O revanchismo contra os militares continua por parte dos comunistas safados. Sai Paulo Torquemada Vannuchi, entra Maria La Pecosa Rosário. Não passam de embusteiros, provocadores, mentirosos, desinformadores da opinião pública, porque a ideologia que defenderam no passado, que defendem no presente, e que sempre defenderão no futuro, é uma ideologia assassina por natureza - a ideologia comunista. Querer rasgar a Lei da Anistia, beneficiando apenas os terroristas, é coisa de patife. A propósito, conheça um pouco do currículo de La Pecosa (A Sardenta) durante a Guerra Civil Espanhola:
“Cerca de 283 freiras foram mortas, algumas estrupradas antes da execução. (...) Na provínvia de Ciudad Real, a mãe de dois jesuítas foi assassinada com um crucifixo empurrado garganta abaixo. O pároco do Torrijos foi açoitado, coroado de espinhos, forçado a beber vinagre; colocaram-lhe um pedaço de madeira amarrado às costas e foi então fuzilado, mas não crucificado. O bispo de Jaén foi assassinado juntamente com sua irmã, na frente de 2.000 pessoas; seu carrasco era uma mulher da milícia, a feroz ‘La Pecosa’ (A Sardenta). Alguns padres foram queimados vivos; alguns tiveram sua orelhas decepadas” (Paul Johnson, in Tempos Modernos, pg. 273-4).
Sobrou para o general Elito... (Leia, no final, "Presidente sargenta puxa orelha de general") Os militares nada podem falar, enquanto os comunistas estão cada vez mais leves e soltos para atazanar a vida dos antigos heróis brasileiros, que livraram o Brasil de um regime tirânico como o de Cuba.
É como digo sempre: vivemos, literalmente, em uma República Fascicomunista de Bandidos, onde apenas a companheirada tem direito à voz e à verdade.
Tema volta a causar divisões no governo: general que assumiu GSI afirma que o importante é "olhar para a frente"
BRASÍLIA. No seu discurso de posse, a nova ministra da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, defendeu a responsabilização do Estado pelas violações cometidas pelos militares durante a ditadura. Para ela, essa é uma dívida com os familiares e com os desaparecidos políticos. Na presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que polemizou sobre esse assunto com o antecessor de Rosário, Paulo Vannuchi, a ministra ainda fez um apelo ao Congresso para aprovar a criação da Comissão da Verdade.
- Passados quase 50 anos, é mais que chegada a hora de agir com objetividade. Devemos dar seguimento ao processo de reconhecimento da responsabilidade do Estado por graves violações de direitos humanos, com vistas à sua não repetição, com ênfase no período 1964-1985, de forma a caracterizar uma consistente virada de página sobre esse momento da História do país - disse Maria do Rosário no seu discurso, de 18 páginas. - Devemos isso às famÍlias daqueles que foram mortos ou estão desaparecidos. Devemos aos que viveram aquele período e empenharam suas vidas generosamente, porque acreditavam na liberdade e na democracia. Eles nos trouxeram até aqui.
A ministra afirmou que "não se trata jamais de revanche" e disse que as Forças Armadas são parte desse processo de superação e de entendimento:
-- Existe também desejo nas Forças Armadas de ter esse processo concluído - disse ela.
Jobim aplaudiu esses trechos do discurso de Rosário e evitou polemizar, afirmando que o reconhecimento do Estado pelo que ocorreu nos governos militares está ocorrendo com o cumprimento da ação judicial que obrigou a instituição do Grupo de Trabalho do Araguaia. Mas, em outra cerimônia de posse, ontem, ficou claro que a posição de Rosário deverá causar divisões no governo Dilma, assim como ocorreu no anterior. Perguntado sobre a criação da Comissão da Verdade, o novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito, disse que os militares são servidores públicos e seguirão as orientações do Estado. Mas deixou claro que os abusos devem apenas ser tratados como fato histórico:
- Temos que ver o 31 de março de 1964 como dado histórico de nação, seja com prós e contras, mas como dado histórico da nação. Da mesma forma, os desaparecidos são História da nação, de que não temos que nos envergonhar ou nos vangloriar. Nós temos que enfrentar e estudar, discutir e conversar como fato histórico. Guerra do Paraguai não se fala em pró e contra?
