RELATO: A AL QAEDA PODE JÁ TER CERTO TIPO DE BOMBA NUCLEAR
Quarta feira, 02 de fevereiro de 2011
TRADUÇÃO DE FRANCISCO VIANNA
Existe um tipo de bomba atômica, de muito pouco poder destrutivo sob a ótica física, que se compara a qualquer bomba convencional, mas que, no entanto, espalha muita radioatividade letal e patogênica por áreas mais ou menos extensas e, por isso, são chamadas de `bombas-sujas`. Pois bem, a Al-Qaeda tem o tempo, os materiais, o apoio de certos países anti-ocidentais, para montar tais artefatos radioativos, segundo alguns documentos vazados obtidos pelo jornal britânico The London Telegraph.
Os cabogramas, difundidos pelo website WikiLeaks, revelam que os chefes de segurança da OTAN instruiram líderes de diversos países em janeiro de 2009 sobre esse fato, mostrando que a al-Qaeda tinha já uma unidade de processamento e montagem ativa desses "Dispositivos Explosivos Radioativos Improvisados Sujos (DARIS) com a colaboração de cientistas maléficos.
A fabricação improvisada de bombas nucleares, que podem ser usadas contra os soldados que lutam no Afeganistão, por exemplo, pode contaminar extensas áreas adjacentes por muitos anos no futuro, relatou o ‘the Telegraph’. As autoridades de segurança disseram também a esses líderes que documentos da al-Qaeda encontrados em 2007 convenceram-nas de que foram feitos "avanços maiores" na área de bio-terrorismo do que se temia antes.
Em 2008, as autoridades americanas foram alertadas sobre terroristas que tinham "a competência técnica para manufaturar mecanismos explosivos além de meras bombas-sujas”.
Os relatos vazados pela Wikileaks deram também exemplos de contrabando nuclear. Um memorando detalhou como um trem fretado no Cazaquistão (na fronteira com a Rússia) foi encontrado transportando materiais de montagem de armamentos enquanto um traficante temporário, em Lisboa, tentava vender placas radioativas roubadas de Chernobyl, reportou o jornal londrino.
Outro memorando documentou um encontro em janeiro de 2010 entre Janet Napolitano, Secretário de Segurança Interna americano, e ministros europeus durante o qual o ministro do interior alemão revelou suas preocupações sobre a segurança da aviação comercial. Thomas de Maiziere expressou seu temor de que terroristas possam “usar artigos infantis para introduzir tais DARIS nos aviões comerciais”, conforme relata o cabograma.