Não fosse a legenda, eu nunca saberia que era a estátua do defunto Mário Covas, homenageado por uma Escola de Samba de São Paulo (túmulo do samba mais possível novo quilombo e etc.), o que sobremaneira comoveu o vice-governador Alckmin e esposa e filha (os três na foto, dentes à mostra).
Sim, amanhã, mas só amanhã, e não antes, a apuração das vencedoras. Viu? O leitor também não vai acompanhar pela televisão, pois não?
Sob uma bunda que caminha na areia da praia, a legenda nos pede para imaginar o que vão ser as estradas a partir de amanhã, terça de carnaval. Cá comigo, em minha mens insana in corpore mais insanu ainda, não pude fugir à consideração de como não vai estar aquela bunda, vermelha feito um frango assado em vitrine de cachorro, ou um camarão daqueles graúdos, que há muito tempo eu também não como.
O cômputo das mortes, dos arrastões, das nossas mazelas expostas durante o tríduo momesco. O nosso tripeiro (ele que sabe o sentido da palavra carnaval, enquanto milhões, milhões, milhões vivem na ignorância), saberá ele o sentido dessa expressão ora caidaça em desuso? Aliás, ele perguntava um outro dia: "Como vais tu, Brasil?" Vai indo, assim-assim, do jeito que os políticos adoram e a patuléia nem sabe. Mas também não dá para saber até que ponto ele mesmo se preocupa com tudo isso. Não sei se a situação brasileira pode inspirar cordéis alentejanos?
E o CADERNO CULTURAL nos informa: está surgindo a nova Mariah Carey? Hm! Gênero musical: hip-hop-blues-soul. Uma certa con-fusion, não acham? Eu queria dizer "embolada", mas esse já é um outro ritmo, não é mesmo? E o reescrevinhador-de-releases não nos poupa nem do mais óbvio, dizendo que ela tem as "chaves" do sucesso. O sobrenome da moça é "Keys". Alicia Keys é um nome que eles pretendem que anotemos. Com certeza haverá de nos atazanar a todos nos próximos ... não, meses seria muito, nas próximas semanas, se tanto.
Sobre Mariah Carey, tudo o que é sei me veio de um "Planeta Xuxa", visto de soslaio num restaurante, onde também havia uma FM ligada e o som o vivo comia solta, com direito a cenas de karaokê explícito. Como escapar de tudo isso? Impossível. Pois a "rainha dos baixinhos" (disso ela dizia ontem que não abre mão por nada, ela que está atacando de escoteira agora - sinais dos tempos - ou sinais de que o tempo passa) disse, alto e bom som: "A Mariah [Mâhraia] é óóótima!"
Já repararam como as letras dessas músicas de agora terminam cheias de "agás" aspirados. Um exemplo: "remando contra a maré-hé-hé-hé-hé". Isso também foi ouvido de soslaio, num restaurante, enquanto etc. Meu Deus, já não dá mais nem para comer fora!
Hoje, por acaso, eu tinha me esquecido de carregar o óculos comigo. Pensei: vou ler somente as manchetes e conferir as fotografias. E a verdade é que era só isso mesmo. O que havia de texto, e não era muito, com certeza não ia além do que já diziam as manchetes.
Bobagem perguntar ao Jornal da Tarde "quem lê tanta notícia?" Não parece ser mesmo esse o "espírito da coisa".