Segundo o general, é hora de olhar para a frente:
- Temos é que pensar para a frente, na melhoria do nosso país para as nossas gerações, e podemos estar perdendo tempo, espaço, velocidade se ficarmos sendo pontuais em situações isoladas do passado.
Rosário, porém, demonstrou outro ponto de vista ao defender a criação da Comissão Nacional da Verdade:
- Somente conhecendo os fatos e reconhecendo os erros é que conseguiremos escrever novas e melhores páginas da nossa História.
Ministra reacende polêmicas sobre Direitos Humanos ao assumir cargo
A petista Maria do Rosário defendeu, em posse, que o Estado reconheça suas responsabilidades pela morte de desaparecidos políticos na ditadura e que o Plano Nacional de Direitos Humanos da Era Lula, alvo de embate na campanha, avance
03 de janeiro de 2011 23h 01
Tânia Monteiro, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Com um discurso forte, a deputada petista Maria do Rosário assumiu nesta segunda-feira, 3, a Secretaria de Direitos Humanos pedindo ao Congresso que aprove a formação da Comissão da Verdade e defendendo "o reconhecimento da responsabilidade do Estado pelas graves violações de direitos humanos com vista a não repetição do ocorrido". A nova ministra prometeu ainda implementar o Plano Nacional de Direitos Humanos 3, que foi fruto de polêmica, inclusive durante a campanha presidencial.
Na plateia, estava o ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), que ouviu Maria do Rosário homenagear os guerrilheiros que "empenharam suas vidas generosamente porque acreditavam na liberdade e na democracia". À ditadura, referiu-se como "período de exceção".
Maria do Rosário foi muito aplaudida ao apelar à Câmara para que aprove a Comissão da Verdade. "Devemos enfrentar as questões para caracterizar a consciente virada de página do momento da história". Mas recebeu tímidas palmas ao avisar que esta Comissão da Verdade não busca retaliar as Forças Armadas. "A constituição da Comissão da Verdade não se trata, jamais, de qualquer atitude de revanche, como disse, em seu discurso, a presidente Dilma."
"Estamos movidos pelo entendimento e até pelo reconhecimento que no Brasil de hoje, no Estado brasileiro, não há qualquer instituição contra a democracia", prosseguiu a nova ministra, tentando mostrar que não quer ter problemas no relacionamento com os militares, ela prosseguiu dizendo que "as Forças Armadas são parte da consolidação democrática deste Brasil e nas Forças Armadas há o desejo de trabalharmos de forma conjunta neste processo de consolidação da democracia".
Ao pedir a implementação do PNDH3, que desgastou o governo Lula e a campanha da petista Dilma Rousseff por defender temas como aborto e casamento homossexual, a ministra disse que "a hora é de avançar, de fazer ainda mais e melhor". Apesar de abordar temas polêmicos, adotou um tom conciliador, citando que o atual momento é de "diálogo" e sem retaliações.
Araguaia
Ela fez questão de citar ainda a recente definição da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que entendeu que o Estado brasileiro tem uma dívida histórica no que diz respeito aos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. "Com total tranquilidade e unidade de pensamento e ação no Poder Executivo estaremos desenvolvendo ações que respondam às indicações desse organismo que integramos", disse a ministra, pedindo, ainda que os demais poderes da Republica, no exercício de suas funções constitucionais e preservada a independência e harmonia que nos caracteriza, analisem as questões apresentadas pela Corte Interamericana. Para a ministra, "passados quase 50 anos do início do período de exceção no Brasil, é chegada a hora de agirmos com objetividade".
Ao insistir na criação da Comissão da Verdade, afirmou que se trata de uma dívida brasileira,
Responsabilidades
Ao final da cerimônia, em entrevista, a ministra explicou o tom de seu discurso ao dizer que o Estado tem responsabilidade pelos mortos e desaparecidos políticos. "Esta é uma responsabilidade ampla. Não estamos personalizando, em procurando (culpar) um ou outro". E completou: "Estamos conciliando a nação brasileira". A ministra insistiu que o País "criou um jeito brasileiro de fazer um processo de reconhecimento dos fatos daquele período", acrescentando que Forças Armadas e sociedade civil, "fazem parte de um mesmo projeto nacional".
