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Artigos-->Coreia do Norte ataca Coreia do Sul -- 24/11/2010 - 11:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CORÉIA DO NORTE FAZ ATAQUE DE ARTILHARIA CONTRA A ILHA DE YEONGPYEONG, DA CORÉIA DO SUL



Por: Keith B. Richburg e William Branigin – ambos do Serviço Estrangeiro do jornal americano “The Washington Post”.



Terça feira, 23 de novembro de 2010; 14h30m -



TRADUÇÃO DE FRANCISCO VIANNA



Barragem de artilharia norte-coreana sobre a poplação civil da ilha sul-coreana



BEIJING – A Coréia do Norte lançou uma barragem massiva de artilharia sobre uma ilha da Coréia do Sul, chamada Yeongpyeong, na terça feira de hoje, causando a morte de dois fuzileiros navais sul coreanos, ferindo pelo menos 19 outras pessoas, e causando o incêndio e a destruição de mais de 60 edifícios, na mais séria confrontação desde que forças navais norte-coreanas afundaram um corveta da marinha sul-coreana em março último.



A Coréia do Sul respondeu imediatamente com o seu próprio fogo de artilharia e colocar seus jatos de combate em alerta máximo, e com isto, os dois lados estão a ponto de uma conflagração maior – o que, tecnicamente, têm se mantido num estado de guerra desde o armistício da Coréia em 1953.



Nos Estados Unidos, um porta-voz da Casa Branca disse que o presidente Obama estava "indignado" com a ação “provocativa” norte-coreana, acrescentando que os americanos estão ao lado da Coréia do Sul. Obama tenciona telefonar para o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, ainda no dia de hoje, para expressar a solidariedade americana, contou aos repórteres o porta-voz do governo Bill Burton, a bordo do avião presidencial - o ‘Air Force One’ -, voando a caminho de Indiana.



A Coréia do Sul chamou o bombardeio da ilha habitada civil de Yeonpyeong, que fica perto da fronteira marítima disputada entre as Coréias do Norte e do Sul, uma violação do armistício assinado há 57 anos e que suspendeu a Guerra da Coréia, sem que, contudo, qualquer acordo de paz fosse assinado. A Coréia do Norte disparou cerca de 200 projéteis de artilharia pesada sobre a ilha, e a Coréia do Sul respondeu ao fogo com cerca de 80 projéteis disparados de seus próprios canhões. O ataque começou pouco depois das 14h30m. As notícias dizem que cerca de 1.700 residentes civis da ilha escaparam protegendo-se em ‘bunkers’ (abrigos antibombas), enquanto o bombardeio continuava. Um vídeo filmado para a TV mostrou diversas colunas de fumaça negra elevando-se da ilha.



EUA, Rússia e China clamaram todos por uma cessação das hostilidades. O secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs, disse numa declaração: "Os Estados Unidos da América condenam fortemente este ataque e conclama a Coréia do Norte a suspender sua ação beligerante e a restringir-se completamente aos termos do armistício assinado e ainda em vigor, ou, caso contrário, sofrer as consequências de uma conflagração mais ampla". Os EUA mantêm cerca de 28.000 soldados na Coréia do Sul para ajudar a defesa do país, e Gibbs disse que "os Estados Unidos estão firmemente comprometidos na defesa do seu aliado, a República da Coréia (do Sul), e na manutenção da paz e da estabilidade regional".



Burton, mais tarde, contou aos repórteres: "O presidente está ultrajado por esta agressão. Permanecemos ombro a ombro como os sul-coreanos". Ele disse que Obama estava sendo informado minuto a minuto desde a hora do ataque, às 15h55m, hora do leste. "A Coréia do Norte tem um padrão de fazer coisas que são provocadoras", disse Burton. "O ataque segue tal padrão e isso poderá acabar levando a uma guerra de proporções incalculáveis".



Lee, o presidente sul-coreano, convocou uma reunião de emergência dos Ministros da Segurança em Seul. Num pronunciamento oficial, o porta-voz do governo, Hong Sang-pyo, qualificou a ação militar norte-coreana como sendo uma "clara provocação militar" e advertiu que qualquer nova aventura como essa receberá de Seul uma "severa retaliação".



Na ONU, o Secretário Geral Ban Ki-Moon, um ex-ministro das relações exteriores da Coréia do Sul, condenou o ataque, qualificando-o como "um dos incidentes mais graves desde o fim da Guerra da Coréia". Ele também conclamou uma "imediata contenção" e disse que qualquer diferença entre o Norte e o Sul deve ser resolvida pacificamente.



