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Artigos-->Casa Civil, Petrobras e Gemini -- 24/11/2010 - 15:47 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
quarta-feira, 24 de novembro de 2010



Cotada para Casa Civil, Graça Foster recebe carta pedindo explicações sobre Gemini



Edição do Alerta Total – http://www.alertatotal.net/



Por Jorge Serrão



A futura presidenta Dilma Rousseff tem motivos para ficar irritada. O engenheiro João Vinhosa, ex-conselheiro do extinto Conselho Nacional do Petróleo, encaminhou, oficialmente, no último dia 22 de novembro, à diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, uma carta (cuja íntegra encontra-se abaixo reproduzida), cobrando explicações sobre a criação, a Gemini – sociedade formada pela Petrobras com uma transnacional para produzir e comercializar gás natural liquefeito (GNL). Muito amiga de Dilma, Graça é cotada para ser ministra-chefe da Casa Civil.



Desde 2004, a empresa Gemini é acusada pelo engenheiro Vinhosa de ser altamente lesiva ao interesse nacional. Apesar da gravidade das acusações, ninguém se dispôs a contestá-las. Foi constrangedor o silêncio da então candidata Dilma diante da colocação do candidato Serra sobre referida sociedade, feita no debate realizado pela TV Record em 25 de outubro de 2010. É por causa de negócios como a Gemini e dos futuros empreendimentos com o Pré-sal que o chefão Lula já pediu a Dilma que deixe José Sergio Gabrielli no comando da Petrobras por pelo menos mais um ano.



A Gemini originou duas instigantes séries de matérias publicadas no Alerta Total: “Dossiê Gemini” e “O caso Geminigate”. Na esteira do escândalo do tráfico de influência na Casa Civil (caso Erenice), em 19 de outubro de 2010, o Ministério Público Federal recebeu denúncia relativa à prática de tráfico de influência no caso Gemini.



Na denúncia, encontra-se destacada a participação da Casa Civil, pelo fato de a mesma ter recebido diversas cartas dirigidas à Dilma Rousseff – que, na ocasião acumulava as funções de ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Como a Graça está cotada para a Casa Civil, seria bom que se pronunciasse sobre o Caso Gemini.







Carta à diretora da Petrobras



Até hoje, nenhuma pessoa ligada à direção da Petrobras se manifestou sobre as gravíssimas acusações feitas contra a Gemini – sociedade por meio da qual o governo Lula entregou o cartório da produção e comercialização do gás natural liquefeito no país a uma empresa privada.



A inexpugnável blindagem que protege a espúria sociedade (cuja sócia majoritária, detentora de 60% das quotas, é uma empresa pertencente, em sua totalidade, ao grupo norte-americano Praxair Inc.), por si só, permite inferir que o sindicato dos petroleiros (Sindipetro) estava coberto de razão quando acusou a existência de corrupção explícita no caso Gemini.



Não me deixe exagerar, Senhora Diretora: será que a direção da Petrobras imagina que não é uma acusação de corrupção explícita, a charge, publicada no jornal do Sindipetro, representando uma pessoa carregando uma mala recheada de dinheiro na qual se encontra gravado o nome da sócia majoritária da Gemini?



O mais extraordinário nesse impressionante caso, Senhora Diretora, é que, de uma hora para outra, o Sindipetro parou de fazer críticas à Gemini, apesar de ter intensificado a campanha intitulada “O petróleo tem que ser nosso”. Chega a ser ridículo o duplo papel desempenhado pelo Sindipetro: ao mesmo tempo em que se mantém conivente com a Gemini, levanta a bandeira “Não aos leilões do nosso petróleo e gás”.



Será que a massa arrebanhada pelo Sindipetro para a campanha “O petróleo tem que ser nosso” foi colocada a par do procedimento do sindicato em relação à Gemini? Quem será que determinou que o poderoso Sindipetro se calasse a respeito da Gemini?