"Não há embates", disse ela, se contrapondo ao tempo que seu antecessor, Paulo Vanucchi, estava no cargo e criou inúmeros problemas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Jobim
O ministro da Defesa, que ocupou a primeira fileira na cerimônia, aplaudiu Maria do Rosário e depois, em entrevista, ao ser questionado se a fase de embate entre Defesa e Direitos Humanos estava encerrada, disse que está trabalhando para "virar a página".
Indagado sobre algumas partes mais duras do discurso da ministra, que pediu o reconhecimento do Estado quanto aos mortos e desaparecidos políticos, minimizou: "É isso que está sendo feito. Tudo que ela diz está sendo feito. Estamos trabalhando por isso". Ele afirmou também que não se opõe à criação da Comissão da Verdade, justificando que participou da elaboração desse texto.
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Presidenta sargenta puxa orelha de general (o título é meu - F. M.)
Dilma repreende general do GSI por fala sobre ditadura
Foi o primeiro `puxão de orelha` de ministro do novo governo
Leonencio Nossa, Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff repreendeu hoje o general José Elito de Carvalho Siqueira, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), por dizer em entrevista, na segunda-feira, que não é motivo de vergonha para o País o desaparecimento de presos políticos durante a ditadura militar (1964-1985). Foi o primeiro "puxão de orelha" de ministro do novo governo.
Escolhido para comandar os seguranças e arapongas do governo, José Elito pediu desculpas a Dilma pela declaração polêmica, segundo fontes do Planalto. Ao longo do dia, ele já tinha recebido recados de assessores de que Dilma não gostou do comentário sobre as vítimas do regime militar.
Ao ser recebido à noite pela presidente, ele chegou a jogar a culpa na imprensa, afirmando que sua declaração foi "mal interpretada". A presidente aceitou a desculpa.
Torturada na época da ditadura, Dilma fez um discurso, no dia da posse, em que afirmou não ter ressentimentos e rancores. Antes mesmo de assumir, ela chamou os comandantes das Forças Armadas para dizer que não haveria "revanchismo" e pedir que não houvesse por parte dos militares "glorificação" do golpe de 31 de março de 1964, que derrubou o presidente João Goulart e implantou uma ditadura de 21 anos no País.
Desde a distensão política, no final dos anos 1970, famílias de adversários da ditadura e entidades de direitos humanos cobram do Estado brasileiro a localização dos restos mortais de 138 vítimas da repressão consideradas "desaparecidas políticas".
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Folha de S. Paulo - 5/1/2011
Dilma chama ministro para explicar fala sobre ditadura
Ao tomar posse, general disse que país não deve ter vergonha por desaparecidos Torturada na ditadura, presidente não gostou da declaração; general teria dito que foi mal interpretado por jornais
SIMONE IGLESIAS, BRENO COSTA
As manifestações do novo chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência, general José Elito Siqueira, criaram mal-estar ontem, no Palácio do Planalto, segundo a Folha apurou. A presidente Dilma Rousseff chamou Elito em seu gabinete na noite de ontem para pedir explicações.
No dia de sua posse, Elito Siqueira se posicionou contra a criação da Comissão da Verdade e disse que os desaparecidos políticos são um "fato histórico" do qual "nós não temos que nos envergonhar ou vangloriar".
Segundo o projeto enviado pelo governo, a Comissão da Verdade terá a "finalidade de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos" durante a ditadura.
Durante o dia, a presidente fez chegar ao general sua insatisfação com as declarações, já que o governo Lula enviou no ano passado projeto de lei ao Congresso Nacional em apoio ao órgão.
A Folha apurou que Elito disse a Dilma que foi "mal compreendido" pelos jornalistas durante a entrevista e que as reportagens não retrataram o que ele disse.
Dilma não gostou da manifestação do general que é claramente contrária à posição de seu governo e do antecessor. Dilma era ministra da Casa Civil quando o projeto de lei da Comissão da Verdade foi formatado.