O assunto veio à baila numa reunião econômica ordinária do Conselho de Segurança da ONU, nessa terça-feira, mas não houve qualquer decisão imediata formal sobre a matéria, explicou o embaixador inglês Mark Lyall Grant. O vice-embaixador norte-coreano na ONU, Pak Tok Hun, disse que o conflito bélico "não deve ser discutido pelo Conselho de Segurança", mas apenas “entre as duas Coréias", segundo reportou a agência Reuters.



Este mais recente conflito ocorre numa hora particularmente tensa na península coreana, poucos dias após o fechado governo de Pyongyang revelar a um cientista Americano em visita ao país a existência de uma nova e enorme planta de enriquecimento de urânio, e a poucas semanas depois do ditador norte-coreano Kim Jong Il ter começado a preparar o terreno para que seu filho caçula se torne seu eventual sucessor no comando da ditadura comunista que escraviza o país.



A luz vermelha também se acendeu para o negociador-chefe dos EUA para a península, Stephen W. Bosworth, que estava em Pequim para conversações sobre como responder e agir quanto às novas instalações nucleares da Coréia do Norte. Bosworth contou aos repórteres que, após as conversações, tanto China como EUA viam o conflito como "muito indesejável" e concordam em que a contenção deve ser "exercitada de ambos os lados". Ele acrescentou que as conversas sobre o programa de enriquecimento de urânio da Coréia do Norte “foram muito úteis" e que ambos os lados concordam sobre a necessidade de se perseguir "a desnuclearização da Península da Coréia".







A China, numa declaração de um porta-voz de seu Ministro das Relações Exteriores, urgiu o retorno às conversações hexapártides para ajudar a desarmar as tensões. "Esperamos que as partes relevantes possam fazer mais para contribuir para a paz e a segurança de toda a península".



A China tem uma atitude hermética quanto ao seu principal aliado e ‘parceiro’ comercial, a Coréia do Norte, a quem fornece auxílio alimentar bem como assistência econômica e investimento estatal a Piongiang. Ambos lutaram contra americanos e sul-coreanos na Guerra da Coréia. A China está preocupada, entre outras coisas, com uma possível derrocada do regime ditatorial norte-coreano, o que poderia causar uma avalanche de refugiados a atravessarem a fronteira para o território chinês.



Vários analistas chineses, na terça feira de hoje, interpretaram as ações militares norte-coreanas – que surgiram assim que foi revelada a nova usina de enriquecimento de urânio no país – como uma possível aventura para chamar a atenção do mundo sobre o Norte, numa provável tentativa de aumentar seu poder de barganha. "É meu entendimento que a Coréia do Norte está criando alguns incidentes para fazer com que o mundo internacional tenha contato com ela", disse Chu Shulong, um professor da Universidade de Tsinghua. "E eles possam barganhar com esse mundo de forma a obterem mais benefícios. As conversações hexapártides foram suspensas já por um longo tempo".



Em Washington, o deputado Republicano John A. Boehner (de Ohio), o que assumirá como orador da Câmara (‘House’), disse que a Coréia do Norte é "um regime instável, opressor, e agressivo" e disse que apóia Obama "em condenar sua ação hostil de hoje". Disse ainda que os EUA estão "firmemente comprometidos em defender seu aliado", a Coréia do Sul, e acrescentou que os novos esforços norte-coreanos de enriquecer urânio, associados à sua busca de capacitação de lançamento de mísseis balísticos de médio e longo alcance, deixa claro que "nós temos que encarar com o máximo de seriedade o aperfeiçoamento da capacidade americana doméstica de defesa antimíssil”.



O ataque de hoje começou logo quando dezenas de milhares de tropas sul-coreanas davam início aos exercícios militares anuais chamados de Salvaguarda da Nação. O regime de Pyongyang tem denunciado que tais exercícios são uma provocação. A Coréia do Norte alega que a Coréia do Sul deu início ao conflito ao disparar "dezenas de projéteis" ao território norte-coreano. O sul nega tal acusação, dizendo ter disparado em direção oeste e não norte, como parte dos exercícios. Em resposta ao ataque, Seul disse ter disparado canhões de 155 mm auto-propelidos contra o norte e abatido caças a jato.



Pelo menos 16 militares sul-coreanos e três civis foram descritos como feridos pela barragem de artilharia da Coréia do Norte contra a ilha, com a maioria dos projéteis caindo sobre a base militar sulista na ilha de Yeonpyeong, que fica no Mar Amarelo cerca de 70 milhas a oeste de Seul e a sete milhas da Coréia do Norte.



O embate afasta mais ainda as esperanças sul-coreanas de reunificação da Coréia, bem como dificulta as visitas de entes queridos separados pela divisão norte coreana que não permite que seus habitantes viajem ao sul.



Branigin relatou de Washington. O pesquisador Wang Juan contribuiu para esta reportagem de Xangai. O correspondente especial Seo Yoonjung contribuiu de Seul.



Saudações,



Francisco Vianna





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