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Artigos-->Brasilistão: Ataques terroristas no Rio -- 23/11/2010 - 08:59 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Globo



Ordem para ataques no Rio partiu há dois meses de presídio federal



Tue, 23 Nov 2010 08:03:25 -0200



Objetivo seria criar pânico e provocar recuo na implantação de UPPs



Ana Cláudia Costa e

Sérgio Ramalho



A ordem para incendiar carros e provocar pânico na população do Rio partiu há dois meses do presídio de Catanduvas, no Paraná. Informações dos setores de inteligência das polícias indicam que os chefes da maior facção criminosa do Rio teriam enviado o comunicado a seus aliados nas favelas cariocas por meio de bilhetes entregues durante visitas no presídio federal. A ação seria uma represália à implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a maioria delas em redutos da quadrilha, que também mantém ligações com uma facção criminosa de São Paulo.



A intenção dos criminosos, segundo as informações de inteligência, é difundir pânico na população e tentar obrigar o governo a recuar com as ações de pacificação. O mesmo grupo de traficantes estaria planejando ações terroristas caso o governo comece a pacificar o Complexo do Alemão, em Ramos, principal reduto dessa facção no Rio. Traficantes estariam se articulando para atacar grandes monumentos ou locais públicos no momento que a polícia começar a entrar no Alemão para iniciar a pacificação.



PF interceptou bilhete para traficantes



Há 15 dias, policiais federais apreenderam dois bilhetes levados por mulheres para presos da Penitenciária Federal de Catanduvas. Endereçada aos traficantes Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Marcos Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, a correspondência revelava que a maior facção criminosa do Rio tem planos para atacar sedes das UPPs.



Em alguns morros do Rio, segundo fontes do setor de inteligência, chefes do tráfico teriam liberado seus subalternos para que fizessem qualquer tipo de ação criminosa nas ruas. Os ataques ocorridos no fim de semana teriam sido praticados por aliados da Cidade Alta, em Cordovil, Favela do Lixão, em Duque de Caxias, Furquim Mendes e Dique, no Jardim América.



As ordens para os ataques foram dadas a partir de bilhetes entregues a parentes e até advogados, que constantemente visitam os chefes da quadrilha em Catanduvas. Setores de inteligência relacionam ainda entre os mandantes dos atentados alguns chefes da facção que permanecem em penitenciárias no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste. Entre eles figuram Ederson José Gonçalves Leite, o Sam da Cidade de Deus; Patrick Salgado Souza, que controlou o tráfico no Morro do Borel; e Paulo Cesar Figueiredo, o Bolão do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo.





O Globo



Violência requer resposta coordenada



Tue, 23 Nov 2010 08:02:05 -0200



Os acontecimentos dos últimos dias, com um pico de agravamento no fim de semana, quando bandidos armados atearam fogo a três carros, jogaram uma granada contra um veículo da Aeronáutica, na Linha Vermelha, e voltaram a promover arrastões em série em diversos pontos da cidade, não deixam mais margem a dúvidas: as quadrilhas de traficantes do Rio estão por trás dessa onda de violência, numa ação orquestrada de provocação aos organismos de segurança, certamente como represália à instalação de Unidades de Polícia Pacificadora em favelas recuperadas do subjugo do crime organizado. Reforça esta certeza a descoberta de que facções rivais do tráfico se aliaram para agir em conjunto, num pacto firmado em abril, segundo o serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública.



A reação dos bandidos não surpreende. Expulsos das áreas que dominavam, era previsível que os criminosos passassem a diversificar as formas de agressão à sociedade, bem como buscassem abrigo em comunidades que ainda não foram liberadas pelas UPPs. Os atos de terrorismo refletem o desespero dos traficantes com uma política de segurança pública que, no essencial, tem se mostrado positiva - particularmente com a política de resgate das favelas via ocupação policial permanente.



Mas, se as quadrilhas estão mesmo na defensiva, não é o caso de achar que o problema da violência se resolverá pela força da inércia. Não é hora de cantar vitória, até porque, mesmo aparentemente em vazante, o tráfico ainda dispõe de grande poder de fogo. É fundamental que se aproveite este momento de suposto refluxo dos criminosos para reforçar ainda mais as ações de combate ao crime organizado.



O governo estadual decidiu tomar uma série de medidas pontuais, de modo a fazer frente imediata às ações criminosas em série. A iniciativa é importante. Mas, assim como as UPPs, um modelo bem sucedido para enfrentar demandas imediatas, providências de curto prazo são apenas parte de um programa mais amplo que se deve adotar contra o banditismo. Não resolve o problema expulsar os bandos de uma área e deixar outras regiões a descoberto, reféns da migração da violência. Convém lembrar também que a polícia fluminense precisa encarar como inescapável o momento em que terá de estar preparada para enfrentar aquela que pode ser a mãe de todas as operações contra o crime no Rio - a ocupação do Complexo do Alemão, quartel-general do tráfico e refúgio conhecido de bandidos excluídos de favelas resgatadas pelas UPPs.



Outro passo inadiável é acelerar a articulação entre os organismos de segurança nas esferas estadual e federal, essencial para cortar as fontes de suprimento (de armas e drogas) que são a artéria principal de alimentação do crime. Tais movimentos, com ações tópicas e operações estratégicas, devem ser o fundamento de uma mudança estrutural na segurança pública não apenas do Rio. Chegou-se a avanços inegáveis, que devem ser consolidados. E existem demandas que só podem ser efetivamente enfrentadas a partir de um novo patamar na guerra do Estado brasileiro contra a criminalidade.





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