Dilma tende a extraditar Battisti por decisão do STF; carta de maçons do Brasil repercute na Itália
Edição do Alerta Total – http://www.alertatotal.net/
Por Jorge Serrão
Mesmo “intransigente defensora dos direitos humanos”, a Presidente Dilma Rousseff vai agir pragmaticamente, e mandar as ideologias às favas no caso Cesare Battisti. O ex-ativista do grupo terrorista italiano Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) deve ser extraditado para a Itália. A tendência é que o Supremo Tribunal Federal, por 6 votos a 4, decida que o Brasil tem de cumprir o tratado bilateral de extradição com os italianos. Assim, alegando que cumpre uma determinação constitucional do Supremo, Dilma vai entregar Battisti aos italianos.
Essa é a informação que circula hoje nos meios empresariais e diplomáticos da Itália. Grandes empresas italianas fazem pressão, de bastidores, para que o governo, a diplomacia e até o judiciário brasileiro cumpram o acordo que devolve Battisti para cumprir pena em cárcere italiano, pelos crimes de assassinato cometidos na década de 70. O caso Battisti já cria até curto-circuito na maçonaria italiana. A Loja P2 – considerada apócrifa pelo mundo maçônico – chegou a agir em favor dele nos bastidores do poder no Brasil. Mas a reação da tradicional maçonaria italiana contra Battisti foi maior.
A partir de Milão, circula hoje na Itália um documento enviado semana passada pela Loja Maçônica Brasil, sediada em São Paulo. O manifesto dos maçons brasileiros foi distribuído hoje cedo para todas as escolas italianas. Também será redistribuído pelo Grande Oriente de Milão a todas as lojas maçônicas da Itália. O texto dos brasileiros destaca: “A República Italiana pode estar certa de que a Nação brasileira, que tanto sofre com uma criminalidade fora de controle, e um governo que tenta instituir uma ditadura, não concorda e não apoia a ação deste governo, de conceder asilo e contribuir para com a impunidade à um criminoso que afrontou as Leis, as Instituições, as autoridades e o próprio povo da Nação italiana”.
Os maçons brasileiros lembraram aos italianos que o ex-Presidente Lula da Silva, ao manter Battisti no Brasil, agiu diferente com atletas cubanos que aqui pediram asilo: “Causa estranheza a todos nós que atletas cubanos, refugiados de um estado totalitário como o de Cuba, que não roubaram e nem mataram, tenham sido prontamente entregues de volta, por pedido de Fidel Castro ao Presidente Lula, quando fugiram e pediram asilo político em nosso território, enquanto um bandido perigoso, que matou pelo menos quatro cidadãos italianos, seja protegido por este Governo atual, permanecendo este TERRORISTA, em nosso território, à revelia da Justiça de um estado democrático como é o da Itália. Não aceitamos em hipótese alguma a condução ideológica da justiça, por parte de nosso governo; a Justiça, por definição, necessariamente tem que ser imparcial”.