É de se destacar que a própria Dilma Rousseff – que, acumulando os cargos de Ministra de Minas e Energia e Presidenta do Conselho de Administração da Petrobras, se tornou a principal avalista da Gemini – nunca contestou as denúncias segundo as quais tal espúria sociedade é um autêntico crime de lesa-pátria.



Na realidade, chegou a ser constrangedor o silêncio da então candidata Dilma diante da colocação do candidato Serra sobre referida sociedade, feita no debate realizado pela TV Record em 25 de outubro de 2010. Afinal, durante toda a campanha ela acusou Serra de ser favorável à privatização de setores Petrobras, enquanto a Gemini, criada sob sua gestão, é a mais prejudicial “privatização” levada a efeito no setor “petróleo e gás” em todos os tempos.



Nestas alturas, um esclarecimento se faz necessário: não estou, absolutamente, me manifestando a favor ou contra a privatização de setores da Petrobras; estou me manifestando é contra a maneira como foi privatizada o gás natural liquefeito, e a omissão da direção da Petrobras sobre as acusações contra a espúria sociedade.



A propósito, Drª. Foster, a Senhora também, apesar de ser a Diretora de Gás e Energia da Petrobras, nunca contestou as acusações contra a Gemini.



É impossível imaginar que a Senhora não tenha tomado conhecimento nem mesmo das matérias publicadas no jornal do sindicato dos petroleiros (Sindipetro). Tais matérias, publicadas em 2006, 2007 e 2008 (endereço eletrônico indicado ao final), narram fatos que – em qualquer país medianamente sério – dariam motivo a uma rigorosa investigação.



Charges contendo mala recheada de dinheiro com o nome da sócia majoritária da Gemini, cilindro de gás jorrando dinheiro sendo acionado por Tio Sam (numa alusão ao fato de a sócia majoritária da Gemini pertencer, em sua totalidade, a um grupo norte-americano) e Tio Sam dizendo que “Vamos cuidar do que é nosso” ilustram, de maneira impressionante, as matérias do jornal do Sindipetro sobre este verdadeiro crime de lesa-pátria.



Cumpre ressaltar que a última manifestação do sindicato dos petroleiros contrária à Gemini foi a categórica entrevista dada em 16/05/08 ao jornal do sindicato dos previdenciários pelo secretário-geral do Sindipetro, Emanuel Cancela. Entre as graves palavras do líder petroleiro, se destacam: “O que nos perguntamos é o que moveu o governo a referendar um negócio como este. O que está por trás disto? Tem alguma coisa suja no meio desta história. Vamos insistir junto ao Ministério Público e incluir esta questão na Campanha pela Nacionalização do Petróleo e Gás”.



Devido ao fato de não ter tomado conhecimento de nenhuma das iniciativas anunciadas pelo secretário-geral do Sindipetro, em 19 de outubro de 2010, formalizei a anexa denúncia ao Ministério Público Federal. De tal denúncia, destaco os trechos a seguir:



“Informei ao presidente Lula que as cartas por mim encaminhadas à então Presidenta do Conselho de Administração da Petrobras Dilma Rousseff não mereceram qualquer resposta, apesar de recebidas em seu local de trabalho (Casa Civil)”.



“Ao presidente Lula, afirmei que uma das duas coisas havia acontecido: ou tais cartas chegaram às mãos de Dilma Rousseff, e ela se omitiu comprometedoramente a respeito das denúncias de gravíssimos atos lesivos ao interesse público cometidos em área sob seu comando; ou tais cartas foram intencionalmente extraviadas nas dependências da Casa Civil para evitar a apuração de minhas acusações, segundo as quais Dilma Rousseff era a principal avalista da Gemini.”



Finalizando, Senhora Diretora, apresento, a seguir, os endereços eletrônicos citados.



HTTP://www.sindipetro.org.br/101/b1063/1063.pdf (Jornal do Sindipetro, 23/03/06)



HTTP://www.sindipetro.org.br/101/b1109/1109.pdf (Jornal do Sindipetro, 03/08/07)



HTTP://www.sindipetro.org.br/101/b1133/1133.pdf (Jornal do Sindipetro, 29/05/08)



João Vinhosa









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