar, ele foi levado para o Batalhão de Polícia do Exército, mas acabou liberado no mesmo dia, após conseguir um habeas corpus.



Curió é apontado como um dos chefes da repressão à Guerrilha do Araguaia (1972-1975), que agiu durante a ditadura militar. Contra o oficial da reserva, pesam acusações de que teria ocultado corpos de militantes de esquerda contrários ao regime militar, que governou o Brasil de 1964 a 1985.



Os agentes federais descobriram, na manhã de terça-feira, que Curió tinha uma arma de fogo sem documentação quando cumpriram um mandado de busca e apreensão, expedido pela 1ª Vara da Justiça Federal a pedido do Ministério Público Federal (MPF), em duas residências do major Curió, ambas no Distrito Federal.



De acordo com o Ministério Público Federal, foram apreendidos um computador, diversos documentos e a arma de fogo. Todos os objetos passarão por perícia da Polícia Federal e posterior análise de procuradores. Segundo a procuradora da República Luciana Loureiro, “as buscas e apreensões são uma tentativa de localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da Guerrilha do Araguaia”.



Na terça-feira, o major Curió prestou depoimento à Justiça e ao MPF, por iniciativa própria, antes de ser encaminhado para a Superintendência da PF, onde foi lavrado um auto de prisão em flagrante por porte ilegal de arma.



Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em 2009, Curió admitiu que pelo menos 41 militantes de esquerda foram executados depois de serem rendidos pelo Exército. As mortes de guerrilheiros, em sua maioria do PC do B, ocorreram na região do Bico do Papagaio, localizado do Sul do Pará.



Ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), o major Curió chegou ao Pará na década de 1970. Há dois anos, Jarbas Silva Marques, militante que ficou preso durante 10 anos do governo militar, afirmou que os documentos que estão em posse de Curió devem desagradar a cúpula das Forças Armadas. “Parece-me que Curió rompeu o pacto de silêncio mantido por seus colegas porque ele pode estar com medo de que lhe aconteça algo”, disse Marques, na ocasião.







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