O vice-presidente Michel Temer minimizou os comentários de Elito. Questionado se não era contraditório a presidente, torturada durante a ditadura, ter como subordinado próximo um general contrário a investigações sobre episódios de tortura no regime militar, Temer disse que a pergunta deveria ser feita à própria presidente.
"Acho que é a opinião dele, né? Não vou me manifestar a respeito da opinião dele", disse o vice de Dilma.
O ministro Nelson Jobim (Defesa), sem se referir especificamente ao general, limitou-se a dizer que a posição do governo é pela criação da Comissão da Verdade, nos termos do projeto de lei enviado pelo Executivo ao Congresso em maio passado.
A nova ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou, via assessoria, que seu posicionamento sobre o assunto é público e foi exposto em seu discurso de posse, anteontem.
Frase
"Nós temos que ver o 31 de março de 1964 como dado histórico de nação, seja com prós e contras, mas como dado histórico. Da mesma forma, os desaparecidos são história da nação, que não temos que nos envergonhar ou nos vangloriar"
JOSÉ ELITO SIQUEIRA
Ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), ontem, durante sua cerimônia de posse
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O Estado de S. Paulo - 5/1/2011
Dilma repreende general do GSI por fala sobre ditadura
Elito teria se desculpado por ter dito na segunda que sumiço de adversários do regime militar não era motivo de vergonha
Leonencio Nossa
A presidente Dilma Rousseff repreendeu na noite de ontem o general José Elito de Carvalho Siqueira, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), por dizer em entrevista, na segunda-feira, que não é motivo de vergonha para o País o desaparecimento de presos políticos durante a ditadura militar (1964-1985). Foi o primeiro "puxão de orelha" de ministro do novo governo.
Elito pediu desculpas à presidente pela declaração polêmica, segundo fontes do Planalto. Ao longo do dia, ele já tinha recebido recados de assessores de que Dilma não gostara de seu comentário. Ao ser recebido à noite pela presidente, chegou a jogar a culpa na imprensa, afirmando que a declaração foi "mal interpretada". A desculpa foi aceita.
Torturada na época da ditadura, Dilma fez um discurso, no dia da posse, em que afirmou não ter ressentimentos nem rancores. Antes mesmo de assumir, ela chamou os comandantes das Forças Armadas para dizer que não haveria "revanchismo" e pedir que não houvesse por parte dos militares "glorificação" do golpe de 31 de março de 1964, que implantou uma ditadura de 21 anos no País.
Desde a distensão política, no fim dos anos 1970, famílias e entidades de direitos humanos cobram a localização dos restos mortais de 138 vítimas da repressão consideradas "desaparecidas políticas".
Choque. Dois generais de Exército ouvidos pelo Estado avaliaram que Elito "começou mal" seu trabalho, ao entrar em choque com as orientações de Dilma e tomar a dianteira de um debate que não lhe dizia respeito. Sua função, observaram, é garantir à presidente as informações necessárias na área de defesa e inteligência para o exercício do poder.
Elito comanda cerca de 800 seguranças da Presidência e outros 900 homens que trabalham como arapongas da Agência Brasileira de Inteligência. Elito foi escolhido para chefiar o GSI por ser reconhecido na caserna como um oficial que nunca causou "problemas". Sua declaração polêmica, porém, derrubou logo no início do governo a figura de um militar discreto e apaziguador que Dilma tanto buscava.
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Guerra Civil Espanhola
por Félix Maier
“A Constituição de 1931 havia feito da Espanha uma ‘república democrática dos trabalhadores de todas as classes’, com separação entre Igreja e Estado, parlamento unicameral, regime parlamentarista, autonomia regional para o País Basco e para a Catalunha, sufrágio universal extensivo às mulheres e aos soldados. Os títulos de nobreza foram abolidos e decretou-se o divórcio. Uma lei agrária, de 15-IX-1932, permitiu a expropriação dos latifúndios. As propriedades das ordens religiosas foram postas à disposição da nação. (...) Tão drásticas reformas não chegaram a efetivar-se: perderam-se na violência generalizada, em greves e motins de toda sorte” (Barsa, Encyclopaedia Britannica do Brasil, Vol. 8, pg. 390 e 391).
A violência da esquerda se intensificou a partir de 1936: “Em junho, a violência piorou. A 16 de junho, Robles, num último aviso, leu em voz alta para as Cortes uma lista de ultrajes e atrocidades: 160 igrejas queimadas, 269 assassinatos (a maioria políticos), 1.287 casos de agressão, 69 destruições de escritórios políticos, 113 ‘greves gerais’, 228 greves parciais, 10 sedes de jornal saqueadas” (Paul Johnson, in "Tempos Modernos", pg. 273).
A República espanhola foi tomada pela polícia secreta de Stalin, pois o PC espanhol era controlado pela Embaixada russa, pelas unidades da NKVD e da OGPU, sob Alexander Orlov, e por figuras do Komintern, como o francês André Marty.
A guerra civil estourou no dia 17 de julho. Tropas do general Franco, aliadas dos monarquistas, classes conservadoras e falangistas se rebelam contra o Governo republicano dominado por liberais, radicais, socialistas, anarquistas, comunistas (tanto stalinistas quanto trotskistas), separatistas bascos e catalães, ocasionando a Guerra Civil (1937-39).
Os republicanos da “Frente Popular” receberam ajuda militar do Reino Unido, México, França, URSS e, principalmente, das “Brigadas Internacionais”, formadas por 60.000 voluntários de todo o mundo. “A URSS limitou-se a enviar técnicos e ‘conselheiros’ desarmados, pagando-se, ao fim da guerra, com o seqüestro do ouro do Tesouro espanhol” (Barsa, Vol. 8, pag. 390) – o que comprova a íntima ligação entre o Governo “republicano” e os comunistas.
Os nacionalistas de Franco contaram, ainda, com o apoio das organizações católicas e monárquicas, e receberam ajuda da Legião Condor, da Alemanha nazista, e de várias divisões de camisas-negras, da Itália fascista.
Nessa Guerra, em 1937, foi feito o primeiro emprego maciço de bombas, pelos nazistas, contra um alvo não-militar, a cidade de Guernica, a histórica capital dos Bascos, ocasião em que morreram mais de 1.000 pessoas. A tragédia serviu de inspiração para Pablo Picasso pintar uma obra-prima, a tela “Guernica”. Isso é o que diz a propaganda comunista. Na verdade, havia sido encomendado a Picasso uma tela para uma exposição em Paris. Essa tela, originalmente, apresentava a ação de um toureiro na arena e foi depois capciosamente chamada de "Guernica" para encobrir os crimes contra anarquistas e poumistas (veja verbete "Guernica", abaixo). “Os comunistas deveriam lembrar-se de que falar a verdade é preconceito pequeno-burguês. Uma mentira, por outro lado, é muitas vezes justificada pelo fim” (Lenin). Como se vê, para os comunistas, nada se cria, tudo se transforma...
A técnica militar utilizada, de bombardeio em mergulho, em Guernica, foi um ensaio para os nazistas, que começariam a II Guerra Mundial no último ano da Guerra na Espanha. Durante a Guerra, foram inúmeras as atrocidades feitas pelos comunistas contra os católicos, especialmente frades e freiras, muitos deles canonizados pelo Papa João Paulo II. O clero era numeroso: 20.000 monges, 60.000 freiras, 35.000 padres, numa população de 24,5 milhões de pessoas.
“Onze bispos, um quinto do total, foram assassinados, 12% dos monges, 13% dos padres também. Os chacinados foram reverenciados no famoso poema de Paul Claudel, ‘Aux martyrs espagnols’:
‘Soeur Espagne, sainte Espagne, tu as choisi!
Onze évêques, seize mille prêtres massacrés et pas une apostasie!’.
“Cerca de 283 freiras foram mortas, algumas estrupradas antes da execução. (...) Na provínvia de Ciudad Real, a mãe de dois jesuítas foi assassinada com um crucifixo empurrado garganta abaixo. O pároco do Torrijos foi açoitado, coroado de espinhos, forçado a beber vinagre; colocaram-lhe um pedaço de madeira amarrado às costas e foi então fuzilado, mas não crucificado. O bispo de Jaén foi assassinado juntamente com sua irmã, na frente de 2.000 pessoas; seu carrasco era uma mulher da milícia, a feroz ‘La Pecosa’ (A Sardenta). Alguns padres foram queimados vivos; alguns tiveram sua orelhas decepadas” (Paul Johnson, op. cit., pg. 273-4).
Os republicanos atiraram 512 nacionalistas num desfiladeiro, em Ronda, episódio utilizado por Ernest Hemingway em seu romance “Por quem dobram os sinos”. A vítima mais famosa foi o poeta comunista espanhol García Lorca, fuzilado provavelmente em 18 de agosto de 1936 (seu túmulo nunca foi encontrado). Salvador Dalí reagiu à notícia com um sonoro “olé!” de praça de touros.
“Os assassinatos em Majorca (atrocidades fascistas) foram descritos pelo escritor católico Georges Bernanos em seu romance ‘Les grands cimetières sous la lune’. Mas Arthur Koestler, em seu ‘The Invisible Weiting’, também descreveu como as atrocidades fascistas foram produzidas na fábrica do Comintern, em Paris” (Paul Johnson, op. cit., pg. 275).
“Do lado nacionalista, 90.000 foram mortos em ação; do lado republicano, também 110.000 soldados morreram; havia 1 milhão de aleijados; 10.000 sucumbiram em conseqüência de ataques aéreos; 25.000 de desnutrição; 130.000, assassinados ou mortos atrás das linhas; e os restantes 500.000 estavam no exílio. (...) A destruição de tesouros foi imensa, desde a famosa biblioteca de Cuenca, até os primeiros quadros de Goya em seu lugar de nascimento, Fuentodos” (Paul Johnson, op. cit., pg. 284).
Franco vence a Guerra e instala uma ditadura na Espanha, que volta à democracia somente em 1976, com a restauração da monarquia parlamentar. Ao final da Guerra, Franco não buscou a reconciliação nacional e cerca de 37.000 opositores ao regime foram executados.
Acesse o site www.cristiandad.org/panorama/espana30.htm.
Glossário:
Os verbetes abaixo foram extraídos de “Arquivos ‘I’ – uma história da intolerância”, de minha autoria, disponível em Usina de Letras, link “Artigos”.
GPU - Gossudarstviênnoie Politítcheskoie Upravliênie (Administração Política do Estado): designação da polícia secreta soviética, que substituiu a Tcheká, de fevereiro a dezembro de 1922, quando foi mudada para OGPU. No entanto, continuou sendo conhecida por GPU. Após a II Guerra Mundial, foi substituída pela NKVD.
Guernica - Cidade santa basca, bombardeada pela Legião Condor, de Hitler, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39). Os nazistas forneceram um total de 10.000 homens, incluindo 5.000 da Legião do Condor, uma unidade experimental de tanques e aviões, e tiveram uma baixa de 300 homens. No dia 26 de abril de 1937, 43 aviões da Legião Condor bomardearam a cidade santa basca de Guernica, matando cerca de 1.000 pessoas e destruindo 70% dos edifícios. “Para os propagandistas do Comintern – os melhores do mundo – foi um golpe de sorte surpreendente, e eles transformaram esse episódio no mais celebrado de toda a guerra. Picasso, a quem já tinham encomendado um grande painel para o Pavilhão da Espanha, na Feira Mundial de Paris, se aproveitou do episódio: o resultado, mais tarde, foi levado para o Metropolitan de Nova Iorque. Guernica ajudou a levar todo um segmento da opinião ocidental, inclusive as revistas Time e Newsweek, para o lado dos republicanos. Seguiu-se uma confusão cujos ecos ainda puderam ser ouvidos nos anos 80, mas quando o quadro foi solenemente pendurado no Prado, os sons das chacinas de Barcelona passaram depercebidos. A maneira como usaram Guernica para encobrir a destruição do POUM era típica do brilhantismo da propaganda do Comintern, conduzida por dois inspirados mentirosos profissionais, Willi Muenzenberg e Otto Katz, ambos assassinados, mais tarde, por ordem de Stalin” (Paul Johnson, op. cit., pg. 281).
