Encaminho-lhe a mensagem AMAN-09:SOLIDARIEDADE,solidariedade
de irmão,da mesma família militar.
O ocorrido com a Turma General Médici já tinha sido muito bem comentada;contudo,o belo gesto que é assuto do e-mail - SOLIDARIEDADE, abriu espaço para mais um capítulo, cujo nome, em homenagem ao pai do remetente,Sr.Paulo Figueiredo, vou chamar de "Mão Estendida - General João Baptista de Oliveira Figueiredo". Relembro que a Lei da Anistia foi assinada por êle e que teve resistência da oposição, na época,por ser"ampla, geral e irrestrita" -lugar de brasileiro é no Brasil!!!!
-Possuo o vídeo da solenidade ,com o pronunciamento do Presidente. Muito firme e muito oportuna a correspondência para o Coronel Dartanhan, ela resgata um apoio necessário do Regime Militar,ao menos em parte, à atitude por êle tomada no episódio,quando acompanhou o Sr. Roberto Médici,filho de outro presidente,o Patrono da Turma,General Emílio Garrastazu
Médici,na sua retirada do palanque das autoridades.
Só posso terminar com um PARABÉNS PAULO FIGUEIRDO, na esperança que o exemplo da sua atitude fraterna de solidariedade seja acompanhada e divulgada.
Prezado Dartagnan,
Permito-me tomar a liberdade de lhe escrever esta mensagem, embora ainda não tendo tido o prazer e também a honra de lhe conhecer.
Eu sou Paulo Renato de Oliveira Figueiredo, empresário e engenheiro formado pela PUC-RJ, turma de 1967.
Filho e neto de militares, tenho mais dois tios generais de 4 estrelas (um deles, Eucydes, recentemente falecido).
Sou filho do General João Baptista de Oliveira Figueiredo, que governou o nosso país de 1979 a 1985, mas que, antes de tudo, foi um soldado exemplar e um verdadeiro lider de nossas Forças Armadas.
Não seria imodéstia mencionar que foi sempre admirado e respeitado no seio do Exército Brasileiro, não apenas pelos méritos conquistados ao longo de sua brilhante carreira,
mas, principalmente, pelas suas posições e convicções firmes e inequívocas,
fundamentadas puramente em seu sentimento patriótico, e completamente destituídas de qualquer tipo de interesse, que não o de servir à pátria.
Apesar de ter me diplomado na vida civil, tive educação de caserna desde a minha infância, até me tornar um homem, ao cursar e completar os 7 anos de estudos no Colégio Miltar do Rio de Janeiro.
Já na universidade, acompanhei, dentro de minha própria casa, todos os episódios que resultaram na Revolução de 1964. Posso lhe afirmar que o que a imprensa de hoje denomina, com tom depreciativo e faccioso de "O Golpe dos Generais", foi um movimento que surgiu da conspiração de alguns então coronéis do Exército, inconformados com o caos em que se transformou o país, e de alguns generais (não todos, tinha gente em cima do muro e também do outro lado ...).
Ao eclodir, como se sabe mas não se publica, a Revolução terminou tendo o apoio de grande e expressiva parte da sociedade brasileira,
que não aceitava a implantação de um regime marxista no Brasil, e proporcionou ao Brasil um período de grande desenvolvimento, de Ordem e Progresso.
O General Médici, de saudosa lembrança, dela participou ativamente, e era um dos mais firmes e alinhados com o nosso pensamento. Anos após, veio a ser um excelente presidente e um exemplo para todos os brasileiros.
Durante o seu governo, (no qual meu pai teve a honra de exercer a chefia do Gabinete Militar), de formidável progresso para a nação, tornei-me amigo de seu filho Roberto, homem digno e íntegro, a quem nutro carinho, amizade e admiração.
É claro que, ao tomar conhecimento do recente episódio da AMAN, fui tomado por total indignação, pois o que se verificou foi um verdadeiro ultraje à figura do eminente Gen Médici que, afinal, estava sendo homenageado.
Roberto fez muito bem em se retirar, denotando brio, lealdade aos seus princípios e respeito à memória de seu pai. Foi homem com H maiúsculo, como se dizia nos meus tempos de rapaz. Eu teria tido a mesmíssima atitude !
Quero lhe parabenizar pela atitude de acompanhá-lo, e com ela me solidarizar. O seu desprendimento encerra tudo o que se espera de um bravo soldado, engrandece a sua farda e demonstra que, apesar dos dias de ingratidão, de vergonha e de nojo que hoje emporcalham a política brasileira, não estamos sozinhos em nossos ideais.
Parabéns por não ter conseguido se conter : pois que não há maior vergonha para um homem do que sentir vergonha de si próprio. Isto é que realmente um homem que se preza como tal tem que temer !
Pouco importa a enorme injustiça que lhe impuseram, ela é arma própria dos medíocres e dos servis. Valerá para sempre a sua consciência e o passado de sua trajetória digna, que ficará como herança para seus filhos.
Cedo ou tarde, a História restabelecerá a verdade, disto estejamos tranquilos.
Mas lhe pergunto : onde estão os nossos, afinal, neste momento de encruzilhada? Onde estão a espada de Caxias, o exemplo de Osório, os braços firmes de Castello Branco, Costa e Silva, Médici e Geisel, a mão estendida de Figueiredo?
Quero ter a certeza de que não passaram em vão. A justiça haverá de ser feita. E muito antes do que muita gente imagina...