Uma pessoa querida escreveu-me dias atrás que eu não espere encontrar o padrão doriana de felicidade na terra e isso fez-me refletir como ando pensando as relações afetivas, depois
de atravessar o terreno das ilusões, que considero aquele em que ainda acreditamos nas pessoas antes de conhece-las dia do "juizo".
O que é o dia do "juizo"?
Bem, antes de mais nada, se você é muito otimista
com relação a bondade e sensatez humana
não continue lendo essa crônica, ela não é para você. Tenho vivência suficiente para saber
que boas, solidárias, cultas e úteis pessoas
nesse mundo e nesse país é algo tão raro
quanto encontrar uma nota de cem novinha no meio da rua num dia que você não tem um tostão.
Perfeitas, não, isso nem pensar! Não existe pessoas perfeitas, porém as imperfeitas demais não prestam senão para trazer problemas e decepções. Ficamos combinados que gente sem ética, sem curiosidade, sem interesse nas coisas belas, sem Deus,
sem tolerância, sem honestidade intimma e sem compaixão, essa gente do "mundo" sem pé nem cabeça, sem espiritualidade, sem lealdade
e sem uma cultura básica de bondade elementar não dá mesmo para se amar (de perto), simplesmente porque elas próprias não amam nem as outras nem a si mesmas. Ai, quando vem o dia do "juizo", que nada mais é do que "problemas de sáude", "de dinheiro", "provas com relação a fibra e ao caráter" é que vemos quem é aquela "criatura" dentro daquele corpo.