KGB - Komitiét Gosudárstviennoy Bezopásnosti (Comitê Estatal de Investigação): criada por Felix Dzerzhinski, a KGB foi o órgão da polícia secreta soviética, ligado ao Conselho de Ministros. Foi a última transformação dos “Órgãos”, depois de 1953, e chegou a ter 1,5 milhão de agentes. Sucedeu ao MGB e foi substituído pelos Serviços Russos de Segurança (FSB).
Komintern - Kommunistítcheski Internatsional (Internacional Comunista - IC): órgão executivo da Internacional Comunista, criado por Lênin em 1919, no Congresso da Terceira Internacional. Seu primeiro chefe foi Zinoviev. Em seu segundo encontro, em 1920, participaram 37 países e Lênin estabeleceu os vinte e um pontos, que exigiam que todos os Partidos Comunistas modelassem suas estruturas em linhas disciplinares de acordo com o modelo soviético e excluíssem ideologias moderadas. Em 1943 Stálin dissolveu o Komintern, para atrair os democratas ocidentais para lutar em comum contra os nazistas, ocasião em que o controle dos PC passou diretamente para o CC/PCUS. Em 1947, ele foi reativado e reformado para Kominform, a fim de coordenar as atividades do comunismo europeu. Este, por sua vez, foi dissolvido em 1956. O Komintern teve participação na Intentona Comunista, no Brasil, em 1935, quando enviou agentes para o levante, incluindo o brasileiro Luís Carlos Prestes. Leia o livro “Camaradas”, de William Waack, e acesse http://www.ternuma.com.br/historia.htm para conhecer "Alguns crimes do PCB".
La Pasionaria - Apelido de Dolores Ibarruri, famosa líder comunista, originária de Bilbao, região basca da Espanha. “Os comunistas haviam conseguido eleger apenas 17 deputados – incluindo Dolores Ibarruri, ‘La Pasionaria’, que, segundo se dizia, teria cortado a garganta de um padre com os próprios dentes” (Paul Johnson, op. cit., pg. 272). Após a derrota dos “republicanos” (comunistas e anarquistas), na Guerra Civil Espanhola, “La Pasionaria” mudou-se para Moscou e assumiu o Secretariado Latino-Americano do Komintern (BSA).
La Pecosa - “A Sardenta”: mulher feroz, pertencente à milícia comunista, atuante na Guerra Civil Espanhola, que foi o carrasco que assassinou o bispo de Jaén e sua irmã, na frente de 2.000 pessoas.
NKVD - Naródni Kommissariat Vnutriênnikh Diel (Comissariado Popular do Interior): órgão da polícia secreta russa, de 1934 a 1943, que substituiu o GPU.
OGPU - Obiediniónnoie Gossudarstviênnoie Politítcheskoie Upravliênie (Administração da Polícia Política do Estado - GPU Unificada): nome da polícia política russa, também conhecida como “Os Órgãos”, em atuação de 1922 a 1934; unificados ao nível da URSS (a polícia política foi fundada por Lênin e Trotsky, em 1917).
Patrulha da madrugada - Gangue assassina, atuante na Guerra Civil Espanhola, dirigida pelo chefão da juventude comunista, García Attadell, que acumulou pilhagens para fugir para a América do Sul, mas foi garroteado na prisão de Sevilha. Muitos desses assassinos se aperfeiçoaram com a polícia secreta soviética mandada a Barcelona. “No total, a esquerda parece ter assassinado cerca de 55.000 civis (o Santuário Nacional, em Valladolid, possui uma lista de 54.594), incluindo cerca de 4.000 mulheres e várias centenas de crianças” (Paul Johnson, op. cit., pg. 274). Havia outras gangues assassinas da esquerda, conhecidas como ‘checas’: Linces da República, Leões Vermelhos, Fúrias, Spartacus, Força e Liberdade. Só em Madri havia dúzias dessas gangues – a pior de todas sendo a Patrulha da madrugada.
