Em 04 de dezembro de 2010, formou - se mais uma Turma de Aspirantes - a - Oficial na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).
A Turma escolheu como Patrono o ilustre “General Emílio Garrastazu Médici”. Uma justa e invejável homenagem.
Um exemplo, um líder, um grande chefe, um festejado Presidente. Parabéns Turma, foi uma bela e merecida escolha.
Tudo ia bem, quando, após as palavras da mais alta autoridade militar, abrem - se os microfones para mais um... o Ministro da Defesa, atropelando a praxe.
É impressionante como o espaçoso se julga no direito de meter - se, não apenas nas Estruturas, nos Estudos, nos Comandos, mas, também nas mentes e nas tradições militares, e sempre se arvora em fechar com “chave de ouro”, as mais imponentes solenidades militares, para surpreender com os seus “filosóficos” aconselhamentos, os desarvorados militares.
Lá, seu recado para os Aspirantes e Militares, conforme declarações de assistentes, foi “... o Exército deve esquecer o passado e se lançar ao futuro...”.
Para alguns, uma velada crítica a escolha do Gen. Médici como Patrono, pois foi no seu governo que os subversivos perderam o rumo. Em conseqüência, o filho do homenageado, Roberto Médici teria se retirado da Solenidade.
Nós sabemos bem, qual o passado a “Nossa Excelência”, do alto de sua falta de mancômetro, deseja que seja esquecido.
Tivemos o desprazer de assistir em Brasília, em Solenidade do Dia do Soldado, há dois ou três anos, algo semelhante, e que nos convenceu de que não deveríamos comparecer mais àquela Solenidade.
Chegado o momento esperado, o das palavras do Comandante do Exército, que transmitiria para todos os militares da Força Terrestre do País, a sua mensagem, eis que, para nossa surpresa, a seguir, anuncia o Mestre de Cerimônia, “e agora ouviremos o Excelentíssimo Senhor Ministro da Defesa”.
Inicialmente, a descrença quanto ao despropósito. Afinal, a Solenidade era do Exército Brasileiro, não caberia outra mensagem a não ser a do seu Comandante.
Nem para respeitar um momento específico e festejado de uma das Instituições Militares, nem para calar- se diante do Comandante que estava a frente de seus comandados, nem neste momento, o vaidoso cidadão recolhe - se e cala, e, até mesmo na festa dos outros, julga – se com o direito de proferir a última palavra.
Depois desta, para não ouvir sábios e profundos “conselhos”, nunca mais comparecemos à Solenidade do Dia do Soldado em frente ao QG do Exército.
Na AMAN, dizem, foi pior, além da intervenção extemporânea, uma última e dispensável “sugestão”.