POUM - Partido Obrero de Unificación Marxista (Partido Operário de Unificação Marxista), Espanha: comunistas anti-stalinistas. Na Guerra Civil Espanhola (1936-39), integrantes do POUM e anarquistas foram massacrados por comunistas pró-Stalin. “Mais cedo ou mais tarde a Espanha teria de suportar uma guerra civil entre os da esquerda. Esta guerra explodiu em Barcelona, na primavera de 1937, com os comunistas combatendo do POUM e os anarquistas. O pretexto imediato, como na Guerra Civil total, foi o assassinato político de um comunista importante, Roldán Cortada, possivelmente por ‘uma patrulha de controle’ anarquista, e mais possivelmente ainda pelo agente Ernö Gerö, do Comintern. Ambos os lados tinham exércitos particulares, forças da polícia secreta, gangues de bandidos assassinos. O slogan do POUM era ‘Antes de renunciar à revolução, nós morreremos nas barricadas’. Os comunistas entoavam: ‘Antes de capturar Saragossa, nós temos que tomar Barcelona’. (...) Durante o resto do ano de 1937 e al longo de 1938, vários milhares de membros do POUM e outros esquerdistas de diversas denominações foram executados ou torturados até a morte nas prisões comunistas. Incluía-se aí um grande número de estrangeiros, tais como o ex-secretário de Trotsky, Erwin Wolff, o socialista austríaco Kurt Landau, o jornalista britânico ‘Bob” Smilie e um professor da Universidade John Hopkins, José Robles. Entre aqueles que conseguiram escapar estavam Orwell e Willy Brandt, o futuro chanceler alemão” (Paul Johnson, op. cit., pg. 279- 80). Orwell é o autor do livro “Nineteen Eighty-Four” (1984), em que o modelo de herói, Goldstein, preferiu morrer sob tortura a confessar (Há um filme homônimo, “1984”). Os católicos também foram perseguidos pelos comunistas, que mataram 25% dos padres do país (o Papa João Paulo II beatificou 471 mártires).
Quinta-coluna - Criado durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39) para designar os que, dentro de Madri, apoiavam as quatro colunas rebeldes que marchavam contra aquela cidade. Pessoa (estrangeira ou nacional) que atua sub-repticiamente num país em guerra ou em via de entrar em guerra com outro, preparando ajuda em caso de invasão ou fazendo espionagem ou propaganda subversiva.
Tcheká - Tch. K.: Tchezvitchainaia Kommíssio (Comissão Extraordinária de Luta contra a Contra-Revolução e a Sabotagem): o mais antigo nome da Polícia Secreta soviética, funcionou de 1917 a 1922, quando foi substituída pela GPU. Criada em 12 Nov 1917 por decreto do Sovnarkom, ficou sob comando de Félix Dzerzhinsky, polonês fanático, e tinha por objetivo “combater a contra-revolução e a sabotagem”. Esse decreto só veio a público 10 anos depois (Pravda, 18 Dez 1927); “portanto, a força de segurança permaneceu uma polícia secreta no sentido mais puro, já que sua verdadeira existência não foi oficialmente reconhecida” (Paul Johnson, op. cit., pg. 54). A Tcheká ocupou um grande edifício de uma companhia de seguros, na Praça Lubyanka, em Moscou; dentro havia uma “prisão secreta” para suspeitos políticos. “Nos primeiros 6 meses de 1918, de acordo com os registro oficiais, a Tcheká executou somente 22 prisioneiros. Na segunda metade do ano ocorreram 6.000 execuções e nos 12 meses de 1919, mais ou menos 10.000. W.H. Chamberlain, o primeiro historiador da Revolução, uma testemunha ocular, calculou que por volta de 1920 a Tcheká tinha aplicado 50.000 sentenças de morte” (Paul Johson, op. cit., pg. 55-6).
Bibliografia consultada:
BARSA. Encyclopaedia Britannica do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, 1992.
JOHNSON, Paul. "Tempos Modernos - O mundo dos anos 20 aos 80", Biblioteca do Exército e Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1994. Tradução de Gilda de Brito Mac-Dowell e Sérgio Maranhão da Matta.
MAIER, Félix. "Arquivos `I` - uma história da intolerância", obra em andamento, já disponível em Usina de Letras (www.usinadeletras